Viagens para fora caem 89,5%, cá dentro descem 53,3% no 1.º trimestre
As viagens, para fora e cá dentro, registaram uma quebra nos primeiros três meses de 2021. A utilização do online no processo de organização atingiu o valor mais baixo dos últimos anos.
Victor Jorge
Compare e reserve estacionamento nos aeroportos através de Parkos
Africa’s Travel Indaba regressa a Durban entre 13 e 16 de maio
NAV implementa novo sistema em Lisboa que pode reduzir atrasos nos voos
Grupo Norwegian transporta 2,2 milhões de passageiros em abril
Bestravel celebra aniversário com descontos e campanha de responsabilidade social
BPI prevê um crescimento “mais modesto” do turismo em Portugal para 2024, mas aponta oportunidades a ter conta
B travel com nova loja em Leiria
Estudo da Condé Nast Johansens diz que mulheres ultrapassam os homens nas viagens de luxo
Pegasus abre rota direta entre Edimburgo para Istambul
TAP com prejuízo de 71,9 milhões de euros, mas melhores resultados operacionais
No 1.º trimestre de 2021, os residentes em Portugal realizaram 1,6 milhões de viagens, correspondendo a uma quebra de 57,6% face a igual período de 2020 e menos 57,4% relativamente ao 4.º trimestre do ano passado, avançam os dados mais recente do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Analisados os meses de janeiro e fevereiro, ou seja, um período ainda pré-pandémico, as variações homólogas registaram decréscimos de 67,9% e 71,8%, respetivamente. Já em março, em que as variações homólogas já incidem sobre o primeiro mês de 2020 em que a pandemia se começou a fazer sentir fortemente em Portugal, registou-se o primeiro aumento dos últimos 12 meses, +23,9% (-42,6%, -65,2% e -61,2%, respetivamente, nos meses de outubro, novembro e dezembro) devido exclusivamente às viagens efetuadas em território nacional.
No que diz respeito às viagens efetuadas por residentes ao estrangeiro, o INE indica uma quebra de 89,5% face ao período homólogo de 2021 e de 90,3% face ao último trimestre de 2020. Representando 3% do total (2,6% no 4.º trimestre de 2020), foram 46,8 mil as viagens turísticas com destino ao estrangeiro, registando-se decréscimos de 85,6%, 94,5% e 81,8% respetivamente em janeiro, fevereiro e março.
Já em território nacional, as viagens, no 1.º trimestre de 2021, corresponderam a 97% das deslocações efetuadas (97,4% no 4.º trimestre de 2020), o que corresponde a um decréscimo de 53,3% (-53,2% no 4.º trimestre de 2020) face ao período homólogo (variações de -65,5% em janeiro, -68,5% em fevereiro e +32,9% em março), mostram os dados do INE.
No 1.º trimestre de 2021, e similarmente ao verificado no 4.º trimestre de 2020, a “visita a familiares ou amigos” foi a principal motivação para viajar, tendo correspondido a 750,7 mil viagens (-48,8% face a igual período do ano anterior; -57,7% no 4.º trimestre de 2020), passando a sua representatividade para 47,3% do total (+8,1 p.p. face ao 1.º trimestre de 2020).
Já o motivo “lazer, recreio ou férias” correspondeu a 415,8 mil viagens realizadas (-72,7%), representando 26,2% do total (-14,6 p.p. face ao 1.º trimestre de 2020), enquanto as viagens por motivos “profissionais ou de negócios” (227,3 mil) aumentaram em 1,7 p.p. o seu peso relativo no 1.º trimestre de 2021 (14,3% do total).
deslocações nacionais, a “visita a familiares ou amigos” constituiu o principal motivo para viajar no 1º trimestre de 2021 concentrando 48,2% do total (741 mil viagens), já nas deslocações ao estrangeiro as viagens por razões “profissionais ou de negócios” estiveram associadas à realização da maioria das viagens (33,8 mil viagens; peso de 72,1%; 29,2% no 1.º trimestre de 2020). As viagens por motivos de “lazer, recreio ou férias” perderam preponderância tanto nas deslocações efetuadas internamente (2.º principal motivo, com um peso de 26,8%; -12,6 p.p. face ao peso em 2020) como nas deslocações ao estrangeiro (3.º principal motivo, peso de 7,0%; -44,3 p.p.).
Menos online e mais noites
No que diz respeito às viagens com marcação prévia de serviços, os dados do INE mostram que 9,7% recorreram a esta solução no 1.º trimestre de 2021 (-24,3 p.p.), atingindo 69,5% (-21,9 p.p.) no caso de deslocações com destino ao estrangeiro. Já nas viagens em território nacional, a marcação antecipada de serviços ocorreu em 7,9% dos casos (-18,4 p.p.).
A internet foi utilizada no processo de organização de 4,7% das deslocações (-20,9 p.p.), valor mais baixo dos últimos anos, tendo este recurso sido opção em 38% (-38,2 p.p.) das viagens para o estrangeiro e 3,7% (-15,1 p.p.) das viagens em território nacional.
Num contexto de redução do número de dormidas, aumentou o peso relativo do “alojamento particular gratuito” e diminuiu o peso dos “hotéis e similares”.
Assim, nas deslocações realizadas no 1.º trimestre de 2021, diminuiu o peso relativo das dormidas em “hotéis e similares” em 15,7 p.p. para 5,5% do total. O “alojamento particular gratuito” manteve-se como a principal opção de alojamento (88,7% das dormidas), aumentando o seu peso no total (+14,8 p.p.).
Quanto ao número médio de noites por turista registou, no 1.º trimestre de 2021, cada turista residente dormiu, em média, 7,16 noites nas viagens turísticas realizadas (+53%), verificando-se a duração média mais elevada nas viagens realizadas em janeiro (9,70 noites).
Finalmente, a proporção de residentes que realizou pelo menos uma deslocação turística no 1.º trimestre de 2021 foi de 6,1%, refletindo um decréscimo de 11,4 p.p. face ao mesmo período do ano anterior. No mês de março, registou-se a maior proporção de residentes que viajaram (3,8%) sendo o único mês que registou uma subida nessa proporção face ao período homólogo. (+0,2 p.p.; -7,4 p.p. em janeiro e -8,3 p.p. em fevereiro).