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“Continuo muito confiante para o próximo ano”

Mário Azevedo Ferreira, CEO da NAU Hotels & Resorts, considera que Portugal vai manter os bons resultados turísticos em 2017. Para já a recente notícia da saída do Reino Unido da União Europeia não abala a confiança do responsável. Falou com o Publituris na semana em que foi inaugurado oficialmente o Hotel Palácio do Governador, em Lisboa.

Carina Monteiro
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“Continuo muito confiante para o próximo ano”

Mário Azevedo Ferreira, CEO da NAU Hotels & Resorts, considera que Portugal vai manter os bons resultados turísticos em 2017. Para já a recente notícia da saída do Reino Unido da União Europeia não abala a confiança do responsável. Falou com o Publituris na semana em que foi inaugurado oficialmente o Hotel Palácio do Governador, em Lisboa.

Carina Monteiro
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Mário Azevedo Ferreira, CEO da NAU Hotels & Resorts, considera que Portugal vai manter os bons resultados turísticos em 2017. Para já a recente notícia da saída do Reino Unido da União Europeia não abala a confiança do responsável. Falou com o Publituris na semana em que foi inaugurado oficialmente o Hotel Palácio do Governador, em Lisboa.

Este ano, a NAU Hotels & Resorts vai registar um crescimento dos resultados na ordem dos 25%. A que factores se deve este crescimento?
Em primeiro lugar, Portugal, como destino turístico, vive um momento positivo, resultado de vários factores: a nossa imagem é boa, de um país seguro e com uma oferta turística diversificada. Depois, a situação geopolítica internacional fez com que um conjunto de destinos que anteriormente eram nossos concorrentes vivam hoje em dia situações difíceis. Como tal a procura continua, mas dirige-se para destinos seguros.
Em segundo lugar, há um conjunto de factores que têm a ver com a nossa estratégia. O grupo é recente e tem vindo a consolidar a sua imagem e afirmar-se e a conquistar cada vez mais credibilidade. Isso faz com que tenhamos ao longo destes três últimos anos de gestão vindo a consolidar um conjunto de parcerias e relacionamentos com empresas importantes e, sobretudo, a consolidar uma imagem de um grupo hoteleiro capaz de dar resposta a grandes eventos.
Em 2014, tivemos uma grande operação com a Mercedes na época baixa, com o lançamento de quatro novos modelos. Em 2015, não tivemos nenhuma operação significativa nesse segmento específico e, depois, começámos a negociar uma operação para 2016. Pelo que um dos factores de crescimento, este ano, tem a ver com uma ocupação em época baixa absolutamente anormal, comparativamente com a nossa concorrência habitual no Algarve. Tivemos um mês de Janeiro fraco, como toda a gente, mas a partir de Fevereiro não parámos de estar cheios. Fizemos o lançamento do modelo da Volkswagen que ocupou praticamente a totalidade da Herdade dos Salgados, mas também com impacto nas duas unidades de São Rafael. Algum negócio que habitualmente tinha lugar nos Salgados foi desviado para São Rafael. A operação da VW terminou no final de Abril e três dias depois tivemos um conjunto de nove eventos que só terminaram em meados de Junho.
De modo que a nossa operação de Janeiro a Maio é uma operação que registou o dobro das receitas do ano passado, ou seja, mais de 14 milhões de euros.
Depois o segundo factor tem a ver com o crescimento em ocupação e preço da época “shoulder” e na época alta.

Justamente, estamos na época alta e sabemos que a ocupação nesta altura é normalmente elevada, aqui o importante é que o preço também acompanhe. Isso está a acontecer?
Sim, está. Grande parte da nossa operação está no Algarve, onde temos uma oferta muito concentrada: quatro unidades na Herdade dos Salgados, duas em São Rafael. Portanto seis unidades, em oito, que estão no concelho de Albufeira. Temos 80% da nossa oferta de camas no Algarve. Falando do Verão no Algarve. Nos últimos anos, temos vindo a verificar que se vendiam umas unidades mais depressa que outras. São unidades distintas e temos vindo a segmentar e a acentuar as diferenças, adaptando as unidades para segmentos de mercado específicos. Em São Rafael temos duas unidades, uma de suites e outra de quartos duplos, uma em cima de praia e outra ligeiramente afastada. O que fizemos foi dedicar a unidade de suites, um pouco mais afastada do mar, para um hotel claramente para famílias, com tudo incluído, com animação, kids club. Fizemos isso pela primeira vez em 2014 e tem vindo a afirmar-se. O hotel São Rafael Atlântico é um hotel clássico, mais vendido para adultos.
Na Herdade dos Salgados temos quatro unidades: o Salgados Vila das Lagoas Apartments, com apartamentos T1 e T2; depois temos uma unidade fantástica, o Salgados Dunas Suites, muito perto do mar, é a nossa unidade farol em termos de preço, porque conseguimos aí preços extraordinários, devido à unidade estar na primeira linha de mar e os apartamentos disporem de grandes áreas. Depois temos o Salgados Palm Village Apartments & Suites, mais recuada em relação ao mar, mas que, pela sua dimensão e espaços envolventes generosos, é ideal para famílias e all incluive e por isso concluímos essa unidade criando um produto de all inclusive, com área de jardins, piscinas, parque infantil, kids club, etc. Vendeu muito nos anos anteriores e este ano fizemos uma parceria com a TUI e a unidade tem agora uma forte percentagem de clientes deste operador. Finalmente, o Salgados Palace, uma unidade absolutamente fantástica, mas muito concebida para grandes eventos e menos favorável para uma operação de Verão. Com a experiência dos últimos anos, ou seja, esse hotel era o último a ser vendido para o Verão, e para o vendermos bem tínhamos de baixar o preço, o que resolvemos foi criar um produto só para o Verão e que nos ajudasse a vender melhor o hotel nesta época. Para isso, criámos o conceito Salgados Summer Club que aplicámos este ano pela primeira vez. Começou a sua operação em 15 de Junho e estamos cheios. Tivemos um crescimento de preço enorme, porque estamos a vender um produto que tem uma componente de F&B incluída, componente de animação, piscina só para crianças, um kids club, área de jardim, etc, ou seja, pensámos um produto para os quatro meses de Verão, para transformar um hotel que normalmente é de eventos e congressos para ser um hotel para famílias.

JU7A6156Em termos médios quanto subiu o preço no Verão no Algarve?
Uma subida de 15% com um aumento da ocupação na casa dos 7, 8%.

A abertura do Salema Beach Village, no Algarve, é outra das novidades que apresentam este ano. Como está a operação?
Tínhamos objectivos ambiciosos para Junho e Julho/Agosto, uma ocupação de 40% e 70%, respectivamente. Posso dizer que em Junho ultrapassámos o objectivo. Em Julho, já cumprimos e em Agosto estamos muito perto de atingir. O nível de preço está acima do que esperávamos, sobretudo em Julho e Agosto. Fizemos uma operação de marketing forte junto dos nossos clientes habituais e são eles que estão a reservar.

Perspectivas para 2017

Em 2017 vão conseguir ter uma operação de Inverno semelhante à deste ano?
Estamos a fazer tudo o que podemos e estamos muito perto de conseguir, embora não seja tão grande como a da VW. Não posso anunciá-la, enquanto não estiver garantida. Até há a possibilidade de termos duas operações de grandes dimensões, uma logo no início do ano e outra um pouco mais à frente. O que já temos garantido é um conjunto de congressos que vão repetir-se, é o caso da REMAX, o Update em Medicina, o maior congresso de medicina que se faz em Portugal, e o regresso do congresso de Cardiologia, entre outros.

Como está a vossa confiança para 2017, tendo em conta a saída do Reino Unido da União Europeia? Têm muitas unidades no Algarve e o mercado inglês é muito importante para o destino.
Ninguém pode fazer futurologia sobre isso, porque é tudo muito recente. A forma como o Reino Unido vai lidar com essa situação ainda é imprevisível, porque vai haver mudança de governo. O que se pode antecipar, e já começou a acontecer, é a desvalorização da libra. Todos os contratos feitos em Portugal com os operadores britânicos fazem-se em euros, não se fazem em libras. De modo que, se houver uma continuidade desta desvalorização da libra, os contratos vão custar mais. Podemos assistir a várias situações: os operadores podem querer renegociar os contratos. Depois, vamos ver até que ponto toda esta situação afecta o desenvolvimento económico e o crescimento do consumo dos britânicos. De que forma é que isso vai afectar a confiança dos consumidores. Sabemos, por outro lado, que o Reino Unido é um país onde as pessoas sentem essa necessidade de sair.
Em suma, temos noção que todas estas situações existem, temos de estar cautelosos, não vamos mudar nada. Ainda não tivemos nenhum feedback de operadores britânicos a quererem renegociar ou repensar preços para o próximo ano, é muito prematuro para isso. Continuo muito confiante para o próximo ano. Se não tivesse havido a votação que houve, estaria mais confiante.

Podem olhar para outros mercados?
Já olhamos.

Mas não há nenhum capaz de substituir o mercado inglês? Sim, não tenhamos ilusões sobre isso. O Reino Unido é o mercado que melhor nos conhece e representa mais de 35% das dormidas do Algarve. Mas também julgo não vai ser necessário substitui-lo. Num cenário mais pessimista, pode haver alguma redução, mas julgo que ainda é muito prematuro estar a equacionar esse cenário. Até porque há exemplos de países que não pertencem à União Europeia e que estão muito bem economicamente. Julgo que não devemos nunca pôr em dúvida a capacidade do Reino Unido de dar a volta a esta situação.
Devemos estar todos muito atentos, estaremos preparados para se os operadores turísticos nos abordarem, sobretudo se houver uma evolução continuada negativa da taxa de câmbio da libra, é provável que se produza algumas tentativas de renegociação do contrato. O mais importante é que nada na nossa situação enquanto destino seguro se alterou e também não é crível que a situação de destinos que apresentam factores de insegurança se altere para 2017, por isso vamos continuar ser um destino muito apetecido.

Como é que está a operação no Lago Montargil & Villas, no Alentejo?
É uma operação mais difícil que a de Lisboa e do Algarve, mas mais fácil do que aquela que antecipámos no início da restruturação deste grupo empresarial.
Os clientes são sobretudo os portugueses, e empresas durante a semana. É um hotel magnífico numa paisagem extraordinariamente calma, tranquilizante e apaziguadora que as empresas escolhem para fazer reuniões quando precisam exactamente disso. Os quartos são óptimos, temos excelentes áreas de restauração e temos algumas salas moduláveis. Pelo facto de termos um spa, duas piscinas interiores, é um destino de todo o ano. Depois, chega ao fim-de-semana e é uma romaria de gente que vem de Lisboa e arredores para ali. Isso foi a boa surpresa. Em 2013, quando pegámos neste grupo, o hotel estava fechado, retomámos a operação e pensámos, vamos fazer o Verão e depois vamos chegar a Outubro e vamos fechar. Mas acabámos por não fechar. Funciona o ano todo. O nosso objectivo é conquistar eventos e reuniões, casamentos, aniversários durante a semana, sabendo que ao fim-de-semana o hotel enche e cada vez mais com clientes fiéis que nos reservam directamente. Este ano, continuamos com uma operação que em volume está a crescer ligeiramente na casa dos 5, 6%, mas está a crescer 12% em preço.

Hotel Palácio do Governador

JU7A6257Em Lisboa, qual é a importância da abertura do Palácio do Governador para a marca e para a estratégia do grupo?
É muito importante. A nossa principal missão é recuperar valor para um conjunto de activos que estavam numa situação decrépita e que era preciso reactivar. Esse objectivo foi cumprido. Em segundo lugar é um hotel especial, encontra-se num edifício especial, numa zona fantástica de Lisboa, com muito pouca oferta hoteleira. As pessoas diziam que os turistas não querem ficar aqui. A verdade é que estamos cheios e as pessoas adoram estar perto destas atracções turísticas. Depois, outro factor fundamental para nós, enquanto equipa de gestão, é que este é o primeiro hotel conceptualmente criado por nós. Embora uma parte dos trabalhos já estivessem feitos quando pegámos no hotel, a verdade é que o conceito que iria ser implementado era completamente distinto daquele que nós acabámos por implementar. Este hotel tem a nossa marca, tem aquilo que nos consideramos ser o ADN do grupo. É um hotel, que além de todo o conforto, tecnologia, que é necessária para que um hóspede de hoje se sinta bem, também proporciona uma experiência única.

Qual é o vosso objectivo em termos de preço médio para este hotel?
O nosso objectivo é situá-lo ao nível dos melhores cinco estrelas de Lisboa e está a caminhar muito rapidamente para isso. Comparamo-nos com os hotéis mais icónicos de Lisboa, como a Pousada de Lisboa, o Altis Belém, o Pestana Palace, o Bairro Alto Hotel, o Lapa Palace. É nesse nível de preço que queremos situar esse hotel. Ainda não está, mas todos os meses está mais próximo.

Hoje em dia a NAU Hotels & Resorts é uma cadeia de hotéis de cidade e resorts. Os vossos clientes têm essa percepção e isso é uma vantagem para o grupo?
Têm cada vez mais. Obviamente que somos mais conhecidos em Portugal, do que fora. Temos vindo a criar e a consolidar uma relação próxima com uma vasta quantidade de clientes, através de acções de marketing directo e que abririam caminho para no futuro eventualmente criar um sistema de fidelização. Embora esta questão tenha de ser estudada e vista à luz da dimensão. Temos uma dimensão forte em termos de camas, menos forte em número de unidades. Mas de facto é o caminho que estamos a percorrer. Não podemos esquecer que a marca Nau foi apresentada em Dezembro de 2014.

Esta marca tem ambições internacionais?
De momento não. Temos muito ainda a fazer aqui. Temos uma missão neste momento e temos um perímetro de activos que temos de explorar, gerir e valorizar, à qual se poderão juntar outros, quer provenientes dos nossos accionistas, quer de fora, era algo que gostaríamos muito que acontecesse, que houvesse investidores que considerassem que temos capacidade para gerir unidades. 

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Hoteleiros questionam aumento da taxa turística e pedem “transparência” na relação com o Turismo

Após a Câmara Municipal de Lisboa dar conta da pretensão de duplicar a taxa turística de 2 para 4 euros, a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) mostra-se “preocupada” relativamente a uma decisão que descreve ter sido tomada “sem fundamentação e uma análise aprofundada, particularmente à luz das ações anteriores do Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa (FDTL)”.

Em nota de imprensa, a AHP afirma que reuniu a 4 de abril com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa e os participantes do FDTL, onde declara ter manifestado “a necessidade de que sejam divulgados os projetos e iniciativas apoiadas pelo fundo, exclusivamente constituído pelas receitas provenientes das taxas turísticas cobradas pelos estabelecimentos hoteleiros e pelas plataformas de alojamento local”.

No mesmo documento, a associação considera que é necessária uma atualização de um estudo realizado em 2019 sobre a perceção e os impactos da atividade turística em Lisboa: “Ao tempo, era extremamente positiva e, agora, parece ser a razão para a duplicação da taxa”, refere a AHP em comunicado.

A AHP recorda que, desde 2016, o este fundo acumulou cerca de 170 milhões de euros, direcionados para o investimento em infraestruturas turístico/culturais, além de programas de dinamização da procura, onde se incluem o apoio a congressos e eventos culturais, e o financiamento da higiene e limpeza urbana da cidade de Lisboa.

Dá como exemplos o financiamento de: 50% do Museu das Jóias da Coroa no Palácio da Ajuda; um terço do projeto do Museu Judaico; 80% do novo Cais de Lisboa e Estação Sul/Sueste; do “Pilar 7” da Ponte 25 de Abril, incluindo o viaduto pedonal e ciclável; a melhoria da experiência turística em Belém e a sinalética do Eixo Central. Refere ainda que este fundo cobriu “integralmente” as taxas da WebSummit e, ainda, todas as despesas com a sua realização, que caberiam à Câmara Municipal Lisboa. Acresce a utilização do fundo nos programas de dinamização da procura, em que se inclui o Eurofestival da Canção e a Jornada Mundial da Juventude, e a contribuição anual, de 7,6 milhões de euros, para o reforço da higiene e limpeza urbana. Como a AHP refere, “há inclusivamente freguesias, como Santa Maria Maior, Santo António ou Arroios, cujo orçamento anual já provém 10% a 15% da receita da taxa turística”.

No entanto, a associação sublinha que, dos 170 milhões de euros, estão apenas consumidos 95 milhões de euros, no período entre 2016 e 2023. Frisa ainda que “a falta de divulgação dos apoios é notória”.

Por essa razão, a AHP aponta para a “importância da transparência na utilização dos fundos turísticos provenientes da cobrança de taxas” e apela à “sua divulgação eficaz”.

“Para a AHP, é essencial que os lisboetas estejam cientes dessas iniciativas, dos recursos investidos e do retorno que o turismo tem para a cidade e para o país. Antes de se pensar em aumentar a taxa que é cobrada também aos portugueses que se alojam em empreendimentos turísticos em Lisboa, se pondere o porquê do aumento e onde é que vão ser consumidos esses novos recursos”, refere a associação.

Bernardo Trindade, presidente da AHP, afirma que “a medida unilateral e extemporânea de aumentar a taxa antes de cumpridos os pressupostos acordados é, sem dúvida, precipitada e interrompe uma relação de confiança com o setor turístico, apesar de se dizer o contrário”.

“Para além deste possível aumento, a Câmara Municipal de Lisboa está em falta com o setor turístico há vários anos. Após o aumento da taxa de 1 para 2 euros, o compromisso incluía a construção de um centro de congressos. Não estando em causa o esforço feito para identificar uma localização, o facto é que o Centro de Congressos não foi construído, ainda que a receita tenha sido cobrada. Não negamos as externalidades negativas do turismo na cidade, mas exatamente por isso vemos que estão a ser compensadas pela taxa turística. De resto, estão ainda no FDTL 60 milhões de euros para investir na cidade, em benefício de todos, residentes e visitantes. É, por isso, fundamental que este dinheiro, cobrado pelos hoteleiros da cidade de Lisboa e entregue nos cofres da câmara, não seja usado em despesas correntes, mas antes para o desenvolvimento sustentável do Turismo na cidade. É também importante saber os fins a que se destina o aumento”, conclui o responsável.

Numa nota final, a AHP mostra-se “comprometida em trabalhar em conjunto com as demais entidades que gerem o Fundo de Desenvolvimento Turístico, bem como com a Câmara Municipal de Lisboa, para garantir que as decisões tomadas em relação ao turismo da cidade sejam justas, transparentes e em benefício de todos”.

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Marriott International acrescenta 100 hotéis e 12.000 quartos ao portfólio europeu até 2026

A Marriott prevê juntar mais 100 hotéis e 12.000 quartos às já existentes 800 unidades, cerca de 150.000 quartos, 25 marcas em 47 países, na Europa até finais de 2026.

Foi no International Hospitality Investment Forum, em Berlim (Alemanha), que a Marriott International anunciou planos para adicionar cerca de 100 hotéis e mais de 12.000 quartos ao seu portfólio na Europa através de conversões de hotéis e projectos de reutilização adaptativa, até ao final de 2026. Os hotéis previstos representam mais de 40% do pipeline de desenvolvimento europeu que a empresa deverá abrir durante esse período.

Recorde-se que a Marriott International já possui mais de 800 propriedades com cerca de 150.000 quartos, 25 marcas em 47 países e territórios europeus.

“Continuamos a assistir a um crescimento significativo em toda a Europa através de oportunidades de conversão e de reutilização adaptativa, reforçando a confiança que os nossos proprietários e franchisados têm na Marriott International, uma vez que procuram reposicionar activos e maximizar os retornos”, afirmou Satya Anand, presidente, Europa, Médio Oriente e África, Marriott International.

O mesmo adiantou ainda que “as conversões oferecem aos proprietários e franchisados a oportunidade de tirar partido das nossas marcas bem estabelecidas, dos custos de afiliação competitivos, dos motores de criação de receitas da empresa e do Marriott Bonvoy – o nosso premiado programa de viagens com mais de 200 milhões de membros”.

A Marriott está a assistir a um “impulso na conversão de hotéis e em projectos de reutilização adaptativa” em países como Itália, Reino Unido, Espanha e Turquia, e em todos os segmentos de marca.

A nova marca midscale da Marriott – Four Points Express by Sheraton – estimulou oportunidades de conversão na região desde seu lançamento em 2023, tendo a Marriott lançado a marca em resposta à crescente procura dos consumidores por alojamento fiável e acessível na Europa, Médio Oriente e África.

No segmento selecionado, os hotéis Moxy, AC Hotels by Marriott, Four Points by Sheraton e Residence Inn by Marriott representam mais de 25% dos acréscimos previstos pela empresa através de projectos de conversão e reutilização adaptativa na Europa até ao final de 2026. No segmento premium, o Tribute Portfolio e a Autograph Collection representam mais de 20% das adições previstas na Europa durante o mesmo período.

A empresa também está a assistir a um aumento nas oportunidades de conversão e reutilização adaptativa no segmento de luxo na Europa, com The Luxury Collection, W Hotels, The Ritz-Carlton e St. Regis Hotels & Resorts a representarem mais de 10% das adições previstas na região até ao final de 2026.

“Estamos a assistir a um interesse significativo por parte de hoteleiros independentes, promotores e investidores que procuram tirar partido da eficiência e das vantagens de renovar e mudar a marca de hotéis e propriedades existentes”, concluiu Jerome Briet, Chief Development Officer, Europa, Médio Oriente e África, Marriott International.

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CoStar: Pipeline hoteleiro regista trajetória ascendente no continente americano

O CoStar Group dá conta de que, à data de março deste ano, estão planeados 378,628 quartos no continente americano, mais 36% face ao período homólogo. Os Estados Unidos da América (EUA) contabilizam a maior parte dos quartos em construção no continente, seguidos pelo México, Canadá e Brasil.

O continente americano é a única região do mundo que apresenta um aumento homólogo da atividade de pipeline hoteleiro no final do primeiro trimestre de 2024, de acordo com os dados de março de 2024 do CoStar Group.

Segundo a empresa, no continente americano estão em construção 205.998 quartos de hotel à data de março de 2024, mais 4,1% do que o verificado em março do ano passado. No planeamento final estão contabilizados 296.374 quartos, mais 6,8% do que no período homólogo, sendo que estão planeados um total de 378,628 quartos, mais 36% do que no mesmo período do ano passado.

Os Estados Unidos da América (EUA) contabilizam a maior parte dos quartos em construção no continente americano, com 156.525 quartos, seguidos pelo México (13.335 quartos), Canadá (7.603 quartos) e Brasil (5.799 quartos). No total, este continente tem sob contrato 881 mil quartos, mais 16,9% em relação ao período homólogo.

Já na Europa, à data de março de 2024, estavam em construção 172.499 quartos hoteleiros, menos 6,8% em relação a março do ano passado. Encontravam-se em planeamento final 99.744 quartos, menos 25,3% face ao período homólogo, estando planeados 160.404 quartos, mais 5,1% quando comparado com o mesmo período de 2023.

Dentro do continente europeu, a Alemanha lidera a atividade de construção neste segmento, com 28.500 quartos de hotel em construção, seguida pelo Reino Unido, com 28.423 quartos. De acordo com os dados da CoStar, a Europa tem sob contrato 432.647 quartos, menos 8,8% do que em março de 2023.

China lidera pipeline na região Ásia-Pacífico

Na região Ásia-Pacífico, e até março de 2024, encontravam-se em construção 502.610 quartos de hotel, mais 5,6% do que no período homólogo, estando em fase final de planeamento 109.926 quartos, mais 5,6% face ao mesmo período de 2023. No total estão planeados 289.041 quartos para esta região, menos 11% do que em março de 2023.

A China lidera dentro da região Ásia-Pacífico no total de quartos de hotel em construção, com 315.145 quartos, seguida pelo Vietname, com 37.113 quartos. No total, a região Ásia-Pacífico tem sob contrato 901.577 quartos, menos 0,4% face ao período homólogo.

Por fim, na região do Médio-Oriente e África, a CoStar dá conta de que, à data de março de 2024, encontravam-se em construção 110.783 quartos de hotel, menos 7,3% face ao período homólogo, estando em planeamento final 36.173 quartos, menos 20,9% em relação a março de 2023. Ao todo, estão planeados para esta região 81.316 quartos, menos 3,3% do que no mesmo período do ano passado.

No caso da região do Médio-Oriente e África, a atividade de pipeline hoteleira está focada maioritariamente na Arábia Saudita, com 42.464 quartos em construção, e nos Emirados Árabes Unidos, com 19.046 quartos em construção. No total, estão planeados para esta região 228.272 quartos, menos 8,5% em relação a março de 2023.

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Depois dos hotéis, grupo Vila Galé também aposta na produção de vinho e azeite no Brasil

Com inauguração prevista para abril de 2025, o novo Vila Galé Collection Ouro Preto, em Cachoeira do Campo (Brasil), contará com a vinha e olival como protagonistas.

Com um vasto historial de produção de vinhos e azeites no Alentejo, o grupo Vila Galé prepara-se para testar a produção de vinho e azeite, em Ouro Preto, no estado brasileiro de Minas Gerais.

O grupo vai plantar vinha e olival na propriedade onde inaugurará, em abril de 2025, o Vila Galé Collection Ouro Preto, em Cachoeira do Campo, que será o primeiro hotel em Minas Gerais. , com inauguração prevista para abril de 2025.

Jorge Rebelo de Almeida, fundador e presidente da Vila Galé, refere que “o projeto do novo hotel evoluiu desde a conceção inicial. Identificámos um grande potencial no terreno. Agora, contaremos com 308 quartos, uma sala de convenções para 700 pessoas, atividades de enoturismo, um lago e diversas outras atrações para toda a família. Ao considerar o clima de Cachoeira do Campo, reconhecemos o potencial para a produção de vinhos e azeites, assim como fazemos em Portugal.

Quanto ao projeto vinícola em Ouro Preto, a enóloga Marta Maia, diz-se “entusiasmada por ter a oportunidade de trabalhar em terras mineiras. Temos estudado e analisado todas as possibilidades para garantir o sucesso do empreendimento, pois a viticultura aqui difere consideravelmente da nossa em Portugal. No entanto, a nossa expectativa máxima é, dentro de alguns anos brindar com um vinho produzido em Minas Gerais, com o selo de qualidade da Vila Galé”.

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XLR8, D-EDGE e Guestcentric unem-se em evento no Porto

“(R)Evolução Tecnológica – Estratégias para Implementação de Sucesso” é o evento que une XLR8, D-EDGE e Guestcentric no Porto

Publituris

A XLR8, em parceria com a D-Edge e a Guestcentric, vai realizar, no dia 7 de maio, um evento desenvolvido para hoteleiros do Norte do País com o tema: “(R)Evolução Tecnológica – Estratégias para Implementação de Sucesso”.

O evento irá explorar o futuro da indústria hoteleira e como este deve ser acompanhado por uma atualização tecnológica, com a partilha da visão de cada parceiro, constituindo uma oportunidade única para se manter atualizado com as últimas tendências e estratégias tecnológicas que moldarão o cenário hoteleiro nos próximos anos.

O evento conta também com a parceria da The Editory Collection Hotels e terá lugar no Porto Palácio by The Editory.

O evento terá como oradores Filipa Campos (diretora de Vendas EMEA, Guestcentric), Natasha Pereira (diretora de Vendas, XLR8 RMS) e Raquel Patrício (Sales Manager, D-Edge Hospitality Solutions), e contará com a moderação de Isabel Tavares (Head of Global Sales, Marketing & PR, The Editory Collection Hotels).

Este é um evento com capacidade limitada, exclusivo para hoteleiros, pelo que é recomendado que o registo seja feito atempadamente através do link.

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Nova edição Publituris Hotelaria: Entrevista a Elmar Derkitsch, diretor-geral do Lisbon Marriott Hotel

Uma entrevista a Elmar Derkitsch, diretor-geral do Lisbon Marriott Hotel, um dossier dedicado a hotéis vínicos e um especial focado em marketing gastronómico são alguns dos destaques da mais recente edição da revista Publituris Hotelaria.

Carla Nunes

Na Publituris Hotelaria de abril, o destaque vai para o percurso de Elmar Derkitsch na direção-geral do Lisbon Marriott Hotel. Com passagens pela Alemanha, Suíça, Espanha, Áustria, Turquia e Dinamarca, os últimos 11 anos de Elmar Derkitsch foram passados à frente do Lisbon Marriott Hotel. O dia 1 de maio de 2024 marca o final deste ciclo, admitindo que o trabalho feito no Marriott de Lisboa foi marcado pelo “dinamismo”. Quanto a Portugal, país onde permanecerá a residir, Elmar Derkitsch frisa que passou de um destino “perhaps” para um destino “must”.

Nesta edição damos ainda conta do mais recente projeto cinco estrelas do The Lince Hotels, resultado da requalificação do Mosteiro de Santa Clara, em Vila do Conde. O grupo investiu 18 milhões de euros para abrir o atual The Lince Santa Clara, do qual ganhou a concessão no âmbito do programa Revive.

O dossier deste mês é dedicado aos hotéis vínicos e à sua mais recente oferta. Com o mercado português a mostrar um interesse crescente em atividades de enoturismo, os hotéis deste segmento abrem portas a públicos cada vez mais diversificados, oferecendo experiências onde prima a fusão entre o vinho com a gastronomia e bem-estar. Esta é também a oportunidade de ler uma entrevista a Pedro Valle Abrantes, managing partner da Trypor, sobre a sua experiência no panorama enoturístico português.

Este número conta ainda com um especial dedicado ao marketing gastronómico. Num contexto em que o interesse sobre o tema gastronómico em Portugal aumentou 18% nas pesquisas do Google, com a gastronomia a constar como um dos quatro motivos de interesse de viagem para o nosso país, o Turismo de Portugal aponta para a necessidade de se promover a gastronomia nacional lá fora. A questão que se coloca é: poderá o marketing gastronómico ajudar nessa projeção? A resposta é dada neste especial, onde são ainda apontados os benefícios destas ferramentas de marketing quando aplicadas ao canal Horeca.

No capítulo dos “Fornecedores” celebramos os 125 anos da Miele com uma entrevista a Paulo Silva, diretor comercial Professional Portugal da Miele. Com presença em Portugal há 54 anos, a marca de eletrodomésticos tem no canal Horeca um dos seus principais clientes da área profissional, representado um terço das vendas. Para o futuro, a empresa tem em vista a abertura de um terceiro ponto de venda em Portugal, a somar aos dois já existentes em Carnaxide e no Porto.

Na rubrica “Palavra de Chef” deste mês viajamos até ao Douro para conhecer a Cantina de Ventozelo, liderada pelo chef José Guedes. Trabalhar uma cozinha que valorize “o produto, a gastronomia portuguesa e, acima de tudo, o convívio e as experiências” são os principais objetivos do chef que trocou a educação física pela cozinha e, mais recentemente, a cidade do Porto pelas colinas do Douro.

A fechar, brindamos com as sugestões de Sérgio Magalhães, sommelier e COO na Yon Wine.

As opiniões desta edição são assinadas por Graham Miller (NOVA SBE Westmont Institute of Tourism and Hospitality), Luís Ferreira (ISAG), Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), João Serrano (ADHP), Eduardo Abreu (Neoturis) e Alexandre Marto Pereira (United Hotels of Portugal).

Já os Indicadores deste número contam com a análise CLEVER de Luís Brites, CEO da Clever Hospitality Analytics, co-assinada com Nuno António, professor na NOVA IMS BI & Analytics.

*Para ler a versão completa desta edição da Hotelaria – em papel ou digital – subscreva ou encomende aqui.

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Antigo Hotel Real Parque dá lugar ao Kimpton Lisbon

A IHG Hotels & Resorts (IHG) e o Real Hotels Group vão abrir o Kimpton Lisbon, no mesmo edifício onde se encontrava o antigo Hotel Real Parque, em Lisboa.

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Com abertura prevista para o início de 2026, este é o primeiro hotel da Kimpton Hotels & Restaurants na capital portuguesa e o segundo em Portugal, após a assinatura do Kimpton Algarve São Rafael Atlântico, no final de 2023.

A unidade hoteleira surge após um acordo de franchising com o Real Hotels Group, sendo que o hotel vai contar com 141 quartos e “áreas públicas redesenhadas para se inspirarem na luz e nas cores da cidade”, como indicado em comunicado. É ainda referido que o hotel será composto por “espaços orientados para o design, com acabamentos de alta qualidade, até restaurantes e bares sazonalmente inspirados, incluindo um bar e piscina no rooftop”.

O Kimpton Lisbon junta-se ao portefólio de luxo e estilo lifestyle  da IHG, que tem como objetivo “reforçar a crescente presença” em Portugal. Neste segmento específico, a IHG opera seis hotéis em funcionamento e tem mais sete em desenvolvimento para marcas como a Six Senses, Hotel Indigo, e os recém inaugurados Convent Square Lisbon e Casa da Companhia no Porto, da coleção Vignette.

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Unlock Boutique Hotels comemora 8 anos com nova Central de Reservas

A Unlock Boutique Hotels (UHB) aproveitou a comemoração do seu 8.º aniversário para abrir a Central de Reservas.

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Com 22 hotéis sob gestão em 15 destinos, a Unlock Boutique Hotels (UBH) comemora o seu 8.º aniversário com a abertura de uma Central de Reservas, a única em Portugal para hotéis boutique independentes, considerando Miguel Velez, CEO da UHB, tratar-se de “mais uma etapa para o crescimento” da empresa.

Depois de no início do ano ter lançado para o mercado um novo website, que representou o maior investimento em websites do setor hoteleiro em Portugal, realizado pela Deloitte, a UBH admite que “desde a sua fundação, o compromisso com os clientes, hóspedes e colaboradores tem marcado este trajeto, diferenciando-se pela excelência dos serviços prestados, maximização de receitas e crescimento sustentável, rumo à liderança no setor”, o que trouxe a combinação entre “a expertise da equipa de gestão, criatividade e inovação e as características únicas das unidades hoteleiras membros do grupo”, tendo sido distinguida como PME Excelência 22, depois de três anos consecutivos como PME Líder.

Além de agradecer a todos os clientes, parceiros e colaboradores que acompanharam a UBH ao longo destes anos, Miguel Velez considera que “o apoio contínuo tem sido fundamental para o nosso sucesso e inspira-nos para novos desafios”.

Novos desafios que levaram a UBH a apesentar as novidades “dentro de portas”, refletindo as “especificidades únicas de cada hotel membro e para termos um serviço totalmente personalizado a cada cliente desde o primeiro contacto com a Unlock”, concluindo Miguel Velez que a Central de Reservas é composta por “uma equipa interna, focada no serviço ao cliente e com total conhecimento dos detalhes de todos os hotéis”.

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Sierra e PGIM anunciam joint venture em hotelaria com um hotel no Porto

A PGIM Real Estate, o segmento imobiliário da PGIM, avançou um modelo de parceria com a Sierra para investir em oportunidades value-add na área da hotelaria, apoiadas por uma plataforma de gestão.

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Em nota de imprensa é explicado que a joint venture tem como objetivo adquirir e gerir ativamente hotéis em destinos turísticos consolidados, unindo forças com a equipa de gestão operacional da Iberian Hospitality Solutions (IHSP), liderada por Gonçalo Batalha.

É também referido que esta iniciativa está “alinhada com a estratégia de gestão de investimentos da Sierra, que pretende estabelecer parcerias com investidores reconhecidos no mercado, para promover oportunidades de investimento atrativas”. Refira-se que esta joint venture tem como objetivo um valor bruto de ativos (GAV) de 200 milhões de euros.

A parceria terá em conta “hotéis de dimensão considerável em destinos turísticos consolidados”, de acordo com ambas as empresas. A primeira aquisição, com inauguração prevista para a segunda metade deste ano, é constituída por um “hotel de categoria superior em pleno centro do Porto”, não se conhecendo ainda de que hotel se trata ou quais os futuros hotéis em vista por esta joint venture.

Contudo, em resposta ao Publituris, a joint venture deu conta de que “terá em vista a aposta na região de Lisboa e no Algarve”, com quatro projetos em pipeline*.

“O mercado hoteleiro e de lazer é, desde há muito tempo, um setor fundamental para a economia ibérica. Portugal é um dos principais mercados hoteleiros do sul da Europa, atraindo uma procura internacional crescente e com potencial significativo decorrente de melhorias na qualidade da oferta para satisfazer as exigências da procura internacional. Na atual conjuntura, os investidores procuram investimentos que acrescentem valor, que ofereçam proteção face à inflação e que gerem fluxos de caixa para obterem retornos atrativos. A nossa estratégia tem como objetivo consolidar os operadores locais e melhorar a qualidade da oferta para os hóspedes. A nossa parceria com a Sonae Sierra e a IHSP e a aquisição do primeiro hotel no Porto confirmam as nossas perspetivas positivas para a região e a estratégia implementada”, refere Nabil Mabed, Head of France, Spain and Portugal na PGIM Real Estate, em nota de imprensa.

Já Luis Mota Duarte, Chief Financial Officer and Executive Director, Investment Management na Sierra, refere que  estão “muito satisfeitos por nos associarmos à PGIM Real Estate e à equipa de Gonçalo Batalha, com quem vemos uma oportunidade para executar uma estratégia evidente de criação de valor no segmento europeu da hotelaria, reunindo as nossas distintas capacidades de investimento e de gestão de ativos. Este é o nosso primeiro veículo dedicado à hotelaria, o que comprova a nossa ambição de cobrir o espetro completo de classes de ativos e setores com competências específicas, incluindo a nossa recente aquisição no Porto”.

Numa nota final, Gonçalo Batalha, da IHSP, considera que “no atual contexto de mercado, marcado por taxas de juro mais elevadas e por requisitos de investimento consideráveis para restabelecer padrões de qualidade mais elevados na hotelaria, vemos nesta nova plataforma a oportunidade de obter retornos superiores ajustados pelo risco”.

Gonçalo Batalha “acredita” ainda “numa tendência positiva a longo prazo para o setor do turismo, uma vez que a percentagem de rendimentos alocada a experiências continua a crescer, fortemente suportada por um conjunto de fatores estruturais atrativos”.

*Informação atualizada a 10 de abril às 10h40, após a joint venture adiantar o número de projetos em pipeline e respetivas localizações.

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Expansão da United Hospitality Management será liderada por Greg O’Stean

O grupo United Investments Portugal (UIP), que recentemente criou uma nova marca de gestão hoteleira, a United Hospitality Management (UHM), contratou Greg O’Stean para a direção-executiva deste novo ramo de negócio da empresa.

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Antes de assumir a liderança da UHM, O’Stean desempenhou funções como Global Chief Development Officer da Aimbridge Hospitality, onde esteve envolvido na fusão da Interstate Hotels & Resorts com a Aimbridge Hospitality, em outubro de 2019. Esta fusão resultou na criação “da maior empresa de gestão de terceiros do mundo”, como referido em comunicado pela UIP.

Ao longo da carreira, O’Stean ocupou cargos em organizações como a GE Capital Real Estate, Starwood Hotels, IHG, Loews Hotels, Carlson Rezidor e Ernst & Young, somando ao currículo a experiência em aquisições, desenvolvimento, investimento, empréstimos, franchising, gestão de ativos, joint ventures e contratos de gestão de hotéis.

“Estamos muito satisfeitos por dar as boas-vindas ao Greg, que assume agora o leme da United Hospitality Management. O Greg junta-se à UHM com um percurso impressionante, mas também com o seu profundo conhecimento da dinâmica do mercado, o que se alinha perfeitamente com o objetivo da UHM em satisfazer os nossos mercados em crescimento a nível global”, destaca Carlos Leal, presidente-executivo e membro do conselho de administração da UHM, em nota de imprensa.

Sobre a United Hospitality Management

A United Hospitality Management, apoiada pela United Investments Portugal (UIP), foi lançada oficialmente em novembro de 2023, com um foco estratégico na expansão no Médio Oriente e na Europa. Nos próximos cinco anos, a empresa espera vir a gerir mais de 100 hotéis e resorts em todo o mundo.

A empresa concentra o seu foco de atividade no desenvolvimento, operacionalização e gestão de ativos, com um portfólio que inclui hotéis e resorts de luxo, residências de marca e casas de férias, com marcas como a Luxury Collection, Sheraton, Hyatt Regency, Movenpick, Vignette Collection, Yotel e Bespoke Residences and Holiday Homes, bem como a gestão de ativos de resorts da marca Fairmont.

Leia também: United Hospitality Management: A nova marca portuguesa de gestão hoteleira

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