Visabeira disponível para apoiar mais Paradores em Portugal
Depois de vários meses de negociação, o Grupo Visabeira e a rede espanhola de Paradores assinaram um contrato de franchising, que vai permitir à Casa da Ínsua tornar-se o primeiro Parador internacional. A partir do próximo dia 15 de Outubro, o hotel Casa da Ínsua, unidade de cinco estrelas do Grupo Visabeira, situada em… Continue reading Visabeira disponível para apoiar mais Paradores em Portugal
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A partir do próximo dia 15 de Outubro, o hotel Casa da Ínsua, unidade de cinco estrelas do Grupo Visabeira, situada em Penalva do Castelo, na Região Demarcada do Dão, vai integrar a rede espanhola de Paradores. Este é um ponto de viragem na história da rede hoteleira pública espanhola, que até aqui nunca tinha experimentado o modelo de negócio de franchising, nem ultrapassado as fronteiras de Espanha. “É o modelo através do qual os Paradores podem expandir o seu negócio tanto dentro como fora de Espanha. Trata-se de exportar os standards da cadeia a unidades que cumpram as condições necessárias e incorporem valor, prestígio e qualidade”, afirmou Isabel Borrego, secretária de Estado do Turismo de Espanha, durante a apresentação do contrato, no passado dia 22 de Setembro, em Madrid, onde também estiveram presentes o secretário de Estado do Turismo português, Adolfo Mesquita Nunes, e os presidentes do Grupo Visabeira Turismo e dos Paradores, Frederico Costa e Ángeles Alarcó, respectivamente.
Para Frederico Costa, este contrato é importante por três razões: para o Grupo Visabeira, que desta forma “conseguirá viabilizar melhor o investimento feito na requalificação da Casa da Ínsua, permitindo o acesso a um maior número de potenciais clientes, ao mesmo tempo que aumenta os standards de qualidade do serviço”; para o próprio País e região Centro de Portugal, na medida em contribuirá para uma maior atracção do mercado espanhol e, por último, “é um marco histórico para os Paradores, porque é a primeira unidade internacional da rede”.
O facto de a rede espanhola ainda não ter nenhuma unidade em Portugal terá pesado na escolha do Grupo Visabeira, explica Frederico Costa. Mas não só, o tipo de oferta do hotel (histórica/patrimonial e numa geografia desafiante), bem como a sua localização próxima a Espanha, foram os principais motivos que levaram o grupo a querer fazer este contrato com os Paradores.
Segundo Frederico Costa, as negociações começaram no início deste ano e foi preciso debater diversas questões legais, fiscais, comerciais, de sistema, de ‘pricing’, de comissionamento e de estrutura. No entanto, este contrato não exigiu um “investimento estrutural” do grupo, garante, uma vez que o hotel “encontra-se num estado de conservação exemplar e enquadra-se bem no conceito dos Paradores”. Quanto às mudanças, a marca Montebelo (marca ‘umbrella’ do grupo) será substituída pela Parador e o próprio nome do hotel deverá ter esta marca, adianta o responsável. O hotel sofrerá ainda algumas adaptações, entre as quais, adequação de serviço, decoração, sinalética, fardamento e algumas questões de atendimento ao cliente e de serviços serão também revistas.
Mais-valias para o hotel
Frederico Costa não tem dúvidas sobre os benefícios que a marca Paradores poderá trazer ao hotel. Desde logo, “uma muito maior exposição internacional e uma dinâmica comercial mais eficaz”, que culminarão em melhores resultados. Na opinião do responsável, a marca também trará à Região Centro uma maior notoriedade no mercado espanhol, “que se traduzirá, espera-se, em mais procura para o destino”, defende.
Resultados
Como franchisado da marca Paradores, a Casa da Ínsua estima superar os 45% de taxa de ocupação no final do segundo ano de operação e um “preço médio melhor do que aquele que é actualmente registado”, afirma o responsável, lembrando que a taxa de ocupação na região Centro é de apenas 37% .
Como franchisado dos Paradores, a Casa da Ínsua e qualquer outro franchisado podem beneficiar do acompanhamento profissional e personalizado em diversas áreas, nomeadamente operações, comunicação, compras, entre outras, “mas a que se destaca mais talvez seja a comercial”, afirma Frederico Costa. “Nesta área contamos com o acesso à sua força de vendas, às promoções, à dinâmica no digital, ao sistema de fidelização que conta com 700 mil membros, como ainda do apoio da rede externa da Turespaña”, explica.
A partir do mês do Outubro, o grupo Visabeira pretende organizar visitas à Casa da Ínsua no sentido de dar a “conhecê-la desta forma renovada ao sector e não só”.
“A Casa da Ínsua preenche todos os requisitos dos Paradores em matéria de qualidade, atenção ao cliente, serviço de excelência e o edifício emblemático encaixa perfeitamente com a singularidade dos Paradores”, Ángeles Alarcó
Sobre a possibilidade de existirem outros Paradores em Portugal, Frederico Costa reconhece que poderá ser uma oportunidades para o Grupo Visabeira. “Face à experiência que adquiriu neste longo período de negociações e de adaptações, bem como à sua capacidade para intervir em diferentes áreas, desde a construção até às telecomunicações, o grupo pode apoiar ou associar-se de alguma forma a próximos candidatos a Paradores em Portugal ou noutros Países”.
Em declarações ao Publituris, a presidente dos Paradores, Ángeles Alarcó, confirma: “Gostaríamos muito de incluir na nossa rede vários hotéis em Portugal, desde que agreguem valor à nossa marca”. “A Casa da Ínsua preenche todos os requisitos dos Paradores em matéria de qualidade, atenção ao cliente, serviço de excelência e o edifício emblemático encaixa perfeitamente com a singularidade dos Paradores”, refere. A responsável garante que as expectativas para a unidade portuguesa “são boas, os nossos clientes, ‘Amigos de Paradores’, abraçaram este novo Parador muito bem e estão a fazer muitas reservas”.
Sobre o tipo de projectos que interessa à marca, Alarcó explica que os Paradores “procuram estabelecimentos que estão alinhados com a cultura e visão estratégica da empresa e que assumam um compromisso de longo prazo com este projecto. As unidades devem estar em funcionamento, devem ser emblemáticas e terem uma localização única, que fortaleça a imagem dos Paradores e devem estar fora da zona de influência da rede já existente. No caso da Casa da Ínsua, o Parador mais perto é o Parador de Ciudad Rodrigo (Salamanca), que fica a 125 quilómetros de distância. ¶