“Cuba será o nosso próximo mercado”
A Carvi Hotels, de Alfredo Pedro, foi a primeira cadeia hoteleira portuguesa a entrar no mercado norte-americano com uma unidade em Nova Iorque. O responsável explica os desafios dos EUA e quais os planos de expansão. Depois de abrir alguns restaurantes em Manhattan, Alfredo Pedro iniciou o seu percurso na hotelaria há 25 anos na… Continue reading “Cuba será o nosso próximo mercado”
Raquel Relvas Neto
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A Carvi Hotels, de Alfredo Pedro, foi a primeira cadeia hoteleira portuguesa a entrar no mercado norte-americano com uma unidade em Nova Iorque. O responsável explica os desafios dos EUA e quais os planos de expansão.
Depois de abrir alguns restaurantes em Manhattan, Alfredo Pedro iniciou o seu percurso na hotelaria há 25 anos na mesma cidade norte-americana ao abrir um Bed & Breakfast, o Ipanema Chalet. Em 2007, tomou a decisão de abrir duas unidades hoteleiras em simultâneo, uma em Nova Iorque, o boutique hotel Carvi New York, e outra em Portugal, o Carvi Beach Hotel Algarve, na praia D. Ana.
A unidade hoteleira de Lagos, que era a antiga pensão Sol & Praia, oferece 103 quartos. Recentemente, o hotel foi alvo de uma remodelação que lhe conferiu um terraço no último andar com vista para a praia, um restaurante e um bar que vão ser inaugurados no início de Maio. Alfredo Pedro, administrador dos Carvi Hotels, refere, em entrevista, que a unidade algarvia tem verificado “um crescimento acentuado” ao longo dos anos, que tem que ver “com a qualidade do produto”. Para este ano, o responsável nota “uma grande procura”. “Já se nota muitas mais reservas do que no ano passado, que já foi excelente, mas este ano está a ser muito bom”, complementa.
Além dos mercados tradicionais como o inglês, alemão, irlandês, espanhol e português, o Carvi Beach Hotel Algarve está a registar uma procura do mercado francês e “um ligeiro crescimento do italiano”. Para Alfredo Pedro, as perspectivas são positivas, pois “há, de facto, uma maior procura derivada aos conflitos e à insegurança que existe noutros destinos”. Contudo, acautela, “há uma maior responsabilidade de cativarmos os mercados que têm crescimento, de sabermos recebê-los, fazê-los sentir que são bem-vindos e importantes e, só dando um bom serviço, qualidade na estadia é que vamos manter estes mercados”.
Estados Unidos da América
Com 40 quartos, o Carvi New York é um boutique hotel urbano e fez com que a Carvi Hotels fosse a primeira cadeia hoteleira portuguesa a entrar no mercado norte-americano. Sobre os investimentos em Nova Iorque da maior cadeia hoteleira portuguesa, o Grupo Pestana, o responsável olha com bons olhos, mas alerta que “o mercado de Nova Iorque está um bocado saturado. Espero que tenham sucesso”. Questionado sobre os principais desafios do mercado norte-americano, Alfredo Pedro esclarece que em termos de marketing “é completamente diferente”, explicando que os hotéis têm de andar à procura dos clientes e que, em certas alturas do ano, os preços dos quartos variam duas vezes por dia. “Não tem nada a ver com Portugal, há uma concorrência muito grande nas grandes cidades, temos muitos turistas internos. Os próprios americanos são um mercado enorme. Há muita concorrência, mas é saudável. Há três anos tínhamos a porta aberta e tínhamos overbooking, hoje em dia já não acontece isso, temos que ir à luta”, refere.
Quanto ao turista norte-americano, o responsável português indica que é um mercado fácil de satisfazer, mas que Portugal tem uma grande dificuldade em captá-lo por não ter verbas nem estrutura para promover o destino nos Estados Unidos da América. Assim, refere, “continuamos a ser um País desconhecido, porque não há dinheiro, não há pessoal, não se investe. Ao não se investir, não temos proveito. É uma falha muito grande, porque é um mercado enorme que viaja imenso”.
Expansão
No que diz respeito aos planos de expansão da Carvi Hotels, Alfredo Pedro refere que estão, actualmente, a estudar mais mercados, “não só para hotéis como para restaurantes”. “Estamos atentos a Cuba que será talvez o nosso próximo mercado”, indica. Quanto a Portugal, o responsável salienta que “não sei se não será tarde”, pois considera que “Lisboa e Porto estão saturados”. Neste sentido, talvez os Açores “seja um mercado de investimento em aberto. Estamos também atentos a isso, mas de momento estamos a analisar mercados”.