Empresas e Produtos turísticos: Complementaridade e intervenção pró-activa na formação.
Leia a opinião por Rita Peres, Professora Adjunta e Diretora do Curso de Licenciatura de Gestão Turística da ESHTE.
Publituris
Privatização da Azores Airlines vai ser retomada rapidamente
Jet2.com abre nova base no aeroporto britânico de Bournemouth e anuncia voos para a Madeira e Faro
San Sebastián limita grupos de visitantes organizados ao centro da cidade
Aena anuncia investimento de 370M€ no aeroporto de Congonhas (São Paulo)
Docente da UC nomeada para o Urban Tourism Research Hall of Fame
Hotelaria liderou investimento imobiliário em Portugal no ano passado
Emirates volta a recrutar tripulantes de cabine em Portugal em abril
airBaltic abre nova rota para a Madeira e mantém voos para Lisboa no inverno
MSC Cruzeiros inclui voos de Lisboa para Hamburgo e Copenhaga nos itinerários do Norte da Europa
Obras de melhoria dos aeroportos e aeródromos de Cabo Verde começam em abril
O setor do turismo tem vindo a registar um crescimento contínuo no fluxo de turistas, assim como, o aparecimento de novos destinos, tornando-se cada vez mais competitivo e mais pró-ativo. Neste sentido, no âmbito do fenómeno turístico, os agentes turísticos vêem-se confrontados com novos constrangimentos, os quais resultam, em larga medida, de novos comportamentos e necessidades da procura, o que coloca a dimensão experiencial dos consumos numa posição de centralidade no que respeita aos desafios competitivos que se apresentam aos agentes turísticos.
Um princípio-chave aplicado na formulação da estratégia em destinos é a manutenção de uma relação estreita com a estratégia de planeamento e de desenvolvimento, que enfatize a diversificação e melhoria dos produtos turísticos, mas cumulativamente tenha a capacidade de seduzir um turista cada vez mais experiente, livre, ágil e detentor de poder e de ferramentas de informação que lhe dão acesso a um conjunto vasto de ofertas turísticas aliciantes.
Atendendo ainda, a que o turismo constitui uma atividade com uma estrutura fragmentada e que, por isso mesmo, implica a articulação entre os vários atores, bem como a concretização das parcerias indispensáveis, as vantagens competitivas de um destino podem depender fortemente da capacidade de operacionalizar um produto turístico final integrado e complexo, de modo a criar experiências turísticas memoráveis que vão ao encontro do processo de reconhecimento e de auto-realização desejado pelo turista que pretende sair do processo de consumo transformado. Considerando o conhecimento da forma como os destinos turísticos estão organizados e que os produtos turísticos representam uma oferta turística composta, salienta-se que, do destino ao produto turístico, existem diferentes níveis de intervenção, incorporados num sistema de cooperação entre os diferentes agentes do sistema turístico. É a partir desta base, que a gestão dos destinos turísticos e dos produtos turísticos tem sido uma área de relevante interesse, não só ao nível institucional, mas também ao nível prático e académico.
Neste contexto, a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE), através da licenciatura de Gestão Turística, procura apostar em diferentes áreas do conhecimento que estimulem diferentes desafios na área da gestão de empresas turísticas e na área da gestão de produtos turísticos, que permitam uma intervenção pró-ativa no sistema turístico, tanto ao nível do seu desenvolvimento, como ainda do funcionamento das estruturas empresariais e territoriais.
Evidente é também a necessidade de cada vez mais adaptar a oferta à procura de uma forma original, única e sustentável, pelo que aos alunos é proporcionada uma formação integrada e consistente, complementada com uma aprendizagem contínua, na qual a participação ativa e dinâmica de diferentes stakeolders do sistema turístico, é também indispensável. O grande desafio colocado aos nossos alunos passa pela capacidade de inovar em diferentes áreas do conhecimento na gestão dos destinos, nomeadamente a forma como os destinos estão organizados, estimulando a criação de estratégias educativas e colaborativas que possibilitem uma maior complementaridade entre produtos turísticos e regiões e, consequentemente, estratégias que impulsionem a criatividade no setor que exige ser intensa. Obviamente que os parceiros privados também têm um papel fundamental neste domínio, daí a necessidade de apostar em profissionais que valorizem a intervenção das empresas turísticas.
*Por Rita Peres, Professora Adjunta e Diretora do Curso de Licenciatura de Gestão Turística da ESHTE