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“Ainda julgamos que o Turismo de Portugal está aqui para dar cheques em branco”

O presidente do Turismo de Portugal afirma que o Instituto deve ser visto cada vez mais como um parceiro das empresas, do ponto de vista financeiro, mas também do conhecimento. Luís Araújo fala ainda dos mercados de aposta de promoção do País e faz o ponto da situação da Estratégia 2027.

Carina Monteiro
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“Ainda julgamos que o Turismo de Portugal está aqui para dar cheques em branco”

O presidente do Turismo de Portugal afirma que o Instituto deve ser visto cada vez mais como um parceiro das empresas, do ponto de vista financeiro, mas também do conhecimento. Luís Araújo fala ainda dos mercados de aposta de promoção do País e faz o ponto da situação da Estratégia 2027.

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_U7A8033O presidente do Turismo de Portugal afirma que o Instituto deve ser visto cada vez mais como um parceiro das empresas, do ponto de vista financeiro, mas também do conhecimento. Luís Araújo fala ainda dos mercados de aposta de promoção do País e faz o ponto da situação da Estratégia 2027.

O Turismo de Portugal (TdP) anunciou a assinatura de um protocolo com o Grupo HNA que vai permitir a ligação aérea directa da China para Portugal (Hangzhou – Pequim – Lisboa), a começar em Junho de 2017. Quais são as expectativas para esta rota? Quantos turistas estimam transportar no primeiro ano?
O Turismo chinês está a crescer à volta de 20% em Portugal. Fechámos 2015 com 150 mil turistas chineses. Em 2016, devemos ficar nos 180 mil. A questão da abertura do voo não é tanto uma relação directa com o número de lugares disponíveis, porque aí teríamos mais 35 mil lugares disponíveis. Aqui a questão é ter mais visibilidade no mercado, ter mais uma rota, mais um ponto de acesso na Europa para o mercado chinês e falar-se mais de Portugal no mercado chinês. Isso é que é a grande vantagem para Portugal. Temos uma delegação do TdP em Xangai. Abriu-se agora o consulado de Cantão. Portanto, a embaixada e os três consulados vão permitir dar maior resposta à emissão dos vistos. Abriram-se mais sucursais para a emissão de vistos.
Julgo que há uma preocupação maior com aquele mercado, que não é a mesma que existe com outros mercados, que não têm ligação directa. Ou seja, a ligação directa é uma espécie de detonador de um prestar de atenção maior do que prestávamos antes.

Que acções de promoção estão previstas para o mercado chinês? Falou em estabelecimento de relações fortes e coesas com o trade e a presença consistente nos principais canais digitais e até foi lançada a página do Visitportugal no Wechat, que é a plataforma de social media e de mensagens mais popular da China.
Este ano já fizemos um roadshow, em Abril, com algumas empresas pelo mercado chinês. A promoção, como dizemos sempre, tem de ser adaptada mercado a mercado. Alguns correspondem mais ao online, outros ao offline. O que vamos fazer na China é analisar as várias situações. A nossa prioridade foi o contacto com os operadores, com os agentes de viagens, para ver de que forma podíamos estimular a vinda de turistas para Portugal. Em Fevereiro deste ano, Lisboa ganhou dois prémios com a Ctrip, um dos maiores operadores online do mundo, ganhou o Melhor Destino de Férias e Melhor Destino de Compras da Europa. Isto significa que já existe algum trabalho e algum conhecimento. Temos que continuar a desenvolver este trabalho e, principalmente, a estimular um conhecimento maior das outras regiões do País. O turista chinês fica menos de duas noites em Portugal. Julgo que a nossa promoção tem de ser canalizada nestas múltiplas vertentes, que é dar a conhecer o País como um todo, tentar atraí-los para que fiquem mais tempo, que circulem pelo destino e que conheçam a nossa oferta. Vai ser uma promoção muito digital, em conjugação com os operadores, mas também com iniciativas nossas, a questão da abertura da página de Wechat, os conteúdos do site visitPortugal em mandarim, mas também vamos estar atentos a algumas iniciativas offline que possam ser desenvolvidas na China e que permitam dar ainda mais visibilidade a Portugal. Além disso, vamos ter mais fam trips e press trips para Portugal.

Além de Lisboa, as outras regiões podem ter alguma expectativa face a este mercado?
Totalmente. Aquilo que vemos, dos contactos com os operadores e com os turistas chineses, é que existe um mercado com grande curiosidade e apetência por conhecer a fundo o destino. A China tem cerca de 100 milhões de habitantes que viajam para o exterior por ano. Obviamente os principais mercados são Hong Kong e Macau. Mas estes 100 milhões correspondem a 7% da população chinesa e são aqueles que têm passaporte. O potencial de crescimento é muito grande. Existe uma classe média forte na China que quer visitar os destinos e quer saber mais como é que os destinos funcionam e que tipo de oferta têm. Acreditamos que há muito potencial de conhecimento do País que pode ser aproveitado. Tem é de ser canalizado para as pessoas certas. A grande vantagem do digital é que nós, hoje, conseguimos direccionar essa promoção e conseguimos chegar àqueles segmentos que nos interessam ou que, pelo menos, julgamos que têm aquele binómio, que é visitar mais dentro do País e ficar mais dias cá dentro.

_U7A7912Considera que o mercado português está preparado para receber os turistas chineses?
Esse é o outro lado da moeda, o mercado tem de se preparar para o turista chinês. Aliás, queremos que as empresas nos vejam como parceiros para isto. Sei que é difícil e caro a adaptação física a um mercado que, apesar de estar em crescimento, ainda não é um dos principais mercados. No entanto, às vezes, há pequenas coisas que podem ser feitas que estimulam ou, pelo menos, garantem, que a venda do lado de lá é eficaz. Questões que têm a ver com pequenos detalhes nos quartos ou com algumas questões da operação, como ter sinalética em mandarim dentro das unidades hoteleiras, ou ter a informação dentro dos quartos traduzidas em mandarim, ou ter um prato chinês no pequeno-almoço, ou nas refeições.
Se todos consideramos, e nisso não tenho dúvidas, que é um mercado importante, todos temos de fazer a nossa parte para conseguir captá-lo e fidelizá-lo.

Os números do INE de Janeiro a Agosto mostram que apenas o Brasil está com uma variação negativa face a 2015, todos os outros mercados estão a crescer. Esta nova porta que se abre pode compensar alguma quebra do mercado brasileiro?
O mercado brasileiro já teve uma quebra e esses números são reflexo disso. A verdade é que recuperou no mês de Agosto e em Julho também já se verificou uma recuperação. Mas ainda não compensou as quebras do primeiro semestre.
Estamos preocupados com a diversificação de mercados, mas não tem só a ver com a quebra do Brasil, tem a ver com uma política do TdP que é: não podemos estar sempre a olhar para os mesmos mercados. Obviamente, são muito importantes, ainda há muito a fazer, ainda podemos ganhar quota. Veja-se o caso da Alemanha, mas temos de estar atentos a outras oportunidades. Isto é, temos de analisar de que forma podemos promover o destino em mercados que têm alguma ligação aérea connosco ou em que tem havido um aumento da curiosidade por algum motivo.
A quebra do Brasil foi uma questão interna que não teve nada a ver com o destino Portugal, mas sim com a procura interna do mercado brasileiro, mas que é algo que nos deve preocupar. Acreditamos que o Brasil vai voltar àquilo que era. A situação vai melhorar e a própria TAP já está a sentir isso. Mas há que olhar para outros mercados. Um exemplo muito concreto é o voo da China. À semelhança do que acontece com o voo para o Dubai, permite-nos olhar para outros mercados, que de outra forma não olharíamos, como o Japão, Coreia do Sul e Singapura. São mercados que podemos captar e é mais uma porta que se abre.

Promoção internacional
Estamos a poucos dias da realização do World Travel Market, em Londres, como é que se vão apresentar nesta feira? Com alguma novidade?
Vamos ter o mesmo stand, mas com uma área superior ao ano passado (mais 25%). Temos mais 200 metros quadrados para um total de 800 metros quadrados.
Isto demonstra a apetência pelo mercado, vamos ter mais empresas, levar quatro startups e ter um espaço de animação. Ou seja, estamos atentos a novos mercados, mas não descuidamos aqueles que são os nossos mercados tradicionais. Inglaterra continua a ser um mercado que tem uma relação forte com o mercado português e nós queremos continuar a apostar.

A saída do Reino Unido da Europa causa alguma inquietação e expectativa para o próximo ano. O Turismo de Portugal está atento a isso?
Há muita tranquilidade e serenidade de uma parte e de outra. Portugal vai sempre ser um destino próximo do mercado inglês. Não tenho dúvidas disso. Não deixa de existir esta ligação pelo facto de um país decidir sair da União Europeia. Aquilo que estamos a fazer é acompanhar a situação. Apesar do anúncio do Brexit, temos continuado a crescer no mercado inglês. Fizemos agora um ‘focus group’ no mercado inglês, no âmbito da Estratégia 2027, que correu muito bem, recolhemos opiniões muito válidas e muito importantes para as nossas acções comerciais. Acredito que o mercado inglês vai continuar a ser importante para Portugal, com ou sem Brexit, mas temos de continuar atentos.

Como está a correr a promoção no mercado dos EUA? Justifica-se um reforço da equipa face à dimensão de um mercado como este?
Justifica-se um reforço da equipa.

Vai existir?
Vai.

Quando?
Não sei, mas justifica-se um reforço. Mais do que o reforço da equipa, justifica-se um reforço da nossa presença. Temos é de ver qual a melhor forma para fazê-lo. Quando falamos de Estados Unidos, devemos falar em América do Norte, ou seja, EUA e Canadá. São dois mercados importantíssimos, pelas relações históricas connosco, pela comunidade que lá temos e que temos de saber aproveitar. Por isto tudo, julgo que 2017 vai ser um ano muito positivo para a América do Norte. Vamos claramente apostar neste mercado. A questão do ‘stopover” da TAP, que apoiámos desde o início, é um exemplo de tentar ganhar escala em conjunto com outras entidades. Fizemos um roadshow com a TAP há mês e meio, precisamente para isso, para tentar ganhar presença e dimensão e dar mais conhecimento do que é o destino. Por isso, se me pergunta se vai haver reforço da equipa? Tem de haver reforço, mas há outras questões a fazer e este reforço de visibilidade faz-se em vários campos.

Quais são as grandes linhas orientadoras da promoção em 2017?
Em termos de mercados, não existem alterações. Existe uma maior atenção a mercados próximos daqueles onde há aberturas de linhas aéreas, como Japão e a Coreia do Sul. De resto, vamos continuar a apostar nos nossos mercados tradicionais e garantir que há uma representação e proximidade nossa maior e uma comunicação grande com os operadores e agentes de viagens.
Acreditamos que estamos a ganhar muito, em escala, com esta junção de esforços entre privados, que promovem também os destinos, e o sector público. Há uma aproximação entre as Entidades Regionais de Turismo (ERT’s), as Agências Regionais de Turismo e o Turismo de Portugal cada vez maior. É o que eu digo sempre: Só temos a ganhar se trabalharmos em conjunto e ganharmos escala lá fora.
Portanto, não vamos diversificar, temos quatro mercados tradicionais (Espanha, França, Alemanha e Reino Unido); mercados de crescimento como Holanda e Rússia; e temos mercados de aposta que são a China e os EUA, por conta da dimensão e do peso que têm. Depois, temos mercados de intervenção específica, dos quais dei dois exemplos, Japão e Coreia do Sul. Ou seja, temos de mantê-los no radar, fazer acções com eles, mas têm de ser acções que tenham retorno imediato.
Vamos ter uma maior atenção numa questão: os mercados não podem ser todos tratados da mesma maneira. Há mercados que são mais sensíveis ao offline e à presença do País de uma determinada forma. Há outros que são muito mais digitais.

Como é que está a relação das Entidades Regionais com o TdP e entre elas?
Está óptima. Obviamente, às vezes, cada um tem o seu ponto de vista, mas temos conseguido fazer um trabalho conjunto que foi construído na base da confiança destes anos. Reconhecemos que o conhecimento da região é mais rico através destas agências. A nós cabe-nos a promoção da marca Portugal. Mais uma vez, continuo a dizer que temos de estar juntos.

Este ano assistimos a situações como o Porto e o Centro a promoverem-se fora do stand do Turismo de Portugal na Fitur.
Temos trabalhado muito em conjunto e temos ouvido muito as ARPT’s e as ERT’s. Fizemos há três meses, pela primeira vez nos últimos anos, uma reunião do Conselho Estratégico de Promoção Turística (CEPT). Posso dizer-lhe que até temos um grupo de Whatsapp (Turismo de Portugal, ERT’s e ARPT’s) para facilitar a comunicação. Isso é o mais importante. Agora, julgo que há pontos a melhorar, há sempre coisas que podem ser feitas de maneira diferente. Os recursos são escassos, temos que rentabilizá-los da melhor forma possível.

Congressos e eventos
A equipa de captação de congressos para Portugal que novidades apresenta? Estava prevista a construção de uma plataforma de divulgação da nossa oferta instalada relativamente a sítios com capacidade para receber congressos.
Estamos a construir essa plataforma. Porque é que a equipa foi constituída? Sentimos que há uma oportunidade comercial e, enquanto País, temos características, únicas no mundo, para a captação de grandes eventos. A nossa proximidade entre regiões, a facilidade de acessos, a cada vez maior visibilidade, o clima, a segurança. Tudo isso faz com que sejamos cada vez mais um destino interessante para este tipo de eventos. Daí termos decidido avançar com duas questões: uma equipa destinada à monitorização e captação de grandes eventos e uma Linha de Apoio para Captação desses eventos.
Este é um trabalho de maratona, mas curiosamente temos sentido que tem havido já interesse e alguma mobilização na perspectiva de captação de grandes eventos. Dou um exemplo: em conjunto com a APECATE conseguimos trazer para o Porto, no próximo ano, a entrega de prémios dos EuBea – European Best Event Awards, um encontro que distingue anualmente os melhores eventos realizados na Europa. O Porto porquê? Para tentar mostrar o País como um todo, juntando esforços com os Convention Bureau que existem e ganhamos escala nessa perspectiva. Julgamos que vamos ter cada vez mais visibilidade. Tivemos grandes congressos no passado, temos agora uma grande oportunidade de mostrar o quão bom somos a fazer este tipo de grandes eventos com o Web Summit.

Justamente o Web Summit. É um bom exemplo da realização de um evento em época baixa. É isso que interessa ao País?
Claramente, interessa cada vez mais. Mais importante do que o impacto económico que vai ter – são 50 mil pessoas em Lisboa – são os efeitos arrastadores que tem. Muitas pessoas vão ficar curiosas por conhecer o resto do País. O facto de se realizar em Novembro faz com que as pessoas não pensem que Portugal é só a época alta, de Junho a Setembro. Depois, vai trazer um posicionamento do País num mercado completamente diferente, ou seja, vai fazer com que os nossos serviços, as nossas empresas se aproximem um pouco mais do digital. A questão de ser em três anos, permite-nos criar dimensão em cima daquilo que é um evento tão importante.

Do que os operadores se queixavam de Linhas de Apoio semelhantes a esta no passado é que tinham certas limitações. E esta?
É impossível agradar a gregos e troianos, a Linha tem de ter em consideração aquilo que queremos. Portanto, tem uma estratégia que é a de apostar em épocas baixas, em destinos que não são tão conhecidos e mostrar equipamentos que não estão nos grandes centros urbanos. Essa é a prioridade, não significa, no entanto, que não possam ser apoiadas outras questões.

ET 2027
Já terminaram os Laboratórios Estratégicos de Turismo (LET) que integram o processo de construção da Estratégia Turismo 2027? Fizemos todos os Laboratórios Regionais, falta apenas os Açores, ainda estamos a encontrar uma data. Fizemos os LET Temáticos (Formação e Emprego, Tendências e Inovação) e os ‘focus groups’ internacionais.

Qual é o balanço?
Foi o melhor estágio que se podia fazer em Turismo. Foi muito enriquecedor. Do que nos apercebemos foi que esta questão da comunicação e da necessidade de todos discutirmos o Turismo é fundamental e tem que ser feita com regularidade. Muitas vezes, pela pressa, pela falta de tempo, tomamos decisões ao invés de parar, avaliar como estamos e pensar o futuro. Julgo que isso foi a grande lição dos LET e destes Focus Groups. Ou seja, a necessidade que todos temos de nos sentarmos e falarmos sem complexos e problemas sobre aquilo que queremos para o futuro. Obviamente, há que tomar decisões, não se pode agradar a todos. Temos alguns desafios pela frente que temos de dar resposta. Claramente, temos cada vez mais a certeza que todos queremos o mesmo e isso é o mais curioso. De que maneira se chega a esse resultado é o mais difícil.

O que se segue?
O que estamos a fazer é juntar toda a informação, a actualizar aquele primeiro ‘draft’ que foi lançado pelo Turismo de Portugal e a ver se há alguma questão que precise de ser alterada ou afinada. Até ao final do ano vai ser lançado o documento que é uma estratégia a 10 anos.
Esta estratégia não é rígida (isto também decorreu dos Laboratórios), é uma estratégia que tem de ser revista periodicamente, monotorizada e actualizada, se for o caso, não é uma verdade absoluta, nem é um dogma. Por outro lado, também não é algo pelo qual estejamos à espera para fazer alguma coisa. Portanto, a estratégia vai ter planos de acção, iniciativas públicas e privadas relacionadas com o Turismo.

Nestes LET participaram os novos negócios que surgiram nos últimos anos?
Participaram. Essa é a riqueza dos LET. Participaram antigos e novos negócios, participaram entidades públicas, privadas. Todos. Empresas já estabilizadas no mercado, startups. O facto de estarmos a discutir o assunto e a juntar pessoas, em conversas que seriam improváveis, essa é verdadeira riqueza destes laboratórios.

O financiamento da actividade turística, a qualificação dos recursos humanos e a qualificação da oferta existente formam três temas muito discutidos nestes LET. Como é que o TdP vai dar resposta a estes desafios, começando pelo Financiamento da actividade turística?
O Turismo de Portugal posiciona-se cada vez mais como parceiro da actividade turística. Cada vez mais queremos ser parceiros da actividade turística. Temos um conhecimento interno e uma riqueza, do ponto de vista de ‘benchmarketing’ internacional e desenvolvimento de novos negócios, que nos permite pensar que as empresas têm de olhar para nós como parceiros nessa perspectiva. Beber do TdP informação estatística, de benchmark, de mercados. Isso por um lado. Vai dizer-me que isso não é financeiro. Mas é. Tenho de bater nesta tecla. Quando se fala do envelope financeiro, ainda julgamos que o TdP está aqui para dar cheques em branco, sem nenhuma responsabilização. Isso acabou, não pode haver. Temos de ser o mais criteriosos possível na utilização do dinheiro público. Quando se fala em envelope financeiro, de facto o TdP tem diversas Linhas e disponibilidade para acolher qualquer ideia e sugestão, mas têm de ser ideias que somem àquilo que é o Turismo nacional.
Julgo que, cada vez mais, temos de trabalhar em conjunto. Trabalhar em conjunto significa dar, mas também sermos mais exigentes naquilo que damos e no que é feito com aquilo que é dado.
A questão do financiamento é sem dúvida importante para as empresas. As empresas estão descapitalizadas, passaram o cabo dos trabalhos, o negócio do Turismo é de longo prazo, muito sensível. Obviamente, estamos aqui para apoiar as empresas, temos esse papel e essa obrigação. Julgamos é que tem de haver mais diálogo e comunicação.

É importante promover a requalificação da oferta turística existente. Quais são os instrumentos do TdP?
Gosto sempre de ver o copo meio cheio e meio vazio. Penso que já foi feito muito do ponto de vista da qualificação da oferta, mas ainda há coisas a fazer e os operadores internacionais dizem isso – nas conclusões dos ‘focus groups’. Há ainda um caminho a percorrer, mas acredito que a base é muito melhor hoje do que há dez anos.
Do ponto de vista do software, ou seja da qualificação dos recursos humanos, penso que aqui há um trabalho maior a fazer. Temos que valorizar as profissões relacionadas com o Turismo, dar oportunidade para que as pessoas cresçam neste sector e que vejam este sector como um sector de aposta no País. Não como último recurso, mas como uma primeira opção. Aí julgo que há um papel a fazer, da parte do TdP. Por isso é que estamos a apostar tanto nas escolas, na adaptação dos currículos. Mais uma vez, tivemos uma série de reuniões com associações do sector para discutir quais seriam as necessidades das empresas relacionadas com a nossa formação. Temos que adaptar a nossa formação a essas necessidades. Temos que tirar as escolas dos espaços físicos das escolas, ir até às empresas, uma coisa que foi chamada de formação itinerante, e na qual queremos apostar. Tentar mobilizar um país não só para esta questão de receber bem todos, mas também para valorização das profissões relacionadas com o Turismo.

Mas voltando à requalificação da oferta, falando do ponto de vista do privado que tem um hotel e precisa de o renovar. Pode encontrar no Turismo de Portugal um parceiro?
Pode e deve, mas mais importante do que encontrar um parceiro para financiar o seu projecto [e somos esse parceiro], é encontrar no TdP um parceiro que lhe pode dizer onde deve apostar, quais são os bons exemplos que são seguidos.

Mas isso é para quem quer investir. Mas para quem já está no mercado e quer renovar o seu hotel?
Exactamente igual. Há linhas financeiras, existem mecanismos específicos, mas não falo só nos mecanismos financeiros, mas também do mecanismo do conhecimento.
Lançámos há três meses um roadshow com técnicos do TdP sobre como melhorar a diária média dos hotéis. Pode parecer uma questão óbvia para os grandes empresários, mas para os pequenos hotéis é fundamental.
Não podemos separar as coisas, não podemos falar só dos apoios financeiros e esquecer tudo o resto, porque um apoio financeiro é importante, sim, mas é importante este conhecimento: perceber como chegar aos mercados, como dar a conhecer o produto, estar presente em plataformas digitais que permitam conhecer e chegar a outros mercados e clientes, é importante saber que tipo de produto tenho e a quem é direccionado, e, muitas vezes, isso não acontece. O nosso sector é muito disseminado no território, composto por pequenas e médias empresas, muitas vezes familiares. Julgamos que temos de dar formação também a esses empresários.


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Edição Digital: Turismo Religioso, AITO Ucrânia, Tendências Amadeus, Embratur e a Conferência dedicada ao Enoturismo

O “dossier” dedicado ao Turismo Religioso é o destaque desta edição do Publituris. Além disso, poderá ainda ler sobre o turismo na Ucrânia, Embratur, as tendências de viagens da Amadeus, os pontos mais importantes saídos da conferência sobre o Enoturismo e rever os “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2024” e a BTL 2024 em imagens.

Publituris

A edição de 15 de março de 2024 do jornal Publituris destaca o Turismo Religioso. Como Santuário de Fátima a receber quase 7 milhões de peregrinos, em 2023, correspondendo a um aumento de 39% face a 2022 e mais 9% relativamente a 2019, Europa, América – com destaque para os EUA, Brasil e México – e Ásia (Filipinas, Coreia do Sul e Vietname) são os principais continentes que procuram este destino. Contudo, Purificação Reis, presidente da ACISO, entidade organizadora dos Workshops Internacionais do Turismo Religioso, apela à valorização do Turismo Religioso Nacional.

Na “Distribuição”, o Publituris esteve à conversa com Olena Kazmina, vice-presidente da Associação de Operadores Turísticos Incoming da Ucrânia (AITO), que pede que “não esqueçam a Ucrânia”. De resto, Kazmina refere que, apesar do conflito existente na Ucrânia, iniciado pela Rússia, o turismo no país não parou. “Grande parte dos visitantes são, naturalmente, apoiantes da causa ucraniana”, admitindo que “sabemos que, atualmente, o destino não é de lazer, seguro, onde se pode ter umas férias relaxadas, mas há regiões não afetadas pela guerra, nomeadamente, mais a Ocidente”.

No âmbito da BTL 2024, a Amadeus revelou as últimas tendências de viagens a nível mundial. Apresentados os resultados, a empresa deu a conhecer duas tendências em lazer e duas em business: o turismo musical e a classe executiva; o poder do networking e a sustentabilidade, respetivamente. Como tendência transversal encontra-se o Assistente Pessoal com recurso à Inteligência Artificial (IA).

Em imagens, trazemos o que foram os “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2024”, bem como uma amostra do que foi a maior feira do turismo em Portugal, para nas “Capas que fazem história”, trazermos os destaques do Publituris da edição de 15 de março de 1974.

Nos “Destinos”, um ano depois de ter assumido a presidência da Embratur – Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo, Marcelo Freixo regressou a Portugal para dar conta da nova estratégia de promoção que o Brasil definiu para os mercados europeus e na qual Portugal tem um lugar de destaque.

Também no âmbito da BTL 2024, o Publituris co-organizou a conferência dedicada ao Enoturismo, uma atividade, um mercado já histórico em Portugal, que tem as suas tradições, tem o seu valor acrescentado, mas, no entanto, só agora começou a ser olhado como tal. A especificidade deste segmento, a sua interligação com outros produtos turísticos e a sua promoção foram temas da conferência em que participaram Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, Pedro Valle Abrantes, Managing Partner da Trypor, Alexandra Leroy Maçanita, Events & Wine Tourism Manager da Fita Preta, Luís Santos, General Manager do Palácio Ludovice Wine Experience Hotel, e Ana Maria Lourenço, Public Relations do World of Wine (WoW).

Além do Pulse Report da GuestCentric, as opiniões desta edição pertencem a Jaime Quesado (economista e gestor) e Manuel de Carvalho e Sousa (docente no ISAG-European Business School).

Leia aqui a edição.

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Edição Digital: O Turismo nas eleições, os vencedores dos “Portugal Trade Awards”, as tendências dos mercados emissores, entrevistas Cabo Verde, BTL e easyJet, NDC e Turismo Cultural

A edição do jornal Publituris que marca o 56.º aniversário da publicação está recheada de temas diversos.

Publituris

A próxima edição do jornal PUBLITURIS é especial. Especial porque é uma edição que estará na Bolsa de Turismo de Lisboa – BTL 2024. Especial porque traz uma perspectiva sobre o que vale o Turismo para os diversos partidos, com representação parlamentar, nas eleições de 10 de março. Especial porque divulga os vencedores dos “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2024”.

A começar, em plena campanha eleitoral, trazemos a importância do setor do Turismo nos diversos programas eleitorais dos partidos, com representação parlamentar. Procurámos o que os oito programas trazem em termos de referência ao “Turismo”, “TAP” e “Aeroporto”.

Aproveitando a presença na FITUR 2024, que se realizou de 24 a 28 de janeiro, em Madrid, o jornal Publituris analisa as principais tendências dos mercados emissores mais relevantes. Na conferência da UN Tourism (antiga Organização Mundial do Turismo – OMT), China, Índia, Médio Oriente, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Espanha, EUA e Canadá deram a conhecer como é que os respetivos habitantes irão viajar em 2024.

Nesta edição, divulgamos os vencedores da 12.ª edição dos “Portugal Trade Awards”. Assim, os vencedores são: Solférias – “Melhor Operador Turístico”; Cosmos – “Melhor Agência Corporativa”; Consolidadro.com – “Melhor Consolidador”; Abreu – “Melhor DMC”; Abreu online – “Melhor Distribuidor B2B”; ATR – “Melhor GSA Aviação”; Amadeus – “Melhor Sistema Global de Distribuição”; CM Private Luxury Tours – “Melhor Empresa de Transfers”; Unlock Boutique Hotels – “Melhor Empresa Gestão Hoteleira”; GuestCentric – “Melhor Empresa de Software de Gestão Hoteleira (PMS)”; Merytu – “Melhor Startup”; Neoturis – “Melhor Consultoria e Assessoria em Turismo”; Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril – “Melhor Formação em Turimso”; Ageas – “Melhor Seguradora de Viagens”; Gr8 Events – “Melhor Empresa de Organização de Eventos”; MEO Arena – “Melhor Venue para Eventos e Congressos”; e, por último, a “Personalidade do Ano 2023”, prémio entregue a Luís Rodrigues, CEO da TAP Air Portugal.

Na “Distribuição”, damos a conhecer a oferta da Solférias para o verão de 2024. O operador turístico, através do evento “Oficina de Ideias, promoveu ações de formação sobre os destinos que constam da sua programação charter para o verão, designadamente, as ilhas do Sal e da Boavista, em Cabo Verde, Porto Santo, Hurgada (Egito), Monastir e Djerba (Tunísia), Saidia (Marrocos), Senegal e Zanzibar (Tanzânia).

Nos “Destinos”, entrevistámos o ministro do Turismo e Transportes de Cabo Verde, Carlos Santos, que admitiu que o destino ainda tem espaço para crescer em Portugal, mercado emissor que faz parte do top 5. Por isso, foi escolhido coo destino internacional convidado da edição 2024 da BTL.

Ainda nos “Destinos”, falámos com Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), a propósito da nova marca e conceito da e para a região. De resto, Luís Pedro Martins salientou que a região “está no bom caminho para ter mais turismo e, muito importante, melhor turismo”.

No âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de abril de 1974, o jornal Publituris traz “Capas que fazem História”. Nesta edição mostramos a capa de 1 de março de 1974, edição essa que marcou o 6.º aniversário da publicação.

Com a realização da BTL 2024, de 28 de fevereiro a 3 de março, ficámos a saber que a grande ambição do maior evento do setor do turismo, em Portugal, passa “pelo mundo se mostrar em Portugal na BTL”. Pedro Braga, diretor-geral adjunto da FCE Lisboa – Feiras Congressos e Eventos, deixou a referência de que a BTL “tem a ambição de fazer regressar o Turismo de Portugal, apresentar um Conselho Estratégico e abrir a BTL ao mundo”.

Nos “Transportes”, José Lopes, country manager da easyJet Portugal, disse, em entrevista, que “Portugal continua a ter oportunidades interessantes para crescimento no futuro”. Isto, depois de a easyJet ter registado, em 2023, um ano histórico, e estimar voltar a crescer mais 6%, em 2024.

Ainda nos “Transportes”, depois de, em 2023, ter feito uma forte aposta nas Caraíbas, a World2Fly, companhia aérea do Grupo World2Meet (W2M) volta a disponibilizar, este verão, uma extensa oferta de voos para Cuba, República Dominicana e México. Além das Caraíbas, o grupo tem já no mercado uma vasta programação, com destaque para destinos com a Albânia ou Zanzibar.

Na “Tecnologia”, o tema é NDC. Para tal, entrevistámos um especialista na área da aviação comercial, Mário Almeida, desvendamos, em primeira pessoa, a estratégia da TAP sobre a matéria, e damos a conhecer a APG Platform NDC.

Para finalizar, o “Dossier” desta edição é dedicado ao Turismo Cultural e Industrial. Num país onde, queiramos ou não, a cultura é vista (infelizmente) como um parente pobre, o turismo literário tem conseguido combater este cenário. Contudo, a tarefa não é fácil e o Turismo de Portugal tem-se esforçado por colocar o Turismo Literário – e não só – no mapa de diversificação da oferta turística, para dentro e para fora.

Já no Turismo Industrial, na vila mineira no Baixo Alentejo, é possível recuar 5000 anos para encontrar os primeiros indícios de mineração na área de Aljustrel. Constituindo ainda uma das minas em atividade mais antigas do mundo, nasceu, recentemente, o Parque Mineiro de Aljustrel, revelando Marcos Aguiar, coordenador deste projeto, tratar-se de um produto “muito genuíno e com alicerces históricos muitos robustos”.

Tudo isto além do Check-in, e das opiniões de Francisco Jaime Quesado (Economista e gestor); Ana Jacinto (AHRESP); Carlos Torres (Jurista), Pedro Castro (SkyExpert); Joaquim Robalo de Almeida (ARAC); e Jan-Erik Ringertz (Highgate Portugal).

Leia aqui a edição.

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Edição Digital: Uma última homenagem a André Jordan, a reta final na votação para os Portugal Trade Awards, Tiger Team e autocarros de turismo

A edição de 16 de fevereiro do jornal PUBLITURIS faz capa com André Jordan, falecido no dia 9 de fevereiro. O PUBLITURIS presta, assim, uma homenagem a quem foi apelidado durante anos como “Pai do Turismo” em Portugal. “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2024”, Tiger Team e um dossier sobre Autocarros de Turismo preenchem o resto da edição.

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A segunda e última edição de fevereiro de 2024 do jornal PUBLITURIS faz uma homenagem a André Jordan. Empresário, empreendedor, “Pai do Turismo” em Portugal, “Senhor Quinta do Lago”, Senhor Belas Clube de Campo”, André Jordan marcou, indiscutivelmente, o setor do turismo no nosso país.

Nesta edição republicamos uma das primeiras entrevistas dadas por André Jordan em Portugal e ao jornal PUBLITURIS. Foi na edição de 15 de outubro de 1974 que Nuno Rocha, fundador e na altura diretor do jornal, entrevistou André Jordan. O foco da entrevista está, sobretudo, no Algarve, mas o que André Jordan referiu há quase 50 anos sobre a região, não só é válido para o Algarve como para todo o país.

Lá estão temas como o Aeroporto de Lisboa, um “Turbotrain”, a necessidade de se apostar em infraestruturas, o emprego, a inflação, incentivos fiscais, desenvolvimento social, tráfego aéreo, poluição, a cultura, o golfe [claro], atração de investimento estrangeiro, etc..

Recordo, a data da entrevista que republicamos é de 1974!

Além desta homenagem que o jornal PUBLITURIS presta a André Jordan, recordamos os nomeados para os “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2024”, cujas votações terminam neste dia 16 de fevereiro de 2024.

Ainda poderá votar até ao final do dia em https://premios.publituris.pt/trade/2024/

No “Meeting Industry”, fomos conversar com João Moita, Managing Partner da Tiger Team, DMC que está no mercado desde janeiro de 2023. João Moita reclama infraestruturas de raiz em Lisboa para servir o segmento onde a empresa se posiciona, o MICE, designadamente, um centro de congressos, hotéis de grandes dimensões e um parque de diversões, sem falar da falta de decisão sobre um novo aeroporto. De resto, admite que Portugal tem boa reputação no panorama internacional para este segmento.

O “Dossier” desta edição é dedicado aos Autocarros de Turismo. Depois de um ano positivo em 2023, as empresas de autocarros de turismo e passageiros mostram-se confiantes de que também 2024 venha a ser um ano de sucesso e, apesar dos desafios que continuam a existir, há novidades para apresentar ao mercado.

Numa edição que junta o “Check-in” com o Pulse Report da guestcentric, as opiniões pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor) e Amaro F. Correia (docente na Atlântico Business School.

Leia aqui a edição.

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Edição Digital: O verão IATA na aviação, PTL Tours, ‘Travel Outlook’ da Deloitte, recrutamento no turismo, Virgin Voyages e os nomeados dos Portugal Trade Awards

A edição de 2 de fevereiro de 2024 faz uma previsão do que será o verão IATA’24 para as companhias aéreas que atuam em Portugal. Mais há mais: PTL Tours, ‘Travel Outlook’ da Deloitte sobre o mercado dos EUA, recrutamento no turismo, Virgin Voyages e os nomeados dos Portugal Trade Awards.

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A primeira edição de fevereiro faz capa com o verão IATA’24 no setor da aviação. Depois de um 2023 que foi positivo para a aviação e para a generalidade das companhias aéreas que operam em Portugal, as expectativas estão em alta e, apesar dos muitos problemas e23 desafios que ameaçam a aviação, esperam-se várias novidades para o próximo verão IATA, que se assinala entre 31 de março e 26 de outubro.

Além disso, as companhias aéreas revelam as operações que prepararam para mais uma época alta em Portugal. Novas rotas, mais frequências e aumentos de capacidade prometem marcar o próximo verão.

Não é uma agência de viagens convencional, mas também não é um operador turístico tradicional porque não vende às agências de viagens. A PTL Tours, que tem a sua própria programação, trabalha 98% com grupos fechados. É neste sentido que o seu CEO, Luís Costa carateriza a empresa que fundou, juntamente com dois sócios, como “um operador que vende ao público”. No entanto, há fortes probabilidades de vir a assumir-se como um operador turístico puro, enquanto pretende dinamizar o incoming.

Depois de mais de dois anos de ganhos consistentes, as viagens de lazer podem ter aproveitado toda a procura reprimida dos anos de pico da pandemia, admitindo a Deloitte no seu “Travel Outlook” para 2024, que, à medida que o fenómeno das “viagens de vingança” diminui, uma nova era pode estar a emergir para as viagens outbound dos EUA.

Um recente estudo da Michael Page veio mostrar que as dificuldades de recrutamento no setor Hospitality & Leisure se devem manter ou até agravar em 2024, uma vez que a oferta turística tem vindo a crescer a um ritmo acelerado, muito acima do número de pessoas que integra o setor.

A Mundomar Cruzeiros, que passou a representar em exclusivo a Virgin Voyages em Portugal e Espanha desde novembro de 2023, realizou, em meados de janeiro, um webinar para apresentar aos agentes de viagens portugueses e espanhóis esta companhia de cruzeiros, que prima pelo luxo e rompe com muitas das tradições deste setor.

Nesta edição continuamos a divulgar os nomeados para os “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2024”, cujos vencedores serão conhecidos a 28 de fevereiro no evento que se realiza na FIL.

São 96 nomeados em 16 categorias que estão em https://premios.publituris.pt/trade/2024/ à espera do seu voto.

As opiniões desta edição pertencem a Francisco Jaime Quesado (Economista e Gestor) e Joaquim Robalo de Almeida (ARAC).

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Edição Digital: Entrevista a Lídia Monteiro, IAG7 em Portugal, Piauí, Rio Grande do Sul, dossier golfe e nomeados dos “Portugal Trade Awards”

Esta edição do Publituris faz capa com a entrevista a Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal. Além disso, há uma conversa com Ángel Muñoz, CEO da IAG7, e a intenção de compra em território nacional, a descoberta de Piauí, uma viagem a Rio Grande do Sul e um dossier dedicado ao golfe turístico e o lançamento dos “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2024”.

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A 2.ª edição do jornal PUBLITURIS faz capa com uma entrevista a Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal no rescaldo da apresentação da nova campanha “It’s not tourism. It´s futourism” e em vésperas da maior participação do nosso país na FITUR, em Madrid.

Com os resultados a indicarem o melhor ano de sempre para o turismo em Portugal, Lídia Monteiro admite que o turismo é, provavelmente, dos poucos setores em Portugal que tem tido, ao longo dos anos, consistência nas mensagens e isso, salienta, aponta agora para o “turismo do futuro” que “tem de passar, necessariamente por um equilíbrio entre visitantes e residentes, entre territórios do litoral e do interior, entre atividade turística, cultura, ambiente e património”.

Na “Distribuição”, entrevistámos Ángel Muñoz, CEO da IAG7, a quarta maior agência de viagens corporativa em Espanha e que está em Portugal há cinco anos. No nosso país, a ambição é crescer e, por isso, está à procura de uma oportunidade para comprar agências de viagens médias ligadas a este segmento.

Em Portugal esteve, também, o Estado brasileiro do Piauí que, num evento organizado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), mostrou toda a sua oferta turística, cultural, natural, histórica, arqueológica e gastronómica. De resto, Portugal foi o pontapé de saída para a promoção do destino que quer conquistar a Europa.

Nesta edição e como vem sendo habitual nesta altura do ano, lançamos também os nomeados dos “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2024”. Este ano, são 96 nomeados em 16 categorias, havendo ainda lugar para a “Personalidade do Ano”.

As votações decorrem entre 22 de janeiro e 16 de fevereiro de 2024 e os vencedores serão conhecidos no primeiro dia da BTL 2024, a 28 de fevereiro. Por isso, vote a partir de segunda-feira em https://premios.publituris.pt/trade/_2024/

Nesta edição viajamos, também, ao Estado do Rio Grande do Sul, conhecido como um dos principais destinos turísticos do Brasil e o local que os brasileiros para fazer turismo de inverno.

O “Dossier” desta edição de 19 de janeiro é dedicado ao golfe turístico. Começamos com uma entrevista a Nuno Sepúlveda, presidente do Conselho Nacional da Indústria do Golfe (CNIG), que admite que se está a “valorizar o produto golfe e a tentar cobrar o valor certo”.

Com os dados do Turismo de Portugal a indicarem um primeiro semestre de 2023 com os melhores números já registados no nosso país, Nuno Sepúlveda admite que “está na altura de renovar o produto e melhorar a promoção do mesmo”. A luta para a baixa do IVA no golfe, essa continua e seria, segundo o presidente do CNIG, “um fator importante de competitividade”.

Ouvidos foram, também, alguns agentes do segmento golfe em Portugal que antecipam um bom ano de 2024, fazendo eco das palavras do presidente do CNIG quando referem que a passagem do IVA do golfe de 6% para 23% “fragilizou muito a atividade face aos outros destinos e impossibilitou voltar aos números de 2010 [ano recorde no golfe turístico]”.

Neste dossier, os agentes do golfe turístico ouvidos pelo Publituris destacam, igualmente, que “o golfe não é um grande consumidor de água” e que esta questão precisa de ser “desmistificada”.

Além do “Check-in”, onde o Conselho Editorial do Publituris responde às questões colocadas, as opiniões pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Joaquim Robalo de Almeida (ARAC) e Jorge Papa (Golfe do Morgado).

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Edição Digital: Balanço 2023 e Perspectivas 2024, Viajar Tours, Air France-KLM e dossier Neve

A primeira edição do jornal PUBLITURIS de 2024 faz capa com o habitual balanço do ano e as perspectivas para 2024. Também nesta edição damos conta das novidades da Viajar Tours, da política de sustentabilidade da Air France-KLM e do mercado Neve.

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Começar um novo ano implica, naturalmente, fazer um balanço do ano que terminou e perspectivar o que poderão ser os próximos 365 dias. Como habitualmente, a primeira edição do jornal PUBLITURIS do ano falou com diversos players do setor do turismo em Portugal.

Fomos ouvir o que Francisco Calheiros (CTP), Cristina Siza Vieira (AHP), Ana Jacinto (AHRESP), Pedro Costa Ferreira (APAVT), António Marques Vidal (APECATE), Hélder Martins (AHETA), Miguel Quintas (ANAV), Eduardo Jesus (Madeira), Berta Cabral (Açores), Raul Almeida (Centro), Carla Salsinha (Lisboa), José Manuel Santos (Alentejo e Ribatejo), André Gomes (Algarve), Luís Henriques (Airmet), Ricardo Teles (Bestravel), Paulo Mendes (GEA Portugal), Adriano Portugal (Mercado das Viagens), Paulo Geisler (RENA), Joaquim Robalo de Almeida (ARAC) e Nikos Mertzanidis (CLIA) têm para dizer sobre o que foi 2023, mas, fundamentalmente, o que esperam de 2024.

Certo é que 2023 terminou batendo todos os recordes ao nível das receitas turísticas, dormidas e hóspedes, ultrapassando o “histórico” ano de 2019. Apesar da instabilidade que se vive interna e externamente, o setor espera, no entanto, um ano “normal”, com crescimento e “algumas” decisões.

Na “Distribuição”, damos a conhecer a novidade apresentada pela Viajar Tours. Álvaro Vilhena, general manager da Viajar Tours, refere ao Publituris que a operação charter para Puglia já estava pensada há muito, mas que, por força das circunstâncias, foram adiando.

Nos “Transportes”, a renovação do acordo com a Travelstore, que foi o primeiro player do setor das viagens em Portugal a aderir ao programa Air France-KLM SAF Corporate, serviu de mote para uma conversa com Miguel Mota, diretor comercial da Air France-KLM em Portugal, sobre a política de sustentabilidade do grupo de aviação, que tem vindo a dar vários passos para reduzir as suas emissões poluentes.

O “Dossier” desta edição é dedicado à Neve. Há cada vez menos operadores turísticos em Portugal a programar férias nas estâncias de neve, isto porque, com as facilidades que as novas tecnologias trouxeram, os aficionados dos desportos de inverno encontraram formas de reservar diretamente ou via online.

Quanto às ofertas existentes, os objetivos passam, por um lado, por dar cada vez melhor serviço aos clientes, e por outro numa aposta clara nas novas tecnologias e na sustentabilidade, acautelando-se face às alterações climáticas.

Além do Pulse Report, uma parceria entre a GuestCentric e o jornal Publituris, as opiniões pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), António Marques Vidal (APECATE) e Joaquim Robalo de Almeida (ARAC).

Até lá, leia aqui a edição.

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Edição Digital: Aeroporto em Alcochete, bTd Travel, Cuba, Costa Cruzeiros, FITUR e MICE em Praga

A última edição de 2023 do jornal Publituris dá destaque de capa à solução indicada pela Comissão Técnica Independente para a localização do que será o novo aeroporto para a região de Lisboa. Além disso, trazemos as novidades da bTd Travel, viajámos até Cuba e na Costa Cruzeiros, entrevistámos a diretora da FITUR e visitámos as ofertas MICE em Praga.

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50 anos após o início da discussão sobre a localização do novo aeroporto para a região de Lisboa, após quase duas dezenas de locais e com um “jamais” quanto à localização na Margem Sul pelo meio, eis que a Comissão Técnica Independente (CTI) aponta para Alcochete como a solução mais viável. A decisão cabe agora ao vencedor das eleições de 10 de março. Isto, caso o assunto não se arraste por mais alguns anos.

A solução Vendas Novas coloca-se à frente das outras seis possíveis localizações como alternativa para a construção de uma infraestrutura pela qual o setor do turismo reivindica há muito.

Pelo meio, fica o recado de Carlos Mineiro Aires, presidente da comissão de acompanhamento da CTI, “não me passa pela cabeça que este trabalho não venha a servir para nada”. A ver vamos.

Na “Distribuição”, mostramos os pontos altos do 48.º Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), realizado, no Porto de 30 de novembro a 2 de dezembro. E se estava certo que, em 2025, para o 50.º congresso e 75.º aniversário da associação a viagem é feita a Macau, em 2024 será Huelva a anfitriã do evento.

Também na “Distribuição” damos a conhecer a bTd Travel que acaba de se apresentar formalmente em Portugal, como porta de entrada na Europa, uma vez que já está instalada nos EUA e no Brasil. Ao Publituris, Manoel Suhet, CEO da empresa, explicou que a bTd Travel é uma concierge de viagens exclusiva que usa a tecnologia como principal ferramenta para o crescimento, otimização de processos e agilidade, focada no cliente executivo que tem de viajar muito internacionalmente, gasta nas compras online e depois faz a viagem de luxo com a família, e também clientes de alto poder aquisitivo.

A convite do grupo MGM Muthu Hotels, o Publituris visitou a ilha de Cuba, destino que é considerado a Pérola das Caraíbas e que está de regresso ao tabuleiro do turismo internacional, depois do longo encerramento provocado pela COVID-19. Apesar de ainda nem tudo estar bem oleado, o certo é que Cuba ainda é um destino incontornável, até porque continua a contar com praias paradisíacas e com a típica hospitalidade cubana.

Nos “Transportes”, a Costa Cruzeiros promoveu, a 27 de novembro, a 27.ª edição dos Protagonistas do Mar, evento no qual a companhia de cruzeiros distingue anualmente os seus melhores parceiros e que, este ano, voltou a premiar agências de viagens e comunicação social portugueses.

No “Meeting Industry”, entrevistámos Maria Valcarce, diretora da FITUR, feira que pela 44.ª vez, dá o pontapé de saída para mais um ano, no que diz respeito às feiras de turismo internacionais. Para Maria Valcarce o evento “é um espelho que reflete o que a indústria do turismo significa para a economia mundial”.

Também no “Meeting Industry”, viajámos até Praga, cidade das 100 torres, banhada pelo no Rio Vltava, que é visitada em lazer por turistas de todo o mundo e está entre as mais bonitas da Europa, mas também está a dar que falar no que diz respeito à capacidade para acolher eventos internacionais dos mais variados tipos e das mais variadas dimensões.

Além do “Pulse Report”, numa parceria com a GuestCentric, as opiniões desta edição pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Ana Jacinto (AHRESP), Amaro F. Correia (docente), André Villa de Brito (sommelier e tour guide) e Pedro Valle Abrantes (Trypor), e Carlos Torres (jurista).

O jornal Publituris está regresso na edição em papel na primeira semana de janeiro de 2024.

Até lá, leia aqui a edição.

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Edição Digital: Entrevistas Pedro Costa Ferreira (APAVT), Dália Palma (BTL), WTM Global Travel Report, Festuris, IA e Programação 2024

1500. É este o número que o jornal PUBLITURIS celebra nesta edição. Para tal convidámos Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT para diretor, além de ser o entrevistado que faz capa desta edição especial. Além disso, temos as tendências das viagens de lazer, uma viagem à Islândia, uma antevisão da BTL 2024, resumo do Global Summit do WTTC e do Festuris, Inteligência Artificial nas viagens e turismo e um dossier dedicado à programação 2024.

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O jornal PUBLITURIS comemora no dia 24 de novembro de 2023 a edição 1500. Por ser uma edição especial, Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagem e Turismo (APAVT), é o diretor convidado que, em conjunto com a redação do PUBLITURIS, definiu algumas das temáticas que fazem parte deste número.

Mas além de definir alguns temas, Pedro Costa Ferreira também é um dos entrevistados desta edição, no âmbito do 48.º Congresso da APAVT, que se realiza entre 30 de novembro e 2 de dezembro, na cidade do Porto.

Com o congresso a ser dedicado à Inteligência Artificial (IA), o presidente da APAVT admite, de resto, que “no futuro, simplesmente, ninguém vai conseguir competir sem utilizar IA”, considerando ainda que “hoje a IA é uma oportunidade estratégica de negócio muito importante e é, naturalmente, também um risco de negócio se essa oportunidade não conseguir ser realizada”.

Quanto ao setor das agências de viagem, Pedro Costa Ferreira salienta que, “se tudo correr decorrer como está a decorrer, em 2024, ou seja, em três anos [2022, 2023 e 2024] conseguiríamos recuperar os balanços de 2019”.

No que diz respeito à atualidade e à crise política desencadeada com a demissão do primeiro-ministro, António Costa, o presidente da APAVT frisa que “a instabilidade política é inibidora do consumo”, e, portanto, “quando as pessoas têm menos certezas relativamente ao futuro, tendem a proteger-se”.

Já no que toca às decisões adiadas – Aeroporto e privatização da TAP – Pedro Costa Ferreira admite que “o maior custo é o da não decisão [relativamente ao novo aeroporto]”, sendo que, “quando as circunstâncias fazem com que a decisão seja adiada, essa a pior notícia para todos”.

E conclui: “Agora temos a certeza que os atrasos [Aeroporto e TAP] vão ser absolutamente significativos”. E isso, é segundo o presidente da APAVT, “absolutamente demolidor para um país que depende do turismo e um turismo que depende do aeroporto”.

Apresentado no World Travel Market (WTM) London 2023, o Global Travel Report, realizado em associação com a Tourism Economics, da conta que, apesar de se registar, globalmente, uma desaceleração económica, fruto das mais diversas políticas monetárias, altas das taxas de juro e quebras no rendimento disponível, as estimativas para as viagens de lazer, para 2024, permanecem robustas.

Nas “Viagens”, o PUBLITURIS foi até à Islândia, a convite da PLAY airlines. Localizada no Oceano Atlântico Norte, com 103 mil quilómetros quadrados e uma população de pouco mais de 370 mil habitantes, a Islândia é daqueles países que, quando referimos que visitámos, cria alguma inveja.

Desde as paisagens, a natureza, glaciares, geisers, gastronomia, piscinas aquecidas, cascatas e pessoas, a Islândia começa a ter cada vez mais procura por parte dos turistas que reconhecem que há muito para ver e experimentar na ilha.

No “Meeting Industry”, entrevistámos Dália Palma, gestora Coordenadora da BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, a propósito do maior evento do turismo realizado em Portugal que se realiza de 28 de fevereiro a 3 de março de 2024.

Para Dália Palma, a BTL desempenha “um importante papel, enquanto promotor da contratação do destino Portugal, na vertente do B2B, mas também um acelerador na reserva de férias dos portugueses na vertente B2C”.

Quanto à internacionalização do certame, a gestora Coordenadora da BTL deixa a certeza que esta “é uma das nossas prioridades estratégicas”.

Ainda no “Meeting Industry”, damos conta da relevância que o continente africano poderá ter no futuro, admitindo Julia Simpson, CEO e presidente do World Travel & Tourism Council (WTTC), que “África é uma região muito apetecível para o investimento no turismo”. Numa entrevista conjunta realizada durante o Global Summit que o WTTC organizou pela primeira vez em terras africanas (Ruanda), Julia Simpson considerou ainda que “as alterações climáticas são uma das grandes preocupações no setor das viagens e turismo”.

Do Ruando para o Brasil, mais concretamente, para o Festuris, realizado de 9 a 12 de novembro, em Gramado, Portugal regressou ao evento com presença reforçada e novo posicionamento. Portugal contou com um novo stand que quadruplicou de tamanho e que estreou um novo conceito: o luxo. No final, o balanço foi positivo, tanto da feira como da participação portuguesa.

A propósito do congresso da APAVT, trazemos a Inteligência Artificial, tema que esteve em destaque no Global Summit do WTTC e no WTM London 2023. Se do Ruanda ficou a ideia de que a IA não está no futuro, mas está a acontecer agora e é inevitável, seja no setor das viagens e do turismo ou em qualquer outra atividade”, no WTM destacou o facto de “a indústria das viagens e turismo ser um negócio que envolve dados e, por isso, a IA é fundamental para desenvolver e estruturar os produtos a disponibilizar aos consumidores e clientes”.

Neste capítulo, Nelson Boyce, Managing Director da Google para a área de Viagens e Turismo deixou a seguinte questão: “Hoje teremos de olhar para o consumidor do futuro e esse é, sem dúvida nenhuma, muito mais tecnológico do que qualquer geração anterior. Agora imaginem dentro de cinco ou dez anos?”.

Nos “Transportes”, damos conta dos ventos de feição que sopram para as companhias áreas de baixo custo (Low Cost Companies – LCC) que saíram fortalecidas da pandemia, tendo recuperado não só para os níveis pré-pandemia, como estão muito otimistas em relação ao futuro. Isso ficou patente durante a realização do AviationEvent, em Viena, onde se reuniram administradores de companhias aéreas e de aeroportos europeus e especialistas em aviação.

O “Dossier” da edição 1500 do jornal PUBLITURIS é dedicado à programação dos operadores turísticos para 2024. Para já, são muito similares às apresentadas em 2023, tanto a nível do volume como de destinos, embora alguns estejam a avaliar novas operações, bem como a estudar a melhoria das existentes. No entanto, a programação 2024 está praticamente toda nas redes de distribuição, e as ofertas são aliciantes, cobrindo dos charters à operação regular.

Por fim, além do “Check-in” do Conselho Editorial, as opiniões pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Sílvia Dias (Savoy Signature), Pedro Castro (SkyExpert), e António Paquete (economista).

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Edição Digital: 50 Anos Pinto Lopes Viagens, Portugal Footprints, inclusão nas viagens, Maurícia, Muthu Aviation e seguros

Meio século de história da Pinto Lopes Viagens fazem capa desta edição do jornal PUBLITURIS. Além disso, damos a conhecer uma nova DMC, a importância da inclusão nas viagens, Maurícia, uma nova companhia aérea em Cuba, e um dossier sobre seguros de viagem.

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A primeira edição do mês de novembro faz capa com os 50 anos da Pinto Lopes Viagens. Em entrevista ao jornal PUBLITURIS, Rui Pinto Lopes, CEO da empresa que tem passado de geração em geração, mantendo a mesma identidade – viagens culturais em grupo, mas também com os olhos postos no presente e, fundamentalmente, no futuro – contou-nos esta história de meio século.

Também na “Distribuição”; damos a conhecer uma nova Destination Management Company (DMC): Portugal Footprints. A dar os primeiros passos, tendo iniciado a operação em setembro deste ano, Inês Viegas, fundadora e diretora-geral da empresa, sabe bem o que quer e o foco será sempre na autenticidade e personalização.

A finalizar a “Distribuição”, num mundo cada vez mais diverso, ter atenção a aspetos como a inclusão, diversidade e/ou comunidades locais tornou-se fulcral para promover um destino ou uma viagem. Num estudo recente a operadores e agentes de viagem, a Expedia dá algumas indicações em como aproveitar algumas, senão muitas, das oportunidades que diversos segmentos de mercado/consumidores/viajantes disponibilizam.

A convite da Solférias, Emirates e Sunlife, o jornal PUBLITURIS viajou até à Maurícia, uma ilha de azul verde a perder de vista onde diferentes culturas se juntam para formar uma só.

O historiador Jorge Mangorrinha conta-nos a história da vila alentejana de Aljustrel, uma vila pacata que vive, essencialmente, da sua mina. Esta localidade começa a ser um ponto de estadia turístico e a inauguração do Flag Hotel Villa Aljustrel, acabou por ajudar a quem passa e a quem se recolhe.

Já o convite da MGM Muthu Hotels, levaram o jornal PUBLITURIS a Cuba. Foi na 5.º edição da Bolsa Destinos Gaviota, uma mostra da oferta turística, que decorreu em Cayo Cruz, ficámos a saber que a Muthu Aviation chega em dezembro para dar resposta à escassa oferta de voos domésticos num dos principais destinos turísticos das Caraíbas.

A edição do jornal PUBLITURIS fecha com um “Dossier” dedicado aos seguros. A pandemia da COVID-19 veio alertar os portugueses para a necessidade de contratar um seguro de viagem e, apesar da situação epidemiológicas estar mais calma, a procura por coberturas com assistência médica ou contra cancelamentos continua alta. Ainda assim, o futuro dos seguros de viagem não está isento de riscos e desafios.

Além do PULSE REPORT, numa parceria entre o PUBLITURIS e a GuestCentric, as opiniões pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor) e Luíz S. Marques (investigador).

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Edição Digital: Especial WTM London, IPDAL, Ras Al Khaimah, Vietname e Camboja, MSC Cruzeiros e Mercados de Natal

A próxima edição do PUBLITURIS destaca a presença de Portugal no World Travel Market (WTM) London 2023. A vontade de Cuba atrair turistas e investimento portugueses, entrevista a um responsável pelo turismo de Ras Al Khaimah, a viagem ao Vietname e Camboja, entrevista a Eduardo Cabrita (MSC Cruzeiros) e o dossier dedicado aos Mercado de Natal fazem, igualmente, parte desta edição.

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A próxima edição do jornal PUBLITURIS a última do mês de outubro, faz capa com a presença de Portugal no World Travel Market (WTM) London 2023. 32 expositores que estarão de 6 a 8 de novembro no ExCel London dão conta da importância da presença no WTM, os objetivos dessa mesma presença, a relevância do mercado britânico para a operação, fazem uma antecipação do que poderá vir a ser o ano de 2024 e, finalmente, o que diferencia Portugal, enquanto destino turístico, dos restantes destinos concorrentes.

Tudo isto em inglês, já que esta edição do PUBLITURIS será distribuída ao longo dos três dias do WTM e para um mercado que é o 3.º maior mercado emissor de turistas a nível mundial e o 2.º maior da Europa, concentrando uma quota de 7,9% do total da procura turística mundial.

Relativamente a Portugal, em 2022, o Reino Unido posicionou-se como o 1.º mercado turístico da procura externa para o destino Portugal aferido pelo indicador dormidas (quota 19,3%) e ocupou o 2.º lugar para o indicador hóspedes (quota 13,8%).

Nesse ano, as dormidas dos turistas provenientes do Reino Unido em Portugal registaram um acréscimo de 193,8% e os hóspedes um aumento de 205,0% face ao ano anterior, totalizando nove milhões de dormidas e 2,1 milhões de hóspedes, respetivamente.

No período de janeiro agosto de 2023, o Reino Unido foi o 1.º mercado turístico da procura externa para o destino Portugal aferido pelo indicador dormidas (quota 18,4%) e o 2.º mercado para o indicador hóspedes (quota 13,0%).

Nesse período, as dormidas dos turistas provenientes do Reino Unido em alojamento turístico em Portugal registaram um crescimento de 9,8% e os hóspedes terão aumentado 12%, face ao período homólogo de 2022, totalizando 6,7 milhões de dormidas e 1,6 milhões de hóspedes.

Analisando o período acumulado de janeiro agosto do ano de 2023, comparativamente aos 8 meses análogos anteriores reportado a 2019, antes da pandemia, observam-se que os valores registados nos indicadores hóspedes, dormidas e receitas turísticas foram superiores aos valores registados na pré-pandemia em 2019, com acréscimos de 9,3%, 5,0% e 18,1% respetivamente.

De 2023 a 2027, as partidas internacionais do Reino Unido devem crescer a um CAGR de 5,8% para chegar a um total de 111,4 milhões de partidas em 2027 (projeções da GlobalData). Os gastos dos turistas britânicos no estrangeiro deverão aumentar a um CRGR de 7,8% reportado ao período de 2023 a 2026 (previsões da GlobalData).

Mas há mais para ler nesta edição do PUBLITURIS. Cuba, que lançou este ano uma campanha de promoção turística com o mote de ser a “ÚNICA”, está de braços abertos para receber cada vez mais turistas portugueses, mas também quer ver a presença de mais empresas do nosso país a investirem no setor do turismo no destino, para além do grupo Vila Galé que acaba de abrir uma unidade hoteleira em Cayo Paderón, apelou o ministro cubano do Turismo, Juan Carlos García Granca.

Ainda em “Destinos”, a viagem a Ras Al Khaimah, a convite da Solférias, Emirates, Sunlife Hotels e Visit Ras Al Khaimah, foi aproveitada para entrevistar Iyad Rasbey, vice-presidente de desenvolvimento do turismo de destino na Autoridade de Desenvolvimento do Turismo de Ras Al Khaimah.

Mais do que utilizar a natureza como um trunfo para atrair visitantes, o destino está também empenhado na captação do mercado de reuniões, incentivos, conferências e exposições (MICE), além de querer afirmar-se como destino internacional para casamentos, “como parte da estratégia de diversificação do Emirado”. O objetivo é claro: captar três milhões de visitantes anuais até 2030.

O PUBLITURIS foi, igualmente, o único meio convidado pela Vietnam Airlines para visitar o Vietname e o Camboja, destinos de sonho pelos quais nos apaixonámos através dos filmes e que misturam paisagens deslumbrantes, com culturas únicas e povos hospitaleiros, que sabem receber os estrangeiros.

Nos “Transportes”, o entrevistado desta edição do PUBLITURIS foi Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros Portugal, que faz um balanço positivo de 2023 e espera chegar ao final do ano com números superiores aos do ano passado, apesar dos desafios. A ajudar ao balanço positivo estão as partidas de Lisboa, que voltaram a ser um sucesso, o que ditou um aumento da oferta já para 2024.

Para terminar, o “Dossier” desta edição e com o Natal a aproximar-se é dedicado, precisamente, aos Mercados de Natal. Com a chegada da época festiva, os Mercados de Natal continuam a registar uma forte procura por parte dos portugueses. Prova disso mesmo, são as ofertas disponibilizadas pelos diversos operadores ouvidos pelo PUBLITURIS que preveem uma “prenda” no sapatinho para este final de ano.

Falámos, também, com Leslie Bent, Manager Portugal, Turismo da Suíça, que salientou que os Mercados de Natal são “um produto forte da Suíça”. Por isso, admite, “não é de estranhar que os Mercados de Natal continuem a ser um produto procurado tanto por turistas internacionais como por turistas portugueses”.

A fechar o “Dossier”, damos a conhecer ainda os principais Mercados de Natal da Alemanha, país que consta na maioria dos programas dos operadores nacionais.

Além do Check-in, as opiniões desta edição pertencem a Jaime Quesado (economista e gestor, André Villa de Brito (sommelier e tour guide) e Pedro Valle Abrantes (managing partner da Trypor), Amaro Correia (docente na Atlântico Business School), Tiago Rodrigues (ISCE), e António Paquete (economista).

Leia a edição aqui.

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