Termas registam crescimento de 55% até Março
A procura por tratamentos termais na vertente do bem-estar continua a crescer, apesar do termalismo clássico ser a vertente mais procurada
Patricia Afonso
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A procura por tratamentos termais na vertente do bem-estar continua a crescer, apesar do termalismo clássico ser a vertente mais procurada. Quem o diz é Teresa Vieira, presidente da Associação das Termas de Portugal (ATP).
Em entrevista ao Publituris, Teresa Vieira explicou a evolução do negócio no primeiro quadrimestre de 2015, assim como as regiões eleitas pelos visitantes.
Leia a entrevista à presidente da ATP, na íntegra, neste artigo:
Como foi 2014 para o segmento termal em Portugal? E já este primeiro semestre de 2015?
Teresa Vieira: O primeiro trimestre de 2015 começou com um crescimento de 55% de utentes face ao período homólogo, sobre um total anual de 100 mil utilizadores e um volume de negócios de 17 milhões de euros em 2014 em turismo de saúde e bem-estar.
As termas portuguesas são também cada vez mais procuradas para a vertente de bem-estar, que representa 45% da procura, embora pese apenas 10% no volume de negócios face ao termalismo clássico, que continua a ser a vertente mais procurada.
Qual o impacto económico desta actividade?
TV: O sector emprega directamente 5.000 pessoas, sendo um grande impulsionador das regiões. Os números de 2014 revelam que as termas foram procuradas por mais de 100 mil termalistas, com um total de 500.000 dormidas na hotelaria termal , representando cerca de 11% das dormidas decrescentes da região centro e da região Norte, face a grande concentração de balneários termais nestas duas regiões.
Quais os principais mercados que vêm até Portugal?
TV: O mercado espanhol, pela relação de proximidade e facilidade de acessos, o mercado francês muito devido aos portugueses emigrantes que nos procuram para efectuar tratamentos termais. O mercado alemão, poderá vir a ser um dos mais importantes para o termalismo nacional. A razão deve-se ao facto de ser o maior mercado europeu emissor neste segmento, seja na perspectiva da procura de programas de prevenção e lazer, mas também do ponto de vista da procura de tratamentos terapêuticos. Neste último caso, com a vantagem das caixas seguradoras alemãs comparticiparem tratamentos prestados noutros países da União Europeia.
Quais as regiões nacionais mais fortes no segmento?
TV: Maioritariamente na região Centro, seguindo-se a região Norte, regiões onde se localiza a generalidade do nosso património termal, pelo que a procura está concentrada.
Quais as perspectivas para este ano?
TV: Este ano, face aos resultados do primeiro trimestre e aos indicadores do segundo trimestre, perspectivamos um crescimento da actividade. A reabertura de termas que em 2014 estiveram encerradas para requalificação, importantes para o sector faz-nos acreditar na continuidade da recuperação face aos últimos anos. No entanto, ainda estaremos longe dos números do setor anteriores a 2011, cuja recuperação depende também da reposição das políticas de saúde (comparticipação dos tratamentos).
O que esperam deste Congresso de Hidrologia Médica, quer em termos de conclusões, quer número de participantes?
TV: Ao congresso da sociedade portuguesa de hidrologia médica, tem permitido nos últimos anos a apresentação e discussão de estudos médico científicos, nacionais e internacionais, que se vão realizando nesta área e que comprovam a eficácia da terapêutica termal não só para o tratamento de doenças mas também para a sua prevenção e promoção da saúde . Face à importância da contínua credibilização médica da terapêutica termal para setor ( onde o termalismo terapêutico representa 90% do volume de negócios ), concessionários e gestores termais geólogos e médicos aproveitam este congresso anual para discutir esta área de atividade multidisciplinar, poente. O encontro com as universidades – temas do congresso deste ano, denota a importância estratégica da investigação para o setor , em todas as variantes: recurso hidrogeológico, terapêutico, turístico. Será certamente um dos congressos mais concorrido de sempre.
Em paralelo a própria ATP terá uma sessão dedicada ao Portugal 2020 e as oportunidades para o sector .