SET elogia trabalho conjunto na Pineapple Week – Hotel à Mesa
Governante destacou articulação entre os diversos players e manifestou a disponibilidade do apoio institucional na próxima edição.
Patricia Afonso
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A Pineapple Week terminou com um balanço positivo, apesar de alguns pontos “a melhorar”, ou não fosse esta uma primeira edição de uma iniciativa original criada pela Chefs Agency e co-organizada pela AHP.
Estas conclusões preliminares foram reveladas ao final do dia de quarta-feira num colóquio organizado pela Chefs Agency, onde se tentou perceber quais os pontos a melhorar e como tinha sido esta experiência para os hotéis e chefs.
Pedro Pinto, director-geral do Altis Belém Hotel & Spa, fez um balanço positivo da experiência, mas apontou determinadas melhorias necessárias, nomeadamente a diferenciação da promoção do evento consoante o hotel, assim como a necessidade de mais ‘brand awareness’ em torno do evento. O preço, situado entre os 25 e os 45 euros, foi um dado positivo, destacou. O director do Altis Belém enalteceu, ainda, o foco do evento nos restaurantes dentro de unidades hoteleiras.
Já Tiago Bonito, chef executivo do restaurante Lisboeta, na Pousada de Lisboa, considerou que a iniciativa é uma boa oportunidade para mostrar o seu trabalho às pessoas, em particular o “cliente passante”. O chef destacou, ainda, a oportunidade de poder fazer diferentes menus, explicando que tentou não destoar muito da carta principal do restaurante, de forma a que o cliente não tenha um “choque” de realidades se voltar.
Também o director-geral do Sheraton Lisboa, António Pereira, elogiou o evento, revelando a sua renitência nesta participação, mas que ficou muito satisfeito e voltará a participar numa próxima edição.
O encerramento deste colóquio contou com a presença da Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, que enalteceu esta iniciativa por duas vias. A primeira, por juntar players interessados num objectivo comum e a inovação e dinamização do projecto, características necessárias ao sector. Em Segundo, a governante destacou a valorização dos Recursos Humanos, afirmando ser necessário perceber a forma como é que esta pode ser feita e comunicada ao mercado. Ana Mendes Godinho deixou, ainda, a dica de que na próxima edição seja incluído um menu para crianças, afirmando tratar-se de uma “franja de pessoas” que quer ter os “custos controlados” e, desta forma, irá aderir à iniciativa.
Por fim, a responsável manifestou a sua disponibilidade e do Turismo de Portugal para apoiar as próximas edições da iniciativa.
Sobre o produto Gastronomia, Ana Mendes Godinho disse que este é “um dos aspectos que o turista mais valoriza depois de chegar [a Portugal], mas que, antes, não tem essa percepção”. No roadshow feito a propósito da estratégia de promoção, todos os mercados referiram que a Gastronomia podia ser um “factor-chave da promoção” de Portugal, revelou a governante, salientando os principais destaques feitos: o peixe e a forma como é cozinhado no País, os vinhos, os produtos tradicionais/regionais e a relação com a paisagem. “Há aqui um caminho enorme a fazer por nós para conseguir que este seja um factor de motivação, que, hoje, não o é. É um factor de satisfação.”
Este painel contou, também, com Raul Martins, presidente da AHP, que afirmou que Portugal têm vindo a associar nomes de chefs a restaurantes em hotéis, uma tendência a que já se assistiu noutras cidades europeias, e confirmou que ainda existe alguma “relutância” por parte das pessoas em entrarem num restaurante destes.
“Hoje os hotéis estão a posicionar os restaurantes de forma destacada”, nomeadamente através da porta aberta diretamente ao público ou por filosofias e conceitos diferenciadores.
O responsável da associação destacou, ainda, a importância deste tipo de iniciativas.
Por sua vez, Raul Ribeiro Ferreira, presidente da ADHP, deixou o repto aos hoteleiros se estão dispostos a perder o peso do F&B na sua receita (uma média de 40%) e a perceber como é que este negócio vai trazer mais clientes fora das épocas mais propícias, como o Natal, Ano Novo e o Dia dos Namorados. Dando o exemplo das unidades fora dos grandes centros urbanos, onde os espaços de restauração acabam por ser referência na comunidade, Raul Ribeiro Ferreira considerou ser necessário colocar o “foco no cliente, perceber o que este procura num restaurante e perceber se têm a ideia errada” dos restaurantes nos hotéis.
O responsável disse ainda ser necessário oferecer ao cliente uma experiência “diferente” dos demais espaços de restauração de rua.