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Alojamento

Dormidas e proveitos na hotelaria sobem de Janeiro a Setembro

Todos os indicadores registaram crescimentos, segundo os dados mais recentes do INE. Os proveitos totais cresceram 12,5%, enquanto o número de hóspedes aumentou 8,5% e as dormidas 6,3%.

Raquel Relvas Neto
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Dormidas e proveitos na hotelaria sobem de Janeiro a Setembro

Todos os indicadores registaram crescimentos, segundo os dados mais recentes do INE. Os proveitos totais cresceram 12,5%, enquanto o número de hóspedes aumentou 8,5% e as dormidas 6,3%.

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Em Setembro, as unidades hoteleiras registaram 5,6 milhões de dormidas e 1,9 milhões de hóspedes, o que representa um aumento de 6,2% e 10,7%, respectivamente, face ao período homólogo de 2014. No acumulado de Janeiro a Setembro, o crescimento foi de 6,3% nas dormidas e 8,5% no número de hóspedes, respectivamente.

Segundo o relatório sobre a Actividade Turística do INE, para este aumento contribuiu a performance do mercado interno, que verificou uma subida de 5% nas dormidas, enquanto também os mercados externos cresceram 6,6%. Nos oito meses do ano, as dormidas de residentes aumentaram 5,2% e as dos não residentes 6,8%.

A evolução das dormidas em Setembro entre os vários tipos e categorias de estabelecimentos foi maioritariamente positiva, com destaque para as pousadas (+11,1%), hotéis de uma ou duas estrelas (+11,0%) e aldeamentos turísticos (+10,7%). Nos hotéis (65,4% do total), as dormidas aumentaram 7,2%, enquanto nos hotéis-apartamentos (+1,0%) se observaram decréscimos nas unidades de cinco, três e duas estrelas.

No que diz respeito aos principais mercados emissores, tanto o mercado inglês, como alemão, francês, espanhol, italiano e norte-americano registaram subidas, com destaque para estes dois últimos que tiveram uma evolução positiva nos primeiros nove meses de 16,6% e 20,1%, respectivamente. O Brasil, indica o INE, repetiu a evolução negativa, com uma queda de 16,6% em Setembro e 0,6% de Janeiro a Setembro.

As dormidas aumentaram em todas as regiões, com maior intensidade nos Açores (+19,2%), no Norte (+16,3%) e no Alentejo (+11,8%). Os principais destinos foram o Algarve (37,6%), Lisboa (23,1%), Norte (12,4%) e Madeira (11,7%) de quota das dormidas.

Em Setembro, os proveitos totais da actividade dos estabelecimentos de alojamento fixaram-se em 296,8 milhões de euros e os de aposento em 217,3 milhões de euros, equivalendo a acréscimos de 14,7% e 16,9%, respectivamente.

Nos nove meses de 2015, os proveitos totais obtiveram um aumento de 12,5% e os de aposento de 14,4%.

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Soltour disponibiliza preços especiais em alojamento para o verão

O Bedbank da Soltour powered by WebBeds disponibiliza mais de 430.000 hotéis em mais de 16.000 destinos. Entre os destinos incluídos na oferta, a Soltour destaca Roma, Londres, Paris e Berlim.

A Soltour, operador turístico independente no segmento de sol e praia em Portugal e Espanha, está a oferecer alojamento em hotéis de três e quatro estrelas a preços especiais, através do Bedbank da Soltour powered by WebBeds. Desta forma, disponibiliza mais de 430.000 hotéis em mais de 16.000 destinos espalhados pelo mundo inteiro.

“Esta nova promoção é mais um passo no nosso esforço para oferecer às agências de viagens soluções, neste caso que proporcionem a opção ‘Hotel Only’ a preços com condições únicas, que lhes permite oferecer aos viajantes experiências em cidades de diferentes partes do mundo, sem terem de se preocupar com excessos orçamentais”, explica Luís Santos, diretor comercial da Soltour para Portugal e Espanha.

Entre os destinos incluídos na oferta, a Soltour destaca Roma, por 67 euros; Londres, disponível a partir de 91 euros; Paris, a partir de 88 euros e Berlim, desde 71 euros. As reservas para esta oferta limitada estarão disponíveis até quinta-feira, 18 de abril, para viagens durante o verão.

Além desta campanha, de 18 a 25 de abril, a Soltour oferece preços especiais para a Grécia e para o Chipre, sendo que para reservas de última hora neste mês de abril, e para o fim-de-semana prolongado de maio, a Soltour disponibiliza preços especiais em todos os destinos do seu catálogo.

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GuestReady registou mais de 16 mil reservas no primeiro trimestre de 2024

O número de reservas registado no primeiro trimestre de 2024 representa um aumento de 18% face ao período homólogo, sendo que neste período o maior número de reservas em Portugal foi feito por portugueses, franceses e espanhóis.

A GuestReady, empresa que atua no setor do Alojamento Local em Portugal e na Europa, fechou o primeiro trimestre deste ano com mais de 16 mil reservas em Portugal, nas cerca de 1.300 unidades de alojamento que tem sob gestão no país.

Em nota de imprensa, a GuestReady dá conta de que este valor “representa um crescimento de 18% face ao número de reservas registadas em igual período do ano passado”, com as reservas a mostrarem também uma tendência para serem mais longas, numa duração média de 4,7 dias.

A empresa refere que o preço por noite aumentou ligeiramente no Porto, “apesar de ser superado pelos valores ainda praticados em Lisboa, cidade que também recebe turistas com maior poder de compra e mais estadias de média duração, incluindo de nómadas digitais”.

A taxa média de ocupação nacional manteve-se em cerca de 67% no primeiro trimestre, com as regiões do Porto e de Lisboa a registarem as taxas médias de ocupação mais elevadas, próximas dos 80%.

No que respeita ao primeiro trimestre de 2024, a GuestReady afirma que a Páscoa foi o período com maior procura por Alojamento Local, impulsionando a taxa média de ocupação no país para os 75% no mês de março.

“Temos assistido a um crescimento da procura com a aproximação do bom tempo e, já no final de março, com o período da Páscoa, assistimos a um fim-de-semana de forte interesse, especialmente por parte de espanhóis, que correspondem a mais de 40% dos hóspedes recebidos nesta época,” explica Rui Silva, diretor-geral da GuestReady em Portugal.

Das mais de 16 mil reservas de Alojamento Local registadas no primeiro trimestre deste ano, os mercados que fizeram mais reservas no país fora, os portugueses (17%), franceses (16%) e espanhóis (16%). No entanto, Rui Silva salienta que, apesar dos bons resultados, foi notório um abrandamento não só da procura, mas também da subida dos preços quando comparado com o fim-de-semana da Páscoa de 2023.

“Os resultados destes meses foram positivos, mas a evolução de preços e a ocupação não foram iguais aos anos anteriores. Podemos atribuir isto à redução do poder de compra em toda a zona euro devido à elevada inflação, sendo os europeus os que mais viajam para Portugal, mas estamos bastante otimistas para os próximos meses, sobretudo na época do verão”, termina.

Fundada em 2016, a GuestReady é uma empresa que opera em tecnologia imobiliária centrada na gestão de arrendamentos a curto e médio prazo. Está atualmente ativa em sete países e várias cidades, incluindo destinos turísticos como Paris, Londres, Lisboa, Madrid e Dubai.

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Go4Travel elege novo Conselho de Administração

A Go4Travel realizou esta terça-feira, 16 de abril, a assembleia-geral para a eleição do seu Conselho de Administração, que teve lugar nas instalações da empresa, em Lisboa.

Agora, o novo Conselho de Administração, composto por nove elementos, passa a exercer funções durante o triénio 2024-2026, ficando responsável pela representação das agências acionistas da Go4Travel, delineando e executando a estratégia de desenvolvimento da empresa.

“Assumimos, com um enorme sentido de dever e responsabilidade, a missão de representar os acionistas da Go4Travel nos próximos três anos e contribuir para o crescimento contínuo da empresa. Queremos manter uma relação de proximidade, confiança e transparência com os acionistas, envolvendo as agências Go4Travel e os nossos parceiros numa estratégia centrada na inovação, no desenvolvimento tecnológico e na valorização do nosso maior ativo: as pessoas”, refere João Matias, presidente do Conselho de Administração da Go4Travel.

Desta forma, além de João Matias ter sido eleito presidente do Conselho de Administração, a lista ficou completa com os vogais Joana Godinho de Matos, sócio-gerente da Wide Travel & Events; João Moreira Pinto, sócio-gerente d’A Tropical-Agência de Viagens e Turismo, Lda.; Tiago Madureira Rodrigues, sócio-gerente da WTS-World Travel Services, Lda.; Ricardo Mateus Ferreira, sócio-gerente do grupo Osíris; Miguel van Zeller de Moser, Managing Director da Vega – Agência de Viagens e António Lourenço Moreno, administrador da Club Tour Porto e Club Tour Lisboa.

Foram ainda eleitos como vogais suplentes Tiago Gomes, diretor operacional da Lusanova, Excursões e Turismo, Lda.; António Alves, gerente de Saftur – Viagens e Turismo Lda.

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Marina de Vilamoura International Boat Show apresenta 27ª edição na Nauticampo

Para o evento é esperada a presença de mais de 50 marcas das várias áreas do setor e cerca de 80 mil visitantes.

A 27ª edição do Marina de Vilamoura International Boat Show vai ser apresentada durante a Nauticampo – Salão Internacional de Navegação de Recreio, Desporto Aventura, Caravanismo e Piscinas, que este ano decorre entre 17 e 21 de abril na FIL – Feira Internacional de Lisboa.

O Marina de Vilamoura International Boat Show surge da organização conjunta da Marina de Vilamoura e da FIL – Feira Internacional de Lisboa, constituindo-se como um “ponto de encontro dos principais players da indústria náutica”, como referido em nota de imprensa. Desta forma, o evento constitui “uma oportunidade para dar a conhecer os principais lançamentos e novidades do setor, permitindo experienciar e testar os equipamentos”.

Integrada nas comemorações dos 50 anos da Marina de Vilamoura, a 27ª edição do International Boat Show reúne todas as tipologias de barcos, novos e seminovos (brokerage), num total de mais de uma centena de embarcações. Junta também fabricantes, representantes de marcas de acessórios, equipamentos e serviços integrados.

À semelhança dos anos anteriores, é esperada a presença de mais de 50 marcas das várias áreas do setor e cerca de 80 mil visitantes.

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Real Madrid World abre portas no Dubai

O parque temático inserido no Dubai Parks™ and Resorts conta com mais de 40 experiências e atrações, entre elas a primeira montanha-russa de madeira da região e a montanha-russa mais alta do mundo.

O Real Madrid World abriu portas no Dubai a 9 de abril, naquele que é o primeiro parque temático dedicado ao clube madrileno.

Instalado no Dubai Parks™ and Resorts, o novo parque celebra o futebol e o basquetebol do Real Madrid, com mais de 40 experiências e atrações. Aqui é possível visitar os balneários dos jogadores do Real Madrid e explorar o santuário que guarda os troféus vencedores do clube, além de várias atrações e espetáculos de entretenimento.

Este parque temático inclui também a primeira montanha-russa de madeira da região, a “Hala Madrid Coaster”, que encapsula as emoções da jornada do Real Madrid com as Taças Europeias. De destacar também a Stars Flyer, que com 460 pés de altura, é considerada “a montanha-russa mais alta do mundo”, como referido em nota de imprensa.

Os adeptos podem ainda explorar uma coleção de produtos oficiais e de merchandising do clube no Real Madrid World, onde são convidados a personalizar as camisolas do clube e outros objetos colecionáveis.

Composto por três zonas principais – Avenida dos Campeões, Praça da Celebração e Avenida das Estrelas – o Real Madrid World está aberto de domingo a quinta-feira, das 12h00 às 21h00. De sexta-feira a sábado, o parque abre às 12h00 e encerra às 22h00.

As atrações do Real Madrid World

As 40 atrações do parque incluem a White Hearts, uma exposição que celebra o passado, presente e futuro do clube, bem como a Bernabéu Experience, uma “interpretação teatral que oferece aos adeptos acesso exclusivo ao balneário, ao centro do campo e a um santuário que guarda as 14 Taças Europeias de futebol e as 11 Taças Europeias de basquetebol”.

A pensar nas famílias, o parque conta com a montanha-russa familiar Wave – La Ola e com o Campo de Treino La Fábrica, constituído por um parque infantil para visitantes de todas as idades, com bolas de futebol e equipamento de treino miniatura para as crianças praticarem a modalidade.

O Real Madrid World conta ainda com a atração “Mãos ao Alto!”, uma torre que convida os hóspedes a erguer a Taça da Vitória junto com a equipa.

Créditos: Real Madrid World

O parque disponibiliza também campos de treino e programas de futebol, onde os hóspedes com idade igual ou superior a seis anos são convidados a participar numa experiência que combina aprendizagem, trabalho de equipa e diversão, começando com uma sessão de aquecimento, seguida pela aprendizagem de alguns truques básicos, terminando com a participação num pequeno jogo baseado em equipas para mostrar as suas habilidades.

Além de espaços de alimentação, como o Hala Madrid Restaurant, o Real Madrid World oferece ainda mais de 15 conjuntos diários de espetáculos.

O passe diário para visitar o Real Madrid World está disponível online ou na entrada por 295 dirhams (AED), ou seja, cerca de 75 euros.

Leia também: Turismo do Dubai aposta no crescimento do mercado português

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Mercan adquire o Hotel Califórnia Urban Beach em Albufeira

O grupo hoteleiro investiu mais de 13 milhões de euros nesta unidade hoteleira, num valor onde já estão incluídas as obras de reabilitação do edifício. Sob gestão da AHM – Ace Hospitality Management, o Hotel Califórnia Urban Beach conta com 31 postos de trabalho.

O grupo Mercan adquiriu o Hotel Califórnia Urban Beach, localizado na Praia dos Pescadores, em Albufeira, atribuindo a sua gestão à AHM – Ace Hospitality Management, empresa pertencente ao mesmo grupo.

O Hotel Califórnia Urban Beach já está a operar sob a gestão da AHM desde o início de abril, sendo que a aquisição da unidade hoteleira foi concretizada pelo grupo Mercan no final de dezembro de 2023. Em nota de imprensa o grupo explica que, apesar da data de aquisição, “só agora, com a conclusão do período de transição, o hotel da Praia dos Pescadores passa a ser oficialmente gerido pela Mercan”.

O grupo investiu mais de 13 milhões de euros nesta unidade hoteleira, num valor que inclui as obras de requalificação do edifício. Para este hotel, que inclui piscina exterior com vista para a cidade de Albufeira, além de um spa com piscina interior aquecida, circuito de águas e serviço de massagens e tratamentos de beleza, o grupo Mercan afirma ter criado 31 postos de trabalho.

Em comunicado, o grupo refere que este investimento “reforça a confiança do grupo no potencial hoteleiro da região do Algarve”, onde já detém em desenvolvimento o Hotel Indigo Faro Ribeirinha; o Lagos Marina Hotel, Curio Collection by Hilton; o Hilton Garden Inn Lagos; o Marriott Lagos e o Hard Rock Hotel Algarve, localizado em Portimão, cuja abertura está prevista para 2026.

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Francisco Calheiros: “Cá estaremos para dar voz a todos os ramos do turismo representados na CTP”

Na tomada de posse dos órgãos sociais da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) para o mandato de 2024-2027, que teve lugar esta terça-feira na Sociedade de Geografia de Lisboa, Francisco Calheiros, presidente desta confederação, afirmou que apesar de estarem “cientes dos desafios”, vão continuar “a dar voz a todos os ramos do turismo representados na CTP com vista à defesa dos seus interesses”.

Carla Nunes

Apontando que “o país e o turismo enfrentam atualmente vários desafios internos”, nomeadamente “a decisão sobre o novo aeroporto, a privatização da TAP, a execução do PRR e questões fiscais e laborais”, aos quais acrescem a instabilidade a nível internacional, o presidente da CTP afirma que “é muito difícil fazer previsões de curto ou médio prazo, muito menos a longo prazo”.

No entanto, mostra-se seguro ao afirmar que “o turismo é valor” e que “mesmo enfrentando todas as incertezas, resiste como um dos setores que mais contribui para o país, seja através dos impostos que paga, do emprego que gera e do investimento que realiza”.

Indicando que a confederação “não representa apenas os interesses empresariais do turismo”, assumindo também “uma importância muito relevante na sociedade civil”, Francisco Calheiros afinca que a CTP continuará a “influenciar decisões estratégicas para o turismo, através de compromissos, de consensos sociais e institucionais”. No entanto, deixa um aviso: “Não contarão connosco para facilitismos”.

“Vamos continuar, neste mandato, a tudo fazer para influenciar decisões que permitam a construção de legislação mais adequada ao estabelecimento de políticas públicas cada vez mais eficientes, mais amigas do investimento e da iniciativa privada, mais propiciadoras da geração de riqueza e do fortalecimento do tecido empresarial da atividade económica do turismo”, declarou.

CTP define 11 eixos estratégicos para 2024-2027

Para o efeito, Francisco Calheiros refere que a CTP definiu “11 eixos estratégicos” de atuação, nomeadamente: crescimento, dimensão e internacionalização das empresas; transportes, com acessibilidades aeroportuárias e ferroviárias, além da privatização da TAP; promoção turística externa; fiscalidade e custos de contexto; reforma do Estado; concertação social, capital humano e sua qualificação; transformação digital; fundos comunitários, como o PRR e o PT2030; sustentabilidade ambiental; reforço do papel do associativismo do turismo e demografia.

Apesar de afirmar que todos estes eixos são importantes, o presidente da CTP destaca “o tema dos transportes, com a necessidade imperiosa de um novo aeroporto”, através de “uma decisão que tenha em conta o curto, o médio e o longo prazo”.

Refere ainda que Portugal e o turismo necessitam de “uma reforma do Estado, para que se torne mais ágil, menos burocrático e que olhe mais para as empresas” – que, acrescenta, “necessitam de pagar menos impostos e ter menos custos de contexto, assim como é necessário redefinir os apoios à internacionalização e o reforço da promoção externa do país”.

Numa nota final, Francisco Calheiros afirma que “estes são temas bem conhecidos” dos atuais ministro da Economia, Pedro Reis e do Secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, que acredita que vão “delinear as políticas públicas necessárias, já que conhecem a atividade turística, os seus problemas e desafios”.

O tempo “da decisão, da execução e da implementação”

Na sua primeira intervenção pública enquanto ministro da Economia, Pedro Reis afirmou na tomada de posse da CTP que “este é o tempo da decisão, da execução, da implementação”.

No seu entender, “o desafio do país e deste Governo é a execução”, apontando que “a economia portuguesa tem desafios interessantes e oportunidades estratégicas”, como “a internacionalização, a inovação, a capitalização, o talento, o ganho de escala, produtividade e competitividade”. Neste contexto, Pedro Reis considera o turismo “como um setor estratégico” para a economia, referindo a sua “capacidade de desmultiplicação noutros setores”.

“Não sou dos que acha que temos demasiado turismo. O desafio, sim, é termos mais indústria, mais comércio e serviços, e mais agricultura e agroindústria. E verão que, se o conseguirmos, diluímos virtuosamente a nossa economia em mais setores estratégicos. Para isso precisamos de uma visão integrada e articulada da economia”, termina.

O local escolhido para a tomada de posse dos órgãos sociais da CTP para o mandato de 2024-2027, na Sociedade de Geografia de Lisboa, teve em conta o facto de ter sido aí que se realizou 1.º Congresso Nacional de Turismo, em 1936, além do 4.º Congresso Internacional de Turismo, em 1911, como referiu Francisco Calheiros.

Sobre o autorCarla Nunes

Carla Nunes

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Hoteleiros questionam aumento da taxa turística em Lisboa e pedem “transparência” na relação com o Turismo

Após a Câmara Municipal de Lisboa dar conta da pretensão de duplicar a taxa turística de 2 para 4 euros, a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) mostra-se “preocupada” relativamente a uma decisão que descreve ter sido tomada “sem fundamentação e uma análise aprofundada, particularmente à luz das ações anteriores do Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa (FDTL)”.

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Em nota de imprensa, a AHP afirma que reuniu a 4 de abril com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa e os participantes do FDTL, onde declara ter manifestado “a necessidade de que sejam divulgados os projetos e iniciativas apoiadas pelo fundo, exclusivamente constituído pelas receitas provenientes das taxas turísticas cobradas pelos estabelecimentos hoteleiros e pelas plataformas de alojamento local”.

No mesmo documento, a associação considera que é necessária uma atualização de um estudo realizado em 2019 sobre a perceção e os impactos da atividade turística em Lisboa: “Ao tempo, era extremamente positiva e, agora, parece ser a razão para a duplicação da taxa”, refere a AHP em comunicado.

A AHP recorda que, desde 2016, o este fundo acumulou cerca de 170 milhões de euros, direcionados para o investimento em infraestruturas turístico/culturais, além de programas de dinamização da procura, onde se incluem o apoio a congressos e eventos culturais, e o financiamento da higiene e limpeza urbana da cidade de Lisboa.

Dá como exemplos o financiamento de: 50% do Museu das Jóias da Coroa no Palácio da Ajuda; um terço do projeto do Museu Judaico; 80% do novo Cais de Lisboa e Estação Sul/Sueste; do “Pilar 7” da Ponte 25 de Abril, incluindo o viaduto pedonal e ciclável; a melhoria da experiência turística em Belém e a sinalética do Eixo Central. Refere ainda que este fundo cobriu “integralmente” as taxas da WebSummit e, ainda, todas as despesas com a sua realização, que caberiam à Câmara Municipal Lisboa. Acresce a utilização do fundo nos programas de dinamização da procura, em que se inclui o Eurofestival da Canção e a Jornada Mundial da Juventude, e a contribuição anual, de 7,6 milhões de euros, para o reforço da higiene e limpeza urbana. Como a AHP refere, “há inclusivamente freguesias, como Santa Maria Maior, Santo António ou Arroios, cujo orçamento anual já provém 10% a 15% da receita da taxa turística”.

No entanto, a associação sublinha que, dos 170 milhões de euros, estão apenas consumidos 95 milhões de euros, no período entre 2016 e 2023. Frisa ainda que “a falta de divulgação dos apoios é notória”.

Por essa razão, a AHP aponta para a “importância da transparência na utilização dos fundos turísticos provenientes da cobrança de taxas” e apela à “sua divulgação eficaz”.

“Para a AHP, é essencial que os lisboetas estejam cientes dessas iniciativas, dos recursos investidos e do retorno que o turismo tem para a cidade e para o país. Antes de se pensar em aumentar a taxa que é cobrada também aos portugueses que se alojam em empreendimentos turísticos em Lisboa, se pondere o porquê do aumento e onde é que vão ser consumidos esses novos recursos”, refere a associação.

Bernardo Trindade, presidente da AHP, afirma que “a medida unilateral e extemporânea de aumentar a taxa antes de cumpridos os pressupostos acordados é, sem dúvida, precipitada e interrompe uma relação de confiança com o setor turístico, apesar de se dizer o contrário”.

“Para além deste possível aumento, a Câmara Municipal de Lisboa está em falta com o setor turístico há vários anos. Após o aumento da taxa de 1 para 2 euros, o compromisso incluía a construção de um centro de congressos. Não estando em causa o esforço feito para identificar uma localização, o facto é que o Centro de Congressos não foi construído, ainda que a receita tenha sido cobrada. Não negamos as externalidades negativas do turismo na cidade, mas exatamente por isso vemos que estão a ser compensadas pela taxa turística. De resto, estão ainda no FDTL 60 milhões de euros para investir na cidade, em benefício de todos, residentes e visitantes. É, por isso, fundamental que este dinheiro, cobrado pelos hoteleiros da cidade de Lisboa e entregue nos cofres da câmara, não seja usado em despesas correntes, mas antes para o desenvolvimento sustentável do Turismo na cidade. É também importante saber os fins a que se destina o aumento”, conclui o responsável.

Numa nota final, a AHP mostra-se “comprometida em trabalhar em conjunto com as demais entidades que gerem o Fundo de Desenvolvimento Turístico, bem como com a Câmara Municipal de Lisboa, para garantir que as decisões tomadas em relação ao turismo da cidade sejam justas, transparentes e em benefício de todos”.

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Marriott International acrescenta 100 hotéis e 12.000 quartos ao portfólio europeu até 2026

A Marriott prevê juntar mais 100 hotéis e 12.000 quartos às já existentes 800 unidades, cerca de 150.000 quartos, 25 marcas em 47 países, na Europa até finais de 2026.

Victor Jorge

Foi no International Hospitality Investment Forum, em Berlim (Alemanha), que a Marriott International anunciou planos para adicionar cerca de 100 hotéis e mais de 12.000 quartos ao seu portfólio na Europa através de conversões de hotéis e projectos de reutilização adaptativa, até ao final de 2026. Os hotéis previstos representam mais de 40% do pipeline de desenvolvimento europeu que a empresa deverá abrir durante esse período.

Recorde-se que a Marriott International já possui mais de 800 propriedades com cerca de 150.000 quartos, 25 marcas em 47 países e territórios europeus.

“Continuamos a assistir a um crescimento significativo em toda a Europa através de oportunidades de conversão e de reutilização adaptativa, reforçando a confiança que os nossos proprietários e franchisados têm na Marriott International, uma vez que procuram reposicionar activos e maximizar os retornos”, afirmou Satya Anand, presidente, Europa, Médio Oriente e África, Marriott International.

O mesmo adiantou ainda que “as conversões oferecem aos proprietários e franchisados a oportunidade de tirar partido das nossas marcas bem estabelecidas, dos custos de afiliação competitivos, dos motores de criação de receitas da empresa e do Marriott Bonvoy – o nosso premiado programa de viagens com mais de 200 milhões de membros”.

A Marriott está a assistir a um “impulso na conversão de hotéis e em projectos de reutilização adaptativa” em países como Itália, Reino Unido, Espanha e Turquia, e em todos os segmentos de marca.

A nova marca midscale da Marriott – Four Points Express by Sheraton – estimulou oportunidades de conversão na região desde seu lançamento em 2023, tendo a Marriott lançado a marca em resposta à crescente procura dos consumidores por alojamento fiável e acessível na Europa, Médio Oriente e África.

No segmento selecionado, os hotéis Moxy, AC Hotels by Marriott, Four Points by Sheraton e Residence Inn by Marriott representam mais de 25% dos acréscimos previstos pela empresa através de projectos de conversão e reutilização adaptativa na Europa até ao final de 2026. No segmento premium, o Tribute Portfolio e a Autograph Collection representam mais de 20% das adições previstas na Europa durante o mesmo período.

A empresa também está a assistir a um aumento nas oportunidades de conversão e reutilização adaptativa no segmento de luxo na Europa, com The Luxury Collection, W Hotels, The Ritz-Carlton e St. Regis Hotels & Resorts a representarem mais de 10% das adições previstas na região até ao final de 2026.

“Estamos a assistir a um interesse significativo por parte de hoteleiros independentes, promotores e investidores que procuram tirar partido da eficiência e das vantagens de renovar e mudar a marca de hotéis e propriedades existentes”, concluiu Jerome Briet, Chief Development Officer, Europa, Médio Oriente e África, Marriott International.

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Lufthansa revê resultados para 2024 em baixa

O Grupo Lufthansa reduziu a sua previsão de lucros para o ano 2024 em quase 500 milhões de euros após o primeiro trimestre de 2024, explicando que as várias greves dos trabalhadores da própria empresa e parceiros levaram a um resultado significativamente mais fraco.

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Numa base preliminar, o Grupo Lufthansa registou uma perda de EBIT ajustado de 849 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024, quando em período homólogo esse resultados foi negativo em 273 milhões de euros).

O prejuízo foi maior do que o esperado devido a várias greves, tanto de diferentes grupos de funcionários dentro do Grupo como de funcionários de parceiros, que impactaram os ganhos em cerca de 350 milhões de euros. O fluxo de caixa livre ajustado do Grupo foi positivo em 305 milhões de euros, principalmente devido à continuação do elevado rendimento dos pagamentos antecipados de bilhetes.

Assim, o Grupo prevê que o resultado operacional do segundo trimestre seja inferior ao do ano anterior.

Para o exercício de 2024, o grupo germânico prevê agora que o EBIT ajustado seja de cerca de 2,2 mil milhões de euros, em comparação com 2.682 milhões de euros no ano anterior.

“Os efeitos ainda imprevisíveis da recente escalada do conflito no Médio Oriente e outras incertezas geopolíticas colocam em risco as perspectivas para o ano inteiro do Grupo”, referem os responsáveis alemães em comunicado.

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