Edição digital
Assine já
PUB
Destinos

República Dominicana, uma nova era na segurança e na promoção

O Publituris integrou a famtrip organizada pela Ávoris, através do operador turístico Jolidey, em colaboração com o Ministério de Turismo da República Dominicana (MITUR). O objetivo foi apresentar a 30 agentes de viagens e jornalistas o país como um destino seguro numa era pós-COVID.

Rute Simão
Destinos

República Dominicana, uma nova era na segurança e na promoção

O Publituris integrou a famtrip organizada pela Ávoris, através do operador turístico Jolidey, em colaboração com o Ministério de Turismo da República Dominicana (MITUR). O objetivo foi apresentar a 30 agentes de viagens e jornalistas o país como um destino seguro numa era pós-COVID.

Rute Simão
Sobre o autor
Rute Simão
Artigos relacionados
easyJet favorável a novo aeroporto em Lisboa, mas atual precisa de responder a necessidades
Aviação
Objetivo: Tornar a marca Iberojet mais visível em Portugal
Transportes
Go Discover e SeaTheFuture unidas na promoção do turismo regenerativo e conservação dos oceanos
Distribuição
Grupo GEA com campanha de vendas “Madeira e Porto Santo: Tantas razões para viajar”
Agências
Governo cabo-verdiano espera estabilizar transportes aéreos interilhas até final do ano
Aviação
Nova edição dos Prémios da Formação Turística está a chegar
Emprego e Formação
Abertas candidaturas para projetos de investimento em inovação no âmbito do Portugal 2030
Turismo
“Os bons hotéis, com boas estruturas, com bons serviços vão sempre sobreviver”
Hotelaria
Johan Lundgren deixa liderança da easyJet em 2025
Aviação
Nova edição maio: Entrevista a Greg O’Stean, diretor-executivo da United Hospitality Management
Alojamento

O Publituris integrou a famtrip organizada pela Ávoris, através do operador turístico Jolidey, em colaboração com o Ministério de Turismo da República Dominicana (MITUR). O objetivo foi apresentar a 30 agentes de viagens e jornalistas o país como um destino seguro numa era pós-COVID.


Às seis da manhã o sol rasga o céu de Punta Cana autorizando o nascer de um novo dia. A primeira inspiração ao acordar é brindada por um bafo morno que preenche os pulmões que expandem a custo. Ainda é cedo e as pequenas gotículas de suor começam já a desenhar padrões na pele quente. O ar denso desperta um olfato firme pautado pelo aroma ácido das algas que cobrem a água salgada do mar. A chuva tépida cai de rompante e sem aviso num ritual assíduo e imprevisível que se pode repetir ao longo do dia e que, regra geral, não se espraia além do quarto de hora.
No areal junto ao mar, as toalhas de praia dão lugar, a esta hora, a máquinas e homens de pele queimada que recolhem o manto verde de sargaço alojado na frente marítima, de forma a devolver à água a transparência que lhe é exigida num esforço diário de não defraudar as expetativas dos turistas que aqui regressam, e que tanta falta fizeram no último ano. Este é um dos maiores problemas da época e uma ameaça eminente ao turismo do país.

Os meses infindáveis em que a pandemia da COVID-19 encerrou as portas do destino, travou luas-de-mel, viagens em família e férias românticas a dois, parecem estar a terminar. Para trás, está a recordação de uma República Dominicana que recebeu, em 2019, 6,5 milhões de turistas não-residentes, cerca de metade só em Punta Cana – o que se traduziu numa quebra de -62,7% em 2020. Em julho de 2020, os aeroportos reabriram e as unidades hoteleiras retomaram a operação a um passo lento que se traduz em ocupações que estão, atualmente, entre os 40% e os 60%. Nem todos os hotéis se encontram já a funcionar e muitos mantêm apenas parte da capacidade em operação. Mas os bons ventos que se têm sentido fazem prever que nos próximos meses a praça hoteleira esteja a operar em pleno.

Os olhos estão já postos no futuro e o otimismo é a engrenagem que move um povo que precisa do turismo para comer. Em 2019, o país das Caraíbas somou receitas turísticas no valor de 7.468,1 milhões de dólares (6.159,22 de euros), de acordo com o Banco Central da República Dominicana (BCRD). O turismo representa 17% do PIB nacional tendo um impacto, de forma indireta, na economia local de 22%, adiantam os dados da Associação Nacional de Hotéis e Turismo (Asonahores).

Para já, está reunido um punhado de ingredientes que imprime no Governo e nos agentes económicos locais a confiança numa rápida e bem-sucedida retoma. As várias medidas de segurança adotadas no âmbito da pandemia, o despertar dos principais mercados e uma nova estratégia implementada pelo Ministério de Turismo da República Dominicana (MITUR), que visa a promoção do país como um destino que extravasa além do ‘sol e mar’, fazem antever o sucesso dos meses vindouros.

Principais mercados de Punta Cana em 2019:

1- EUA 37.25%​

2- Canadá 17.56%​

3- França 4.98%​

4- Argentina 4.98%​

5- Reino Unido 4.32%

Da segurança nos resorts à nova realidade fora-de-portas
Punta Cana é conhecida como a jóia da República Dominicana, absorvendo metade dos turistas que escolhem o país para turismo. Os dias tranquilos nas águas quentes e as noites agitadas de cocktails e música são a simbiose perfeita para os que lá chegam.

Devido à pandemia, algumas regras do jogo mudaram refreando o ambiente típico vivido outrora. As discotecas continuam de portas fechadas e os espetáculos permanecem suspensos, à espera de melhores dias.

Mas não é sinónimo de falta de animação. Se, nas ruas o temperamento é sóbrio e o recolher obrigatório impera às 17h00, dentro dos hotéis e resorts encontra-se maneira de esculpir a diversão essencial ao menu de férias.
No Hotel Barceló Bávaro Palace, que acolheu a famtrip nos primeiros dias, a festa faz-se pelas esplanadas, bares de jogos, casino e restaurantes. A música alta ecoa pelos corredores numa dança que combina com o tilintar dos copos e com os vários sotaques trocados. Punta Cana continua a ser casa de praia e festa e as máscaras são acessório secundário para muitos turistas que se sentem seguros dentro das paredes do hotel.

A 200 quilómetros mora a capital da República Dominicana. A cidade histórica de Santo Domingo tem estado na mira das atenções devido ao aumento do número de casos de COVID-19, superior à média nacional.

Em dia de feriado, e a uma hora do recolher obrigatório, a Plaza Duarte alberga centenas de locais e turistas, que ocupam bancos de jardim e mesas de esplanada. O cenário parece pré-pandémico a avaliar pelo aglomerado de pessoas que aproveitam os últimos minutos de liberdade do dia envoltos em despreocupação, quadro que é visto com alguma racionalidade por parte do governo. “Os casos [de COVID-19] que estão a aumentar em Santo Domingo dizem respeito à população residente, não estão relacionados com a franja do turismo. Somos um povo muito alegre e divertido e isso faz com que as pessoas, às vezes, baixem um pouco a guarda. Mais de 30% da população nacional já tem a segunda dose da vacina administrada. Estamos a fazer uma retoma segura e com medidas para que tenhamos 80% dos dominicanos vacinados em breve”, explica uma fonte ligada ao MITUR.

A vacinação da população dominicana tem sido um dos desafios do governo que tem reunido esforços para conseguir aumentar a adesão ao processo. Um dos maiores entraves prende-se com as crenças religiosas e teorias da conspiração que proliferam em redes sociais afetas aos efeitos adversos da vacinas e que pautam o pensamento de muitos residentes. Ao contrário de outros países, aqui não escasseiam vacinas mas sim a vontade de ser vacinado.

Medidas para um destino seguro

Apesar destes desafios que dizem respeito à população do país, naquela que é chamada a bolha turística, que se concentra nos principais destinos de férias, o cenário é seguro, diz o governo. Desde logo, porque todos os trabalhadores da hotelaria e turismo foram já totalmente vacinados bem como as respetivas famílias que vivem no mesmo agregado. Esta foi uma medida implementada pelo Governo de Luis Abinader, que levou a cabo um plano de vacinação para os 40 mil trabalhadores atualmente ativos desta indústria como mote para a retoma rápida do turismo no país.

O sucesso da campanha de vacinação justificou a dispensa da apresentação de testes PCR aos turistas que chegam ao país, à exceção de viajantes provenientes de destinos como Brasil, África do Sul e Índia. Contudo, nos aeroportos são realizados testes rápidos aleatórios de despiste à COVID-19 aos passageiros que aterram em solo dominicano.
O segundo grande trunfo do governo local é a oferta de um seguro de saúde a todos os turistas que entrem no país por via aérea e que fiquem hospedados num hotel. O chamado ‘Plano de Assistência Turismo Seguro’ está em vigor até ao próximo dia 31 de julho, sendo que já foi prorrogado cinco vezes desde a sua implementação, em setembro de 2020. No total, a medida custou ao Governo 1,4 milhões de dólares (1,2 milhões de euros).

O seguro inclui a cobertura de emergências médicas, incluindo COVID-19, fornecimento de medicamentos, hospitalização, transporte médico de emergência, despesas com internamento, mudança de voo por motivos médicos, extensão da estadia e assistência jurídica. “As medidas de combate à COVID-19 vão sendo ajustadas, conforme vão mudando as necessidades. Somos dos poucos países que mantém um seguro de saúde gratuito para os turistas há mais de seis meses. Com todos os protocolos que temos implementado, com todos os funcionários vacinados, temos a garantia de que não há necessidade de fazer mais do que estamos a fazer. Os casos de COVID-19 que temos não são alarmantes mas é bom manter o controlo porque dependemos do turismo e temos de preservá-lo por todas as vias”, atesta um porta-voz do MITUR.

A República Dominicana tem

70 grupos hoteleiros no país

100 companhias aéreas com acordos

500 cidades do mundo de onde chegam os turistas aos aeroportos

Oferta Hoteleira
As praias de areia fina e água morna cristalina são um dos principais atrativos para os turistas que escolhem Punta Cana com o intuito de desfrutar de uns dias de descanso num cenário onírico. Mas a experiência na região não se esgota nesta premissa. O alojamento assume uma importância determinante no resultado final da viagem.

Esta tónica ganha ainda mais relevo na atual conjuntura. Devido às restrições impostas pelo governo por causa da pandemia, o recolher obrigatório é obrigatório às 17h00, como referido, e é também proibido o consumo de bebidas alcoólicas na via pública. Com mais tempo para usufruir do resort, uma escolha acertada é sinónimo de melhor qualidade de F&B – podem ser consumidas bebidas até às 23h00 nos hotéis – bem como mais opções de entretenimento.

Outro dos aspetos a ter em consideração é o facto de Punta Cana estar em época de sargaço. As águas salgadas do azul celeste postal assumem agora uma roupagem entre o verde e o castanho o que acaba por ser, amiúde, mote de desilusão de muitos turistas que por ali param. É por isto, também, que a escolha de um hotel com qualidade vai fazer toda a diferença. As unidades são responsáveis pela limpeza das respetivas praias e há uma distinção musculada entre os vários hotéis. Numas unidades os esforços resultam em praias mais limpas e nadáveis enquanto noutras o menor cuidado por parte do hotel leva a que o sargaço se acumule impedido a utilização do mar.

Com uma oferta de 46 mil quartos espalhados pelos 123 hotéis e resorts regulados, Punta Cana é o palco do ‘all inclusive’. A praça hoteleira está bem desenvolvida e há opções para todos os segmentos e carteiras. Dos hotéis de luxo aos resorts familiares, dos ‘adult only’ às unidades perfeitas para grupos, não escasseiam propostas.
Do portefólio da Jolidey em Punta Cana, constam 23 marcas que representam mais de 60 hotéis, ou seja, metade da oferta da região. Nesta famtrip houve a possibilidade de conhecer uma dezena de insígnias que se dividem consoante o propósito e a categoria.

Um destaque imediato é dirigido ao Complexo Royal Beach, localizado na praia da Bávaro. Sob a alçada do grupo AM Resorts, a oferta é bidimensional. De um lado, o Secrets Royal Beach Punta Cana, um refúgio sublime só para adultos. E, do outro, um pequeno paraíso para famílias e grupos, o Dreams Royal Beach Punta Cana. Há uma distinção imediata e evidente entre este complexo e a restante oferta de Punta Cana. Não só pela beleza e elegância de todos os espaços – as suites do Secrets com piscina privada são um ‘must see’- mas pelo cuidado transversal a todos os pormenores. A hotelaria rima, em qualquer parte do mundo, com serviço e com detalhe e é nestes dois mantras que a AM Resorts se posiciona à frente, de forma indiscutível. A atenção do staff está num nível superior à média dos demais hotéis. O nível de serviço e a simpatia dos funcionários é bastante volátil e pode divergir abruptamente entre hotéis. As propostas de F&B, seja em comidas ou bebidas e cocktails, é, também, surpreendente e diferenciadora.

Outro apontamento é feito ao Hotel Meliá Caribe Beach Resort (famílias) e ao Hotel Meliá Punta Cana Beach Resort (adultos). O complexo foi recentemente renovado e sobressai pela decoração contemporânea e minimalista, elegante e moderna. O ‘healthy’ é o conceito anfitrião das unidades e revela-se nas opções alimentares servidas bem como nas atividades. Nos quartos há tapetes de yoga disponíveis e os duches têm uma bomba de ‘vitamina C’ incorporada. Apesar não termos experienciado nem o serviço nem o F&B, o conceito e a apresentação merecem elogios.
Na lista de boas opções, numa oferta padrão enquadrada nas expetativas, estão também os complexos dos grupos RIU e Barceló, que apesar de maiores e mais movimentados, apresentam boas propostas de atividades, espaços comuns, F&B, alojamento e praias. São escolhas seguras dentro do universo ‘all inclusive’ que não desiludem o público deste tipo de resorts.

Por outro lado, o Hotel Impressive é um exemplo de que em Punta Cana a classificação nem sempre se coaduna com a oferta. As infraestruturas do hotel, embora não estejam enquadradas num cinco estrelas, não carecem de grandes reparos, situando-se dentro do razoável. Os quartos são espaçosos e a decoração é sóbria. Contudo, o serviço medíocre e desprimoroso, transversal do staff à oferta gastronómica, pode vetar a experiência idílica no destino.

O luxo urbano e discreto em Santo Domingo
Com a praia a alguns quilómetros de distância, na cidade de Santo Domingo voltamos a ser surpreendidos pela oferta hoteleira. A capital do país exige, naturalmente, um conceito distinto do dos resorts e é exatamente isso que encontrámos no ‘El Embajador, a Royal Hideaway Hotel’, que pertence ao grupo Barceló. A unidade, sóbria e discreta por fora, revela uma oferta de padrão elevado por dentro. Este é um hotel corporate de luxo capaz de agradar aos diversos mercados internacionais deste segmento. Contudo, a restante oferta de facilidades, como a piscina, spa, gastronomia e os bonitos espaços exteriores permitem que a unidade seduza outro tipo de cliente. Seja para lazer ou eventos como casamentos, o El Embajador acompanha, com mérito, qualquer propósito sendo uma escolha acertada se a viagem à República Dominicana incluir um desvio até à capital

Da beleza das águas límpidas à floresta selvagem

A lista de afazeres em Punta Cana pode ir além da praia e do resort e há várias atividades ao dispor que se enquadram nos mais diversos propósitos. A excursão à Isla Saona é uma excelente aposta, principalmente nesta época de sargaço que o destino enfrenta. Esta pode ser das poucas oportunidades para mergulhar num mar límpido e turquesa. O passeio catamarã dura um dia e inclui uma paragem no meio das piscinas naturais para beber um cocktail e observar as estrelas do mar. É importante verificar os preços e condições uma vez que, devido à pandemia e ao recolher obrigatório, o passeio acaba por ser mais curto do que o habitual.

Para os mais destemidos, o La Hacienda Park, no Parque Empresarial de Bávaro, sugere um dia de atividades radicais como slide, passeios de buggies na lama, um pequeno safari e passeio a cavalo. O preço de 99 dólares (83 euros) inclui o dia com todas as atividades e almoço.

O amanhã tem mais além de sol e mar
A adaptação dos pólos turísticos da República Dominicana à nova realidade pós-pandemia foi bem concretizada, na opinião do Governo e dos vários players. O turista tem dado sinais de se sentir seguro o que se repercute no aumento da procura e na concretização de novas rotas aéreas por parte das várias companhias mundiais que operam no destino.

Os protocolos implementados são equivalentes aos de tantos outros destinos do mundo o que ajuda a transmitir familiaridade e conforto a quem já está ambientado às novas normas. Mas, mais do que uma mudança nas rotinas de segurança e higiene, esta é uma nova era na forma como se faz turismo e como se promove o destino no futuro. Na opinião do MITUR, é hora de estender a oferta, captar novas rotas e chegar a diferentes mercados. “Vamos fazer uma maior aposta promoção e na diversificação turística. A República Dominicana aproveitou a pandemia para se relançar como um destino que é mais do que sol e mar. As pessoas já não querem chegar a um destino e ter só sol e praia. As pessoas querem ir a um lugar e fazer turismo de natureza, ‘mindfulness’, ‘slow food’, ‘slow travel’. O turista mudou com a pandemia. Temos de nos adaptar a todas as necessidades do turista”, assegura fonte ligada ao gabinete do ministro do Turismo David Collado, que acredita que o turista é, a partir de agora, o centro das atenções na estratégia de promoção.

“Os destinos têm de se adaptar. Antes partíamos do destino para a oferta turística e para as excursões e, só no fim, o turista. Agora a promoção começa no turista, e do turista e das suas necessidades é que é desenhada oferta hoteleira, as excursões, etc. O turista é o centro e nunca foi. É um bom narcisismo turístico”, adianta.

O governo desenhou uma aposta noutras vertentes da oferta como o turismo religioso, cultural, de aventura, gastonómico e enoturismo. Regiões como San Cristóbal, Peravia, Ocoa, Azua, Monseñor Nouel, Santiago, Monte Plata ou Hato Mayor, entre outros, fazem parte do leque de apostas que o MITUR quer vender.
Em oposição à praia, ‘a magia do campo dominicano’ é o mote que tem amparado uma nova estratégia de comunicação do país, que quer dar a conhecer um lado rural, numa aposta com a gastronomia de fundo, onde seduzem os queijos, o café, o cacau, a cana de açúcar e o vinho.

Como ir

A Ávoris tem voos  no novo avião da Iberojet, o A330-900neo com partida de Lisboa às segundas-feiras pelas 15h40. A operação de Madrid acontece às teças, quintas, sábados e domingos e, em breve, deverá iniciar a ligação a partir do Porto às terças-feiras, pelas 15h30.

*A jornalista viajou a convite da Ávoris e do MITUR.

Sobre o autorRute Simão

Rute Simão

Mais artigos
Artigos relacionados
easyJet favorável a novo aeroporto em Lisboa, mas atual precisa de responder a necessidades
Aviação
Objetivo: Tornar a marca Iberojet mais visível em Portugal
Transportes
Go Discover e SeaTheFuture unidas na promoção do turismo regenerativo e conservação dos oceanos
Distribuição
Grupo GEA com campanha de vendas “Madeira e Porto Santo: Tantas razões para viajar”
Agências
Governo cabo-verdiano espera estabilizar transportes aéreos interilhas até final do ano
Aviação
Nova edição dos Prémios da Formação Turística está a chegar
Emprego e Formação
Abertas candidaturas para projetos de investimento em inovação no âmbito do Portugal 2030
Turismo
“Os bons hotéis, com boas estruturas, com bons serviços vão sempre sobreviver”
Hotelaria
Johan Lundgren deixa liderança da easyJet em 2025
Aviação
Nova edição maio: Entrevista a Greg O’Stean, diretor-executivo da United Hospitality Management
Alojamento
PUB
Transportes

Objetivo: Tornar a marca Iberojet mais visível em Portugal

António Loureiro, que assumiu recentemente a liderança da Iberojet em Portugal, revelou ao Publituris que o objetivo é “ajudar o mercado português”, mas acima de tudo, “consolidar” a presença da companhia aérea do Grupo Ávoris em território nacional e “torná-la ainda mais visível”.

Em entrevista ao Publituris, o conhecido profissional da área das viagens e turismo, António Loureiro, recentemente nomeado diretor-geral da Iberojet, assegurou que o seu propósito é colocar a companhia aérea em Portugal no patamar correspondente à dimensão e ao impacto que o Grupo Ávoris tem no turismo a nível ibérico. “Entrei neste projeto exatamente para isso, para defender a posição da Iberojet em Portugal, torná-la ainda mais visível e fazer as pazes com algum histórico que não existia no passado com as entidades oficiais”. O propósito do novo diretor-geral é, precisamente, alterar essa imagem e criar uma relação mais estreita e mais colaborante com organismos como a ANA Aeroportos/Vinci Airports, a ANAC e a NAV.

Como se sabe a marca Iberojet gere-se em Portugal com a denominação Orbest e Evelop em Espanha. Assim, adiantou, “a nossa ideia, e obtivemos consentimento para isso, é tornar a Iberojet apenas uma única marca que acomodasse as duas designações que as empresas tinham até agora.

O Grupo, disse, “pediu para relançar a imagem da companhia, ajustá-la ao nosso estilo e torná-la ainda mais portuguesa, tal como a Ávoris que quer tornar-se cada vez mais portuguesa sob o ponto de vista do mercado. Foi por isso que aceitei”.

António Loureiro esclareceu que a Iberojet é uma companhia aérea charter que serve a operação do grupo espanhol Ávoris, “mas temos projetos e ambições para ir um pouco mais além. Com a dimensão do Grupo não faz sentido que a sua companhia de aviação se remeta apenas a transportador os seus operadores. Pode-se aproveitar muito mais”, destacou.

Avançar também para voos regulares
Nesse sentido, o responsável apontou que “o objetivo é manter a filosofia de charter, mas ter também uma componente de venda de voos numa perspetiva regular, para além de continuar a fazer ACMIS (aluguer de aviões com tripulação incluída, bem como os seguros e a manutenção) para várias empresas”.

Por outro lado, frisou, sem entrar em pormenores, que “estamos com outras ideias também para dentro da própria Iberojet, podendo constituir outras unidades de negócio muito interessantes, aproveitando a capacidade do Grupo Avoris, isto tudo numa perspetiva de consolidar a sua imagem em Portugal e fazê-la crescer, sem hostilizar ninguém. Sabemos que as aventuras espanholas em termos de viagens e turismo no nosso país, algumas correram mal por causa da arrogância e, este grupo é tudo menos arrogante. E só nessa base é que eu também entraria aqui”.

Estamos num processo de tornar o front-end da Iberojet muito mais apelativo e que permita vender ancillaries (produtos e serviços auxiliares) ou fast-tracks, de uma forma absolutamente normal, como se fosse uma companhia aérea regular. É uma área que, além de trazer muito revenue, permite tratar o passageiro de outra maneira e dar-lhe um “miminho” extra. Este processo está no bom caminho e acredito que vou conseguir fazer ali umas melhorias grandes

Outro objetivo do novo diretor-geral da companhia aérea do Grupo Ávoris em Portugal é melhorar o sistema de distribuição em voos charter. “Estamos num processo de tornar o front-end da Iberojet muito mais apelativo e que permita vender ancillaries (produtos e serviços auxiliares) ou fast-tracks, de uma forma absolutamente normal, como se fosse uma companhia aérea regular. É uma área que, além de trazer muito revenue, permite tratar o passageiro de outra maneira e dar-lhe um “miminho” extra. Este processo está no bom caminho e acredito que vou conseguir fazer ali umas melhorias grandes”, confidenciou.

Dois A330neo baseados em Lisboa
A Iberojet tem colocados dois aviões A330neo no aeroporto de Lisboa, um com executiva (18 lugares sempre como uma boa ocupação) e económica, e outro em full economy, mas “reforçamos sempre com outros aparelhos se for caso disso e, no futuro, a minha ideia é basear em Portugal ainda mais aviões, até pelos objetivos de crescimento que temos, mas desde que sejam criadas melhores condições no aeroporto de Lisboa, que é a base da nossa operação”. O sonho de António Loureiro é ter um A350 em Lisboa.

O nosso entrevistado considerou que “temos um equipamento bonito e muito recente, e o nosso padrão de serviço de bordo não tem nada a ver com uma companhia charter”. Apontou ainda que estes aviões têm tido um bom ritmo de voos, acelerando, como é óbvio, a partir do final de abril quando o Grupo coloca no máximo a sua programação de verão.

Beja, só se forem todos os operadores
No entanto, Loureiro, que como diz, nasceu no mundo da aviação, tem clara noção das dificuldades que se colocam no aeroporto de Lisboa para uma companhia aérea que pretenda crescer, e não descarta a possibilidade de operações também à saída do Porto. “Em 50 anos não se avançou politicamente e não se pensou. As pessoas puseram os partidos à frente dos interesses nacionais. E eu acho que agora estamos a pagar a fatura disso.

A minha grande pergunta, a pergunta que toda a gente faz é, o turismo aguenta até à construção do próximo aeroporto, mesmo se o decidirmos agora?”, questionou o profissional ainda a propósito do novo aeroporto. Sendo a Iberojet uma companhia charter, a questão que colocámos a António Loureiro é se não veria com bons olhos a empresa basear-se em Beja para poder crescer e abrir novos horizontes.

“É verdade que a companhia só cresce se tiver condições logísticas para o fazer, e o aeroporto é a principal condição”, disse, acentuando que Beja “poderia funcionar, mas para isso teria de haver condições efetivas, o que não acontece, pois não existem infraestruturas necessárias para operar, não tens lá a PSP de fronteiras, não tens catering, não tens uma série de componentes de handling, itens necessários para a operação”.

No entanto, “mesmo que existissem, bastava que um operador que seja que ficasse a operar à saída de Lisboa para o mesmo destino que opero, para nós ficarmos em desvantagem”. António Loureiro é categórico “Não estou a dizer que a empresa está a pensar em deslocar-se para o aeroporto de Beja, nada disso, até porque essa decisão compete aos nossos operadores. Temos problemas na operação, claro que sim, complica, mas acho que está na altura de começarmos (os operadores) a pensar todos, a falar entre todos, mas têm de ser todos. Não havendo um consenso será difícil uma decisão deste tipo”.

O objetivo é manter a filosofia de charter, mas ter também uma componente de venda de voos numa perspetiva regular, para além de continuar a fazer ACMIS (aluguer de aviões com tripulação incluída, bem como os seguros e a manutenção) para várias empresas

Outros destinos na calha
Este verão, a Iberojet vai operar voos charter de Lisboa para Cancun (México), Varadero e Santa Clara (Cuba), em estreia, La Romana, Punta Cana e Samaná (República Dominicana), ou seja, apenas operações de longo curso. “Não temos médio curso com equipamentos nossos, mas com o ritmo de desenvolvimento de alguns destinos, diria que este verão não, porque está feito, está fechado, mas é capaz de haver aí destinos de médio curso que justifiquem um avião deste tipo operado por nós. Mas será sempre por decisão dos operadores que integram o grupo, apesar de, na qualidade de diretor-geral da companhia ter a liberdade de dar os meus inputs, apresentar as nossas dificuldades operacionais e dar alternativas em função também dos contratos que temos”.

Equipa com experiência acumulada
António Loureiro deu-nos conta que o pessoal que está ligado à companhia aérea em Lisboa é português. “Uma coisa que eu gostei muito foi ver uma estabilidade relativamente às tripulações e a todas as equipas. Os nossos quadros têm muita experiência acumulada, profissionais que passaram por outras empresas e trouxeram todo esse know-how. Fiquei realmente impressionado com a qualidade desses profissionais”, destacou.

O diretor-geral da Iberojet em Portugal reconheceu que a relação com a companhia aérea em Espanha é “fantástica”. Sublinhou, para concluir, que “estamos a integrar equipas e a torná-las cada vez mais visíveis, num conceito de empresa ibérica, mas respeitando as fronteiras de cada um para um objetivo comum, o de tornar o Grupo Ávoris ainda mais sólido na sua componente aérea”.

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

Mais artigos
Hotelaria

Mais de 1.000 hotéis à venda em Portugal no primeiro trimestre de 2024

Segundo contas feitas pela CASAFARI, nos primeiros três meses de 2024, existiam 1.038 hotéis à venda em Portugal, mais 31% face aos 791 no mesmo período de 2023. Faro Porto e Lisboa lideram as cidades com mais unidades à venda.

O número de unidades hoteleiras disponíveis para venda e para arrendamento cresceram nos primeiros três meses deste ano face ao período homólogo. Se no primeiro caso (venda), existiam 1.038 hotéis à venda no final do 1.º trimestre de 2024, correspondendo a mais 31% que os 791 de igual período do ano passado, no segundo caso (arrendamento), existiam 62 unidades hoteleiras para arrendar (+48% face aos primeiros três meses de 2023).

Os números são avançados pela CASAFARI, plataforma europeia de dados imobiliários, que revelam as principais conclusões de um estudo feito sobre o mercado hoteleiro em Portugal. A análise foi feita com base nos dados disponíveis na plataforma e comparou o primeiro trimestre de 2024 a igual período do ano anterior, procurando avaliar o comportamento mais recente destes ativos tanto ao nível da venda como do arrendamento.

A nível regional, Faro, Porto e Lisboa apresentavam o maior número de unidades hoteleiras disponíveis para venda (289, 120 e 96, respetivamente). Em sentido contrário, existem várias regiões com apenas uma unidade hoteleira disponível para venda, como Trofa, Penafiel, Paredes, entre outras.

Sintra, Lourinhã e Matosinhos destacam-se como as regiões do país com as maiores subidas percentuais, com a oferta a ser sete vezes maior, por exemplo, em Sintra, enquanto Odivelas, Baião e Coimbra apresentavam variações negativas.

O preço médio por m2 de hotéis para venda em Portugal ascendia a 3.319 euros no primeiro trimestre deste ano, uma subida de +18% face aos 2.818 euros registados em igual período do ano passado. A nível regional, Cascais, Sintra e Lisboa apresentam o preço médio por m2 mais elevado do país (7.213 euros, 6.995 euros e 6.175 euros, respetivamente). Em sentido inverso, Paredes, Amarante e Penafiel apresentavam os preços médios por m2 mais baixos no território nacional.

A nível percentual, Lourinhã, Madeira e Guarda surgem com as maiores subidas. Já Marco de Canaveses, Castelo Branco e Beja apresentam variações negativas do preço médio por m2 no primeiro trimestre de 2024.

Mais oferta no arrendamento, mas a preços mais baixos
Nos primeiros três meses de 2024 existiam 62 hotéis disponíveis para arrendamento, número que representa um aumento de +48% face aos 42 registados em igual período do ano passado.

A nível regional, Lisboa, Faro e Porto apresentavam o maior número de unidades hoteleiras disponíveis para arrendar (18, 12 e 11, respetivamente). Em sentido inverso, Aveiro, Santarém, Viseu, Viana do Castelo, Beja, entre outras, apresentam apenas uma unidade hoteleira disponível para arrendamento.

Cascais, Porto e Lisboa evidenciam-se com as maiores subidas percentuais, enquanto Sintra, Matosinhos e Évora apresentavam variações negativas no primeiro trimestre de 2024.

O preço médio por m2 de hotéis para arrendamento em Portugal ascendia a 24 euros no primeiro trimestre deste ano, uma quebra de -43% face aos 41 euros registados em igual período do ano passado.

A nível regional, Cascais, Leiria e Oeiras são as regiões com o preço médio por m2 mais elevado do país (425 euros, 196 euros e 26 euros, respetivamente). Por outro lado, Bragança, Viseu e Aveiro apresentavam os preços médios por m2 mais baixos.

A nível percentual, Vila Real, Setúbal e Coimbra registaram as maiores subidas. Mas Aveiro, Santarém e Leiria apresentavam variações negativas do preço médio por m2 no período em análise.

Foto: Depositphotos.com
Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Transportes

easyJet reduz perdas, mas lucros continuam no vermelho no 1.º semestre

Apesar da melhoria dos resultados, a easyJet registou um resultado líquido negativo em 404 milhões de euros, no ano 1.º semestre de 2024, período em que disponibilizou mais de 4,8 milhões de lugares no nosso país.

Os resultados referentes ao 1.º semestre do exercício de 2024, terminado em 31 de março de 2024, da easyJet ditam receitas de 3,8 mil milhões de euros, uma melhoria 22% face aos 3,1 mil milhões obtidos em igual período do exercício anterior de 2023.

O grosso destas receitas provém, naturalmente, dos passageiros (bilhetes), no valor que soma 2,4 mil milhões de euros, correspondendo a uma evolução de 17% face a período homólogo de 2024, com as receitas dos “anciliaries” a ultrapassaram os mil milhões de euros (1.060 milhões de euros), mais 19% que em igual período do ano passado.

Em termos de lucros, a easyJet apresenta uma baixa nos mesmos de 16%, passando, assim, de 483 milhões de euros negativos para 404 milhões de euros negativos, admitindo “perspectivas boas para o verão”.

Os custos da easyJet aumentaram, por sua vez, em 13%, passando de 2,1 mil milhões de euros para 2,4 mil milhões de euros, neste semestre de 2024, com a fatia com combustível a ascender a cerca de 1,1 mil milhões de euros, quando em igual período de 2023 foi de 900 milhões de euros.

De resto, a companhia aérea lowcost diz-se “satisfeita com o desempenho financeiro do primeiro semestre, com boas perspectivas para o futuro”, admitindo-se “operacionalmente bem posicionada para o verão”.

Em termos de passageiros transportados nestes primeiros seis meses do exercício fiscal, a easyJet aponta para um crescimento de 11% face aos mesmos meses de 2023, passando de 33,1 milhões para 36,7 milhões de passageiros.

Relativamente a Portugal, a easyJet disponibilizou, no primeiro semestre de 2024, cerca de 4,8 milhões de lugares, representando um aumento de 5% na capacidade face ao período homólogo de 2023, avançando Johan Lundgren, CEO da easyJet, que “os investimentos do verão de 2023 na nossa rede no Porto e em Lisboa continuam a proporcionar melhorias nos lucros à medida que estas rotas amadurecem. Transportámos, a partir dos cinco aeroportos em Portugal – Porto, Lisboa, Faro, Funchal e Porto Santo -, durante este período (1.º semestre de 2024) mais de 4,3 milhões de passageiros de e para Portugal, um crescimento de 8% relativamente à primeira metade de 2023”.

Quanto ao que resta do exercício e esperando a easyJet a entrega de 16 aviões A320neo, o CEO da companhia refere que “”estamos agora absolutamente concentrados em mais um verão recorde, que deverá proporcionar um forte crescimento dos lucros no ano fiscal de 2024 e estamos no bom caminho para atingir os nossos objetivos a médio prazo”.

E refere ainda que a easyJet “está bem posicionada para apresentar um forte crescimento dos lucros ano após ano, impulsionado pela procura positiva do verão. As medidas tomadas ao longo do último ano permitiram-nos apresentar um melhor desempenho operacional, com a aceleração do pico do verão a progredir bem. Como marca de confiança, a easyJet está bem posicionada para capitalizar o ambiente positivo da procura, uma vez que os consumidores dão prioridade às viagens. Continuamos a expandir a nossa rede de aeroportos primários com 158 novas rotas lançadas no atual ano financeiro”.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos

Foto: Depositphotos.com

Transportes

Mais de 13,5 milhões de passageiros passaram por aeroportos portugueses no 1.º trimestre de 2024

Se no mês de março a movimentação de passageiros nos aeroportos nacionais ascendeu a 5,3 milhões, no primeiro trimestre ultrapassou os 13,5 milhões.

Victor Jorge

Em março de 2024, nos aeroportos nacionais movimentaram-se 5,3 milhões de passageiros, correspondendo a uma variação positiva de 8,1% face a igual mês do ano de 2023.

Segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o início de 2024 continuou a verificar máximos históricos nos valores mensais de passageiros nos aeroportos nacionais, tendo o terceiro mês do presente ano registado o desembarque médio diário de 86,5 mil passageiros, valor superior ao registado em março de 2023 (80 mil; +8,2%).

Em março de 2024, 82,2% dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais corresponderam a tráfego internacional, atingindo 2,2 milhões de passageiros (+9%), na maioria provenientes do continente europeu (68,4% do total), correspondendo a um aumento de 7% face a março de 2023. O continente americano foi a segunda principal origem, concentrando 9,2% do total de passageiros desembarcados (+25%).

Relativamente aos passageiros embarcados, 81,4% corresponderam a tráfego internacional, perfazendo um total de 2,1 milhões de passageiros (+9,3%), tendo como principal destino aeroportos no continente europeu (68,7% do total), registando um crescimento de 7% face a março de 2023. Os aeroportos no continente americano foram o segundo principal destino dos passageiros embarcados (8,7% do total; +27%).

Segundo avança o INE, “o movimento diário de aeronaves e passageiros é tipicamente influenciado por flutuações sazonais e de ciclo semanal. Os valores diários mais elevados são geralmente encontrados no período de verão e o sábado foi, no ano passado, o dia da semana com maior número de passageiros desembarcados”.

Já no primeiro trimestre de 2024, o número de passageiros movimentados aumentou 5,9% para 13,6 milhões de passageiros, a que corresponde mais 756 mil passageiros, e uma subida de 54,3% face aos 8,3 milhões de passageiros de igual período, mas de 2022.

Considerando o volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais no primeiro trimestre de 2024, França foi o principal país de origem e de destino dos voos, apesar de ter registado decréscimos no número de passageiros desembarcados e embarcados face ao mesmo período de 2023 (-2,4%; -2,6%). Reino Unido, Espanha e Alemanha ocuparam a 2.ª, 3.ª e 4.ª posição, respetivamente, como principais países de origem e de destino. Brasil ocupou a 5.ª posição como principal país de origem e Itália como principal país de destino.

No primeiro trimestre de 2024, o aeroporto de Lisboa movimentou 55,1% do total de passageiros (7,5 milhões), +5,5% comparando com o primeiro trimestre de 2023. O aeroporto do Porto concentrou 23% do total de passageiros movimentados (3,1 milhões) e aumentou 7,3%, enquanto a infraestrutura aeroportuária de Faro registou um crescimento de 7,5% 1,2 milhões) de passageiros.

De referir ainda quem, em março de 2024, aterraram nos aeroportos nacionais 18,2 mil aeronaves em voos comerciais, correspondendo a uma subida de 2,1% face ao mesmo período de 2023.

Foto: Depositphotos.com
Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Aviação

NAL: Será Alcochete. Obras na Portela são para avançar, já

Depois de 50 anos de espera, um histórico “jamais” à Margem Sul, depois de ter sido anunciado pelo ex-ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, de várias opiniões, avanços e recuos, depois de uma CTI, eis que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anuncia Alcochete como localização para o Novo Aeroporto de Lisboa. Entretanto, avançam obras na Portela. Mas há pormenores que ficam ainda por explicar, principalmente, relativamente ao preço e ao pagador.

Victor Jorge

O Conselho de Ministros decidiu e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou: a localização para o Novo Aeroporto de Lisboa (NAL) é no Campo de Tiro de Alcochete, mantendo-se, temporariamente, o Aeroporto Humberto Delgado. Isto com capacidade aumentada até que o “Aeroporto Luís de Camões”, nome avançado pelo próprio Luís Montenegro, esteja operacional.

Depois de mais de 50 anos de espera, a opção do Governo passa por um aeroporto único, quando estiver completamente construído e operacional, devendo, segundo a comunicação do Governo, “ser concebido para poder expandir-se (acomodando a procura a longo-prazo), estimulando economias de aglomeração e integrado com outros projetos de acessibilidade”.

A opção por um único aeroporto, avançada, de resto, pela Comissão Técnica Independente (CTI), permite “mitigar o impacto ambiental e social na região de Lisboa”, uma vez que a solução de dois aeroportos, afirma o Governo, “duplica os efeitos ambientais negativos e a solução única se localiza em zonas com baixa densidade populacional”. De resto, segundo as contas feitas e apresentadas pelo Governo, “Lisboa é a 2ª capital europeia com mais habitantes expostos a ruído aeronáutico”.

Esta escolha permite ainda acomodar os planos de expansão da TAP, cujas projeções preliminares são de “190-250 aeronaves em 2050”, prevendo-se que o NAL atue, no futuro, como “catalisador da atividade económica da zona do Arco Ribeirinho Sul, devido à intermodalidade entre aeroporto, ferrovia e rodovia com acesso a Sines (desenvolvendo o hub logístico nacional)”.

2 pistas = 6,1 milhões de euros
A nível de dimensão da nova infraestrutura aeroportuária, as recomendações, alinhadas com Contrato de Concessão do Aeroporto Humberto Delgado (AHD), apontam para um modelo de base assente em “duas pistas (com capacidade para 90 a 95 movimentos por hora) e possibilidade de expansão até quatro pistas, para uma estimativa de tráfego de passageiros que possa ultrapassar os 100 milhões em 2050”.

Outra das questões levantadas de imediato, até mesmo antes do anúncio de Luís Montenegro, prende-se com os custos desta obra. Segundo contas realizadas pelo Governo, “o custo total para duas pistas é de 3.231 milhões de euros”, para a primeira pista, e mais “2.874 milhões de euros, para a segunda pista”, o que totaliza a obra, para duas pistas, em 6.105 milhões de euros.

Além dos custos da obra que esperava decisão há mais de 50 anos, o fator tempo também foi alvo de análise de horas de emissão nos vários canais de televisão, imprensa e sites noticiosos, avançando o Governo com o ano de 2030 para que a primeira pista esteja terminada, sendo que a segunda entraria em funcionamento um ano depois, o que faz com que, num prazo de sete anos, o NAL teria as duas pistas construídas.

E se o fator preço e tempo estiveram em destaque, também a relação com a concessionária – VINCI – é preciso ter em conta, com o Governo a revelar que “está a negociar com concessionária para abreviar os prazos para a ANA concorrer ao novo aeroporto, como está previsto no contrato de concessão”.

Entretanto e não menos importante, enquanto o NAL estiver em construção, há um aeroporto (deficitário) em operação e a necessitar de obras urgentes. Assim, o Governo promete “promover o aumento da capacidade no Aeroporto Humberto Delgado (AHD) para atingir 45 movimentos por hora (atualmente não vai além dos 38) e investimentos nos terminais e acessibilidades, de acordo com o contrato de concessão da ANA”.

Reconhecendo que o AHD está em situação de “congestionamento operacional”, encontrando-se desde 2018 acima dos limites definidos pela Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO, na sigla inglesa), os dados indicam que a complexidade das operações resulta em “atrasos e baixas classificações em avaliações de serviço ao passageiro”, indicando os questionários de qualidade de serviço de 2023 uma pontuação de 3,5 em 5, com a taxa de pontualidade à partida a ser de apenas 52,2% em 2022, e o AHD a ocupar a 19.ª posição no ranking de conectividade direta em 20 aeroportos, segundo dados da ACI de 2023. .

Por isso, justifica o Governo, “é imperativo dar resposta à crescente procura a curto prazo, cujas projeções apontam para o máximo de 39 milhões de passageiros em 2030” e de “49 milhões para 2040”.

Assim, o Plano de Investimentos faseado, segundo o previsto na RCM n.º 201/2023, de 28 de dezembro, indicam “investimentos necessários nas pistas, taxiways, placa de estacionamento, etc., investimentos nos terminais existentes e novos terminais, acessibilidades, e outros que melhorem a qualidade do serviço no AHD”.

Também está previsto “desenvolvimento, pela NAV de um plano de expansão do espaço aéreo de Lisboa, que considere a implementação do sistema ‘Point Merge’ e ‘TOPSKY’; um estudo de alternativas para maximizar a utilização do espaço do Aeródromo de Trânsito nº 1 (Figo Maduro), através da ANAC, em colaboração com o Ministério da Defesa Nacional”.

Para “controlar” tudo isto será constituído um Grupo de Acompanhamento para o processo de expansão de capacidade do AHD que será liderado por um membro do Governo da área governativa das Infraestruturas, além de ser composto por representantes das várias entidades envolvidas no processo, nomeadamente ANA, NAV e ANAC.

É com base nesta “elevada variabilidade nas projeções de tráfego para cenário base apresentadas por várias entidades – cenários otimistas e conservadores adicionam incerteza na evolução da procura” que o Governo adverte para o facto de ser “essencial criar uma estratégia que permita acomodar a evolução da procura de forma a acomodar os vários cenários”, sendo que, em todo caso, é considerado que “a operação do AHD está muito acima do nível indicado para aeroporto ‘single runway’”.

Outro dos fatores que pesaram nesta decisão prenderam-se com o facto de o novo aeroporto localizar-se “inteiramente em terrenos públicos”, dispor de Declaração de Impacte Ambiental (embora atualmente caducada), apresentar maior proximidade ao centro de Lisboa e ter maior proximidade às principais vias rodoviárias e ferroviárias.

Além de um novo aeroporto, Alta Velocidade e nova travessia
Finalmente, o projeto está integrado com as Linhas de Alta Velocidade ferroviária (LAV), permitindo ao AHD capturar passageiros das rotas aéreas subjacentes e melhorar o acesso ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro como aeroporto preferencial para passageiros na região Centro.

Possuindo como fundamentos a “descarbonização dos transportes, transferência modal para modos de transporte energeticamente eficientes, desenvolvimento económico, a coesão territorial e social, impulsionar de forma decisiva o setor ferroviário, cumprir o PNI 2030, bem como do Plano de Trabalho do Corredor Atlântico”.

O objetivo passará por oferecer uma alternativa de transporte ferroviária competitiva, estabelecendo como objetivo tempos de percurso de 1h15 para Porto-Lisboa; 50 minutos para Porto-Vigo, e três horas para o trajeto Lisboa-Madrid.

Além da promessa de uma nova infraestrutura aeroportuária, o desenvolvimento da Linha de Alta Velocidade Ferroviária, também uma nova travessia sobre o rio Tejo foi anunciada, permitindo “libertar os constrangimentos de capacidade da infraestrutura ferroviária nas ligações a sul; aumentar a competitividade dos serviços ferroviários entre Lisboa e a região sul, Alentejo e Algarve, com redução de cerca de 30 minutos face aos percursos atuais, bem como aumento da frequência dos serviços”, além de ser considerada “essencial no âmbito das acessibilidades ao Novo Aeroporto de Lisboa”.

Assim, além da Ponte 25 de Abril, da Ponte Vasco da Gama, a solução rodoferroviária do Eixo Chelas-Barreiro ainda está sob avaliação.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Destinos

Portugal regista 13,5 milhões de dormidas e 5,6 milhões de hóspedes no 1.º trimestre

Os números da atividade turística, em Portugal, continuam a subir. Prova disso são os números de março e dos primeiros três meses de 2024.

Publituris

No terceiro mês de 2024, Portugal registou 2,3 milhões de hóspedes e 5,7 milhões de dormidas, gerando 405,8 milhões de euros de proveitos totais e 303,3 milhões de euros de proveitos de aposento. Isto equivale dizer que nos hóspedes a evolução, face a igual período de 2023, foi de 12,2%, enquanto nas dormidas foi de +12,8%. Já nos proveitos totais e nos aposentos, as subidas foram de 20,1% e 21,1%, respetivamente.

Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para 2,4 milhões de hóspedes e 6,1 milhões de dormidas, em março, correspondendo a crescimentos de 12,2% e 12,9%, respetivamente. As dormidas de residentes aumentaram 10,9% e as de não residentes cresceram 13,8%.

De acordo com os dados do INE, “estes resultados foram influenciados pela estrutura móvel do calendário, ou seja, pelo efeito do período de férias associado à Páscoa, que este ano se repartiu entre março e abril, enquanto no ano anterior se concentrou apenas em abril”.

No 1º trimestre de 2024, as dormidas atingiram 13,5 milhões e registaram um crescimento de 7,1% (+3,9% nos residentes e +8,7% nos não residentes), a que corresponderam aumentos de 15% nos proveitos totais e de 15,2% nos de aposento.

Nestes primeiros três meses, os proveitos totais atingiram 912,7 milhões de euros e os relativos a aposento ascenderam a 670,5 milhões de euros.

Lisboa lidera e Lagoa destaca-se
Do total de 5,7 milhões de dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico, 61,7% concentraram-se nos 10 municípios com maior número de dormidas em março.

O município de Lisboa concentrou 23,2% do total de dormidas, atingindo 1,3 milhões (+8,8%, após +8,2% em fevereiro), com o contributo das dormidas de não residentes (+11,1%), dado que as dormidas de residentes decresceram 3,4%. Este município concentrou 27,9% do total de dormidas de não residentes em março.

O Funchal foi o segundo município em que se registaram mais dormidas (515,3 mil dormidas, peso de 9%), tendo sido, entre os principais, o que registou um crescimento mais modesto (+2,8%, após +4,4% em fevereiro). Para este crescimento, contribuíram as dormidas de não residentes (+6,2%), dado que as dormidas de residentes diminuíram 14,7%.

No Porto, as dormidas totalizaram 486 mil (8,5% do total), acelerando para um crescimento de 14,6% (+1,2% nos residentes e +17,5% nos não residentes).

Considerando os 10 municípios com maior número de dormidas em março, em todos eles as dormidas de não residentes superaram as dos residentes.

Lagoa destacou-se entre os 10 principais municípios, apresentando um crescimento de 45,6%, com contributos expressivos das dormidas de residentes (+35,8%) e de não residentes (+47,5%). O município de Portimão registou um crescimento de 19,8%, apresentando evoluções das dormidas de residentes e de não residentes superiores à média nacional (+14,1% e +21,3%, respetivamente).

Neste grupo, há ainda a registar decréscimos nas dormidas de residentes em Ponta Delgada (-5,8%) e Cascais (-3,2%). Em sentido contrário, Albufeira destacou-se pelo crescimento expressivo das dormidas de residentes (+37,4%).

A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (36% dos proveitos totais e 38,2% dos proveitos de aposento), seguida do Algarve (18,4% e 17,1%, respetivamente) e do Norte (15,8% e 16,2%, pela mesma ordem).

Todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem no Centro (+37,4% nos proveitos totais e +34,8% nos de aposento), no Alentejo (+33% e +32,2%, respetivamente) e no Oeste e Vale do Tejo (+28,9% e +30,4%, pela mesma ordem).

Em março, registaram-se crescimentos dos proveitos nos três segmentos de alojamento. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 87,3% e 85,4% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram 19,3% e 20,5%, pela mesma ordem.

Nos estabelecimentos de alojamento local, registaram-se aumentos de 21,1% nos proveitos totais e 19,2% nos proveitos de aposento (quotas de 9,3% e 11,1%, respetivamente).

No turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,4% nos proveitos totais e de 3,5% nos de aposento), os aumentos foram mais expressivos, atingindo 39,0% e 45,7%, respetivamente.

RevPAR em alta
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 50,1 euros em março, registando um aumento de 15,2% face ao mesmo mês de 2023 (+4,7% em fevereiro).

Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na Grande Lisboa (90,6 euros) e na RA Madeira (71,9 euros), tendo os maiores crescimentos ocorrido no Centro (+28,3%), no Alentejo (+26,4%) e no Oeste e Vale do Tejo (+23,1%).

Em março, este indicador cresceu 16,9% na hotelaria (+5,7% em fevereiro) e 32,2% no turismo no espaço rural e de habitação (+8,7% em fevereiro). No alojamento local, registou-se um crescimento mais modesto, de 5,1% (-1,0% em fevereiro).

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 96,9 euros (+11,7%, acelerando 5,6 pontos percentuais (p.p.) face a fevereiro).

A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (129,5 euros), seguida pela RA Madeira (97,1 euros). Todas as regiões registaram crescimentos neste indicador, com os maiores aumentos a ocorrerem na Península de Setúbal (+16,6 %), no Centro (+15,6%) e no Algarve (+15,4%).

Em março, o ADR cresceu 12,6% na hotelaria (+6,6% em fevereiro), 5,3% no alojamento local (+2,0% em fevereiro) e 14,7% no turismo no espaço rural e de habitação (+9,2% em fevereiro).

No 1º trimestre de 2024, o RevPAR atingiu 39,8 euros (+9,0%) e o ADR 89,1 euros (+8,9%). Os valores de ADR mais elevados no 1º trimestre verificaram-se na AM Lisboa (116,1 euros) e na RA Madeira (89,8 euros). Os maiores aumentos registaram-se no Algarve (+13,6%), na Península de Setúbal (+11,2%) e no Centro (+10,1%).

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

“Não podemos ir atrás do preço, mas sim da qualidade”

O almoço com o presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, decorreu no Hotel NH Sintra Centro. A finalizar o segundo e último mandato, o presidente da vila histórica admite que “o turismo tem duas vertentes indissociáveis: a económica e a cultural”. Em qualquer uma, segundo Basílio Horta, “só poderá haver um vencedor: Portugal”.

Victor Jorge

A história política de Basílio Horta começa bem antes de ter dado entrada no Largo Dr. Virgílio Horta, morada oficial da Câmara Municipal de Sintra. Nestas “Conversas com o Presidente” do jornal Publituris, o objetivo não era, contudo, recuar tanto no tempo, mas focar a conversa agradável durante o almoço no tema do Turismo e como este é visto por quem lidera os destinos da Câmara Municipal de Sintra, vila que, com os seus quase 400.000 habitantes, segundo o últimos Censos (2022), representando 13,37% do total metropolitano e 19,82% do total da Grande Lisboa, se espalha por perto de 320 quilómetros quadrados, e é um dos pontos obrigatórios de visita a residentes e não residentes de e em Portugal.

E o tema Turismo começou por ser, desde logo, visto por dois prismas – o económico e o cultural – ambos considerados de “vital importância”, mas que terão de ter um denominador comum: Portugal.

“O turismo é, desde sempre, caracterizado por um enorme dinamismo e força agregadora”, refere Basílio Horta, salientando que “são várias as atividades económicas que estão associadas ao turismo”. Por isso, frisa, “só por este lado, o setor do turismo tem um papel importantíssimo no desenvolvimento económico da localidade, da região e do país”.

Mas, ao mesmo tempo, em concelhos como o de Sintra, e em outros também, a dimensão cultural é “enorme”. “Sintra tem uma oferta cultural muito grande e de altíssima qualidade histórica. Basta a sua serra, que é realmente um património da humanidade, à qual juntamos a tradição, a história, os palácios, os monumentos, as quintas, as praias maravilhosas, para Sintra ter uma oferta muito diversificada e de alta qualidade”. No fundo, segundo Basílio Horta, “uma oferta turística que interessa ao país e que responde, cada vez mais, ao objetivo de captar o turismo de valor acrescentado”.

O turismo é, desde sempre, caracterizado por um enorme dinamismo e força agregadora

E quem passa por Sintra, admite, “é um turista muito desenvolvido culturalmente e isso, por norma, significa visitantes com rendimento mais elevado e com maior capacidade para gastar no local, que sabe muito bem o que quer e gosta. E aqui em Sintra encontra, de facto, algo que não encontra noutros sítios”.

Um problema chamado mobilidade
Para o presidente da Câmara, além das praias, onde apesar da água mais fria, “o turista gosta de estar em contacto com o Atlântico, de estar à vontade na praia, mas ao mesmo tempo gosta de visitar museus e palácios únicos como o Palácio da Pena ou a Regaleira. Ou seja, é um turismo que não é de massas”.

Apesar de caracterizar o turismo em Sintra como não sendo de massas, há, no entanto, a questão de saber como é que os próprios locais encaram este fenómeno. Aí Basílio Horta divide a população de Sintra entre a que vive nas zonas históricas e a restantes, já que se trata, efetivamente, de um concelho enorme. Nas zonas históricas, admite que o turismo é acolhido com “alguma preocupação óbvia”, uma vez que, quem mora em Sintra, escolheu Sintra “por razões específicas de alguma intimidade, de alguma qualidade”, fazendo referência, por exemplo à Regaleira que, em 2023, teve mais de um milhão de visitantes.

Mas Sintra foi visitada por mais de cinco milhões de pessoas no ano passado, o que é “um número considerável”, embora saliente que os números pré-Covid ainda não foram atingidos.

Neste aspeto, a mobilidade, principalmente, na vila histórica é “um dos problemas a considerar e que dificulta demasiado a vida a quem vive e quem quer visitar Sintra. É uma questão, por mais que queremos resolver, não é fácil e terá sempre impactos indesejáveis, dependente de quem analisa a situação”. Contudo, sabendo que não será no mandato que termina em 2025 que esta situação se resolverá, Basílio Horta considera que este “este ordenamento terá de ser feito, mas de forma planeada, uma vez que poder-se-á tomar decisões irreversíveis e que prejudicarão todos”.

“Chegar a Sintra é fácil, com as atuais vias de acesso. O problema começa quando nos queremos mover dentro da vila”, frisando o presidente da Câmara que, “para os autocarros turísticos esta é uma grande dor de cabeça”.

Basílio Horta, presidente da Câmara Municipal de Sintra
Foto: Frame It

Para alojar os milhões de turistas que passam anualmente por Sintra é preciso, também, existir uma oferta hoteleira que, por altura da tomada de posse de Basílio Horta, em 2013, não era inaugurado um novo hotel há cerca de 30 anos. “Sintra era, de facto, visto como um local de passagem, algo que mudou drasticamente nos últimos tempos. Agora, é um local para se ficar. Há uma maior e melhor oferta hoteleira e com o fenómeno do Alojamento Local verificou-se, de facto, uma maior apetência por parte dos visitantes em ficar em Sintra”, refere Basílio Horta, admitindo que “passou a haver uma forma diferente de fazer oferta turística”.

Sintra tem uma oferta turística que interessa ao país e que responde, cada vez mais, ao objetivo de captar o turismo de valor acrescentado

O presidente da Câmara não se foca, contudo, somente em Sintra, já que “à volta, nas outras freguesias, existe uma oferta muito variada e desconhecida, embora reconheça que existe alguma ‘timidez’ em visitar certos e determinados locais”.

Outro dos pontos destacados por Basílio Horta é o facto do concelho ser um dos maiores em número de licenciamentos de moradias, salientando que “continua a haver um crescimento enorme de licenciamentos, o que demonstra que, quem vem visita Sintra, também pretende morar aqui”, contrariando, um pouco, a história de habitação massiva. “Em 70 quilómetros quadrados, temos 300 mil pessoas. Hoje, não é esse modelo de desenvolvimento que queremos para Sintra”.

Empresas não trazem só negócio
Mas não é somente a parte populacional e habitacional que Basílio Horte destaca. “Há também um grande desenvolvimento empresarial. Nós na Derrama [taxa que incide sobre o lucro tributável das pessoas coletivas, sendo fixada anualmente, pelos municípios, no valor máximo de 1,5%] tivemos um aumento enorme desde 2013. Passámos de pouco mais de três milhões de euros, em 2013, para 14 milhões nos dias de hoje”, revela o presidente da Câmara. “Isto é um reflexo da implantação de muitas empresas no concelho, o que leva a mais alojamento, mais hotelaria, mais serviços”.

Outros dos aspetos no qual Sintra tem registado uma forte evolução é no ensino universitário, com vários pólos a instalarem-se no concelho, casos do ISCTE e da Faculdade de Medicina, bem como a Base Aérea N.º 1, localizada na Granja do Marquês, próximo da Serra de Sintra. “Tudo isto traz valor a Sintra e é visível uma mudança qualitativa muito grande no concelho”, admitindo Basílio Horta que “esta mudança vai aprofundar-se no futuro”.

Qualidade, qualidade, qualidade
Regressando ao turismo, as visitas a Sintra têm no mercado nacional uma forte componente, crescente desde a pandemia, mas é no mercado internacional, com maior poder de compra e gasto, que Basílio Horta incide o destaque. “Cada vez mais espanhóis, brasileiros, árabes, ingleses, bem como norte-americanos, mercado de grande importância, nos visitam, mas também o mercado asiático, embora ainda se mantenha muito fechado, estão a procurar os encantos de Sintra e isso reflete-se na ocupação dos hotéis que tem vindo a crescer”.

Daí coloca-se a questão: e que desafios são colocados ao turismo em Sintra para o futuro? A resposta sai rápida e assertiva: “não só manter, mas aumentar a qualidade da nossa oferta. Não podemos ir atrás do preço, mas sim da qualidade. Só isso nos poderá diferenciar”, frisando que essa qualidade não pode ser limitada à oferta hoteleira, mas, também, “à manutenção dos nossos monumentos”. “E o turismo não pode ser de tal maneira intenso que acabe por deteriorar a oferta turística, porque isso seria gravíssimo e prejudicial a todos”, considera.

Além dos monumentos, Basílio Horta refere, igualmente, a importância da Parques de Sintra que “está sempre entre os melhores do mundo no que diz respeito à conservação”, frisando que a Parques de Sintra – Monte da Lua “é um parceiro indispensável da Câmara”.

Foto: Frame It

O “eu” Basílio
A nível pessoal, se houve algo que nunca passou pela cabeça de Basílio Horta foi ser presidente da Câmara de Sintra. “Fui praticamente tudo o que um político pode ser: deputado, ministro, embaixador, magistrado do Ministério Público, diretor-geral da Confederação da Indústria Portuguesa, presidente da AICEP, professor, mas presidente de Câmara foi algo que nunca me passou pela cabeça vir a ser”, admitindo, contudo, que “não queria acabar a minha carreira política sem ter uma experiência de autarca”.

Sou viajante que gosta de bons hotéis, bons restaurantes e bons museus. Deem-me estas três componente e sou um turista feliz

Passando do autarca para o turista, Basílio Horta identifica-se como um “viajante que gosta de bons hotéis, bons restaurantes e bons museus. Deem-me estas três componente e sou um turista feliz”.

Daí impor-se a pergunta, qual o melhor hotel, restaurante e museu que visitou? Nos hotéis, o destaque vai para o Hotel Hassler, em Roma; nos restaurantes a Casa Nicolasa, em San Sebastian; enquanto nos museus a resposta é tripartida: Hermitage, em São Petersburgo; Louvre, em Paris; e Prado, em Madrid.

Para finalizar a conversa realizada no Hotel NH Sintra Centro, a viagem que falta fazer: Antártida, considerado um “destino ímpar, de difícil realização, mas que poderá ainda acontecer”.

Quanto a conselhos, não o de Sintra, mas ao sucessor que sairá das eleições autárquicas de setembro/outubro de 2025, Basílio Horta é lacónico: “O meu sucessor não precisa dos meus conselhos e, seguramente, fará melhor do que eu”.

Um olhar para Sintra

O almoço com o presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, realizou-se no NH Sintra Centro. Localizado no centro de Sintra, o hotel de quatro estrelas NH Sintra Centro, anteriormente Tivoli Sintra, fica a apenas a uma curta distância dos mais famosos monumentos e palácios históricos de Sintra. Situado no centro da vila, junto ao Palácio Nacional de Sintra, e localizado entre a Serra de Sintra e o mar, o hotel não poderia ter uma melhor localização para explorar a cidade considerada património mundial da UNESCO.

Entre as atrações mais próximas, é possível visitar o Palácio da Pena e o Palácio de Monserrate. A partir da varanda do lobby do hotel, é possível avistar o Castelo dos Mouros, a Quinta da Regaleira e, num dia de sol, consegue-se até ver o mar.

Com 77 espaçosos quartos, espalhados por oito andares, todos os quartos foram renovados em 2023, dispondo de varandas ou de terraços com vistas deslumbrantes. Estão disponíveis quartos comunicantes, quartos adaptados e suites.

A ementa do almoço oferecido pelo Hotel NH Sintra Centro:
Entradas: Carro de acepipes
Prato principal: Arroz de peixes da nossa costa
Sobremesa: Pêra bêbeda e Arroz-doce
Vinho: Esporão Reserva Branco 2022

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Análise

Turismo mundial deverá valer 11,5 biliões de euros, em 2032

Segundo contas da Custom Market Insights, o valor do turismo a nível global deverá atingir, em 2032, os 11,5 biliões de euros, com uma taxa de crescimento média anual na ordem dos 3,7%.

Publituris

Depois do World Travel & Tourism Council (WTTC) ter avançado, no mais recente Economic Impact Research (EIR), que o valor da indústria do turismo a nível global deveria atingir os 14,8 biliões de euros, em 2034, com um peso de 11,4% no Produto Interno Bruto (PIB) mundial, a empresa de estudos de mercado Custom Market Insights (CMI) vem revelar que, em 2032, a indústria do turismo deverá gerar um valor de 11,5 biliões de euros, depois de, em 2023, ter atingido os 8,3 biliões de euros.

Segundo a CMI, “os principais intervenientes, como a Expedia, a Airbnb e as cadeias de hotéis, influenciam o mercado, enquanto tendências como as viagens sustentáveis, a transformação digital e as experiências locais moldam a sua trajetória” para a empresa, o mercado é “sensível às condições económicas, aos acontecimentos geopolíticos e às crises sanitárias.

Considerando que se trata de um setor “dinâmico” que evolui continuamente, impulsionado pelas “preferências dos consumidores, pelos avanços tecnológicos e por considerações ambientais, desempenhando um papel vital nas economias globais e no intercâmbio cultural”, a CMI aponta alguns fatores que irão moldar as oportunidades futuras para e no setor.

Transformação digital: A integração de tecnologias avançadas, incluindo plataformas de reserva online, aplicações móveis e experiências virtuais, melhora a experiência geral do viajante, simplificando e personalizando o processo de reserva e de viagem.

Aumento dos viajantes de classe média: O crescimento da classe média, particularmente nos mercados emergentes, alimenta o aumento da procura turística, uma vez que mais pessoas podem pagar viagens domésticas e internacionais, impulsionando o mercado global.

Turismo sustentável e experimental: A mudança para experiências de viagem sustentáveis e experienciais reflete a alteração das preferências dos consumidores, com os viajantes a procurarem destinos e atividades autênticos, amigos do ambiente e culturalmente imersivos.

Globalização e conetividade: A melhoria das infra-estruturas de transporte e o aumento da conectividade através de companhias aéreas e plataformas digitais contribuem para a globalização do turismo, tornando diversos destinos mais acessíveis a um público mais vasto.

Turismo de saúde e bem-estar: A crescente atenção dada à saúde e ao bem-estar representa uma oportunidade para o mercado do turismo. Os viajantes procuram destinos e experiências que promovam o bem-estar, incluindo retiros de spa, resorts de bem-estar e atividades centradas na natureza.

Turismo gastronómico: O turismo gastronómico oferece uma oportunidade para o setor do turismo capitalizar o interesse crescente pela gastronomia. Os viajantes dão cada vez mais prioridade a destinos conhecidos por experiências culinárias únicas, cozinhas locais e eventos relacionados com a comida, contribuindo para o crescimento deste segmento de mercado de nicho.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Aviação

TAP com prejuízo de 71,9 milhões de euros, mas melhores resultados operacionais

Depois de no 4.º e último trimestre ter regressado aos prejuízos, a TAP apresenta um resultado líquido negativo de 71,9 milhões de euros no exercício referente aos primeiros três meses de 2024. Os custos com pessoal foram dos que mais subiram. No gasto com combustível houve uma redução.

Victor Jorge

A TAP Air Portugal obteve um prejuízo de 71,9 milhões de euros no 1.º trimestre do exercício de 2024, correspondendo a mais 25,2% face aos 57,4 milhões de igual período de 2023, ou seja, um prejuízo de mais 14,5 milhões de euros.

Este resultado segue o prejuízo já apontado no relatório e contas referente ao 4.º e último trimestre de 2023, período em que a companhia aérea nacional registou prejuízos de 26,2 milhões de euros, correspondendo a uma variação negativa de 116,8%, o que equivale dizer que os lucros caíram 182,6 milhões de euros na altura.

Recorde-se que os resultados anuais referentes ao exercício de 2023 registaram lucros de 177,3 milhões de euros, representando uma subida de 170,2% face aos 65,6 milhões de euros obtidos no ano anterior de 2022.

Os resultados operacionais da TAP, no entanto, registaram uma melhoria face ao 1.º trimestre de 2023, passando de 835,9 milhões de euros para 861,9 milhões de euros, correspondendo a uma subida de 3,1%, ou seja, mais 26 milhões de euros, com as receitas no segmento de passageiros a subir 5% para 774,7 milhões de euros, contra os 737,6 milhões de euros de período homólogo de 2023.

Aumento registou, igualmente, a manutenção que passou de um valor de 43,6 milhões de euros para 45 milhões de euros, correspondendo a uma evolução de 3,3% face aos primeiros três meses do exercício anterior.

Apesar dos gastos totais operacionais terem subido 7,8% para 919 milhões de euros, os custos com combustível registaram uma descida de 8,5%, o que equivale dizer que, se nos primeiros três meses de 2023 a TAP gastou 277 milhões de euros, no 1.º trimestre deste ano o gasto baixou para 253,4 milhões de euros.

Um dos maiores aumentos nos resultados da TAP neste período de janeiro a março de 2024 vai, contudo, para os custos com pessoal que aumentaram 56,9% face a igual período de 2023. Assim, em vez dos 123,8 milhões de euros dos primeiros três meses de 2023, a TAP viu os custos com salários aumentar 70,5 milhões de euros para 194,3 milhões de euros.

Em comunicado, a TAP informa ainda que o EBITDA recorrente totalizou 83,7 milhões de euros no 1.º trimestre de 2024, apesar da diminuição de 36,3 milhões de euros em comparação com o 1.º trimestre de 2023.

Já o EBIT recorrente registou um valor negativo de 43,3 milhões de euros nos primeiros três meses de 2024, diminuindo em 33,1 milhões de euros face ao mesmo período de 2023.

A 31 de março de 2024, a TAP informa, igualmente, que “o balanço apresentava uma posição de caixa e equivalentes de caixa robusta de 1.133,4 milhões de euros, um aumento de 344 milhões de euros face a 31 de dezembro de 2023, no seguimento da execução da segunda tranche do aumento de capital no valor de 343 milhões de euros efetuada pelo acionista a 4 de janeiro de 2024”.

De referir ainda que no 1.º trimestre de 2024, a TAP transportou mais 0,6% de passageiros, quando comparado com os primeiros três meses de 2023, totalizando 3,532 milhões em vez dos 3,511 de igual período de 2023, apesar da companhia ter operado menos 557 voo, ou seja, menos 2% que no 1.º trimestre de 2023. “Comparando com os níveis pré-crise de 2019 (1.º trimestre de 2019), o número de passageiros atingiu 104%, superando os mesmos, enquanto os voos operados atingiram 90%”, informa ainda a TAP no comunicado.

Para Luís Rodrigues, presidente-executivo da TAP, “no primeiro trimestre de 2024 continuámos o processo de transformação estrutural que a TAP exigia. O investimento nas nossas pessoas, incluindo o fim dos cortes salariais, correções da elevada inflação e os novos acordos de empresa, têm um impacto imediato no resultado, mas os benefícios continuarão a materializar-se”.

O responsável máximo da companhia admite ainda que “tivemos a capacidade de aumentar a oferta, transportar mais passageiros e melhorar as taxas de ocupação quando comparado com o primeiro trimestre de 2023, o que se traduziu em aumento da receita, enorme redução de irregularidades, melhoria da pontualidade e regularidade numa infraestrutura aeroportuária altamente congestionada. Isto traduziu-se igualmente num salto no NPS (Índice de Satisfação do Cliente) de 12 para 24”.

“Confiamos totalmente nas nossas pessoas e sabemos que vamos estar à altura do verão forte com um significativo aumento de frequências para o Brasil e América do Norte. O nosso foco e empenho mantêm-se: estabelecer a TAP como uma companhia sustentadamente rentável e uma das companhias mais atrativas da indústria para todos os nossos stakeholders”.

De referir que, de uma perspetiva operacional, foram reabertos, no final do primeiro trimestre, dois destinos a partir de Lisboa para a época de verão: Nápoles e Porto Santo. A frota operacional era composta por 99 aeronaves, a 31 de março de 2024, com a adição de uma aeronave quando comparada com 31 de dezembro de 2023, sendo que 68% da frota operacional de médio e longo curso consistia em aeronaves da família NEO (face a 67% a 31 de março de 2023 e 17% a 31 de março de 2019).

O comunicado da TAP termina a referir que “as expetativas para o verão de 2024 mantém-se positivas, com as reservas em linha com 2023, apesar do aumento de capacidade, confirmando uma procura resiliente. Igualmente em 2024, o investimento na modernização da frota irá continuar, com o phase-in de três novas aeronaves A320 NEO, confirmando o compromisso da TAP numa frota mais sustentável e eficiente”.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
AL

Nova Edição: Alojamento Local, com entrevista a Eduardo Miranda (ALEP), Sustravel, Turismo das Canárias e MITE Macau na edição 1511 do Publituris

A edição de 10 de maio do Publituris faz capa com o Alojamento Local. Em entrevista, Eduardo Miranda, presidente da ALEP, traça o que é necessário para o AL ter estabilidade. Sustravel, Turismo das Canárias e MITE Macau são outros dos temas desta edição.

Publituris

A primeira edição de maio do jornal Publituris, com capa de 10 de maio, destaca o Alojamento Local em Portugal. Em entrevista, Eduardo Miranda, presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), dá conta da necessidade da atividade precisar de “estabilidade para se poder dedicar àquilo que é, verdadeiramente, a sua missão”. Representando cerca de 40% das dormidas anuais em Portugal, o presidente da ALEP “quer fazer parte do Turismo”.

Na “Distribuição”, fomos conhecer o novo projeto de Paula Machado que, depois de deixar o Turismo de Macau em Portugal, dedicou-se à sustentabilidade, tendo sido convidada pela Travelife para ser, no nosso país, uma das formadoras e auditoras desta entidade internacional de certificação em sustentabilidade. O novo desafio levou à abertura da Sustravel, empresa que se dedica à sustentabilidade no turismo e que tem vários planos para levar o tema a outras paragens, com Macau na dianteira.

Os dois dias de workshop do Turismo das Canárias foram aproveitados para falar com Juan Hiemenez De La Torre, chefe de Projetos de Comunicação de Marketing Feiras; e Elena Gonzalez Vazquez de Parga, diretora de Marketing da Promotur.

Além de trazermos a fotorreportagem dos dois dias do evento que decorreu em Vila Nova de Gaia, no World of Wine (WoW), e Lisboa, no NAU Palácio do Governador; Juan De La Torre afirmou que o objetivo das Canárias “tornar-se um destino de valor e não de volume”.

Já Elena Parga colocou o tónico na conectividade, salientando que “há trabalho a fazer e destino a comunicar” e, por isso, a aposta passa pela criação de conteúdos que “vinquem a autenticidade e diversidade de cada ilha”. Quanto a Portugal, a diretora de Marketing da Promotur afirma que se trata de um mercado muito fiel”.

A viagem a Macau feita pelo Publituris, a convite da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), para visitar a MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau, deu para perceber as mudanças que o destino pretende levar a cabo no que diz respeito à atividade turística. Mostrando-se como plataforma dessa transformação, o objetivo passa por afirmar Macau como um destino de lazer.

Além do Pulse Report, uma parceria entre o jornal Publituris e a guestcentric, a edição publica artigos de opinião de Francisco Jaime Quesado (economista e gestor); Alexandra Lavaredas (ISCE); Ana Jacinto (AHRESP); e Joaquim Robalo de Almeida (ARAC).

Finalmente, nas “Capas que fazem História”, recorde a edição de 15 de maio de 1974, no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de abril de 1974.

Boas leituras.

A versão completa desta edição é exclusiva para subscritores do Publituris. Pode comprar apenas esta edição ou efetuar uma assinatura do Publituris aqui obtendo o acesso imediato.

Para mais informações contacte: Carmo David | [email protected] | 215 825 430

Nota: Se já é subscritor do Publituris entre no site com o seu Login de assinante, dirija-se à secção Premium – Edição Digital e escolha a edição que deseja ler, abra o epaper com os dados de acesso indicados no final do resumo de cada edição.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2021 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.