Primeiro-ministro: “Palácio da Ajuda será novo pólo de atracção de visitantes”
António Costa elogiou os resultados da taxa turística de Lisboa, que vão ser aplicados na finalização da ala poente do Palácio Nacional da Ajuda. O projecto terá um custo total de 20 milhões de euros.
Ângelo Delgado
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O Primeiro-ministro, António Costa, saiu em defesa dos resultados da aplicação da taxa turística de Lisboa para a sustentabilidade do crescimento do turismo, afirmando que “permite, simultaneamente, a revalorização do património histórico e a renovação da oferta cultural”.
“Este mecanismo da taxa turística e do fundo de desenvolvimento do turismo permite devolver ao sector a receita por si gerada, de forma a que isso, depois, possibilite a valorização do nosso património. Ao valorizar-se o nosso património, estamos também a criar nova atractividade e o desenvolvimento do próprio sector do turismo”, afirmou.
Para António Costa, o turismo deve ser sustentável e, para isso, “é preciso que haja renovação da oferta, designadamente a partir da valorização do património histórico”. Ainda no mesmo discurso, o chefe de Governo referiu que “após o final das obras e com a instalação da exposição permanente, será a prazo um novo polo de atracção de visitantes”.
Projecto de 20M€
Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, também valorizou a aplicação da taxa turística em Lisboa, tendo mesmo colocado sobre esta parte da responsabilidade para alavancar este projecto. “É esta taxa que permite finalizar uma obra que está por acabar há 200 anos. Trata-se de um gesto de futuro para o país e para a cidade”.
Luís Filipe Castro Mendes, ministro da Cultura, lembrou a “riqueza que este projecto encerra, dotando a cidade e o país de um monumento de enorme envergadura”. O governante elogiou também as sinergias constantes entre poder local e central, sublinhando que “apenas assim se conseguem fechar projectos desta natureza”.
Toda a obra, que estará a cargo do arquitecto João Carlos Santos, terá um custo de 20 milhões de euros, numa intervenção que irá abranger mais de cinco mil metros quadrados. De acordo com as estimativas dos parceiros envolvidos no projecto, o Palácio Nacional da Ajuda irá receber 200 mil visitantes/ano.
Nele, estarão expostos um acervo de joalharia que contará com cerca de 900 exemplares num período cronológico entre finais do século XVII a finais do século XIX. Haverá também um acervo de ourivesaria com uma colecção que ronda os 6340 exemplares e que é constituída por uma grande diversidade de tipologias e proveniências abrangendo o período entre o século XV e o início do século XX.
As Joias da Coroa e os Tesouros da Ourivesaria da Casa Real vão estar em exposição no Palácio Nacional da Ajuda, que será alvo de um projecto de valorização e intervenção das áreas poente e Norte, finalizando, assim, algo que se encontrava inacabado há dois séculos.
A iniciativa juntou membros do governo, Câmara Municipal de Lisboa, Associação de Turismo de Lisboa (ATL) e Direcção Geral do Património, que, a meio da sessão, assinaram um protocolo de colaboração para aquele projecto.