Edição digital
Assine já
PUB
Fórum

A nossa sina: aviação com gestão estrangeira e incerteza sobre o euro e a Europa

Na despedida de Junho, a actualidade aborda temas delicados, desde a saída, ou não, da Grécia da zona euro, aos atentados por alegados terroristas islâmicos em Sousse na Tunísia, Lyon na França, e Kuwait, perspectivando um complicado verão turístico, em especial para a Tunísia e França.

Humberto Ferreira
Fórum

A nossa sina: aviação com gestão estrangeira e incerteza sobre o euro e a Europa

Na despedida de Junho, a actualidade aborda temas delicados, desde a saída, ou não, da Grécia da zona euro, aos atentados por alegados terroristas islâmicos em Sousse na Tunísia, Lyon na França, e Kuwait, perspectivando um complicado verão turístico, em especial para a Tunísia e França.

Sobre o autor
Humberto Ferreira
Artigos relacionados
TAAG retoma este ano voos entre Luanda e Praia, via São Tomé
Aviação
Miradouro do Zebro é nova atração turística no concelho de Oleiros
Destinos
Faturação dos estabelecimentos hoteleiros em Portugal ultrapassou os 6MM€ em 2023
Alojamento
Portugueses realizaram 23,7 milhões de viagens em 2023
Destinos
Allianz Partners regista crescimento em todos os segmentos de negócio
Destinos
Azul celebra mais de 191 mil passageiros no primeiro aniversário da rota para Paris
Aviação
Octant Hotels promove-se nos EUA
Alojamento
“A promoção na Europa não pode ser só Macau”
Meeting Industry
APAVT destaca “papel principal” da associação na promoção de Macau no mercado europeu
Meeting Industry
Comitiva portuguesa visita MITE a convite da APAVT
Destinos

humberto-ferreira.jpgNa despedida de Junho, a actualidade aborda temas delicados, desde a saída, ou não, da Grécia da zona euro, aos atentados por alegados terroristas islâmicos em Sousse na Tunísia, Lyon na França, e Kuwait, perspectivando um complicado verão turístico, em especial para a Tunísia e França.
Em Paris os taxistas, fartos da indulgência estatal face à expansão da Uber em França, provocaram violentos cortes de trânsito, que levaram o Governo a extinguir os serviços Uber enquanto não cumprirem exigências idênticas aos taxistas locais. Justo!
De 25 a 28: quatro dias com uma mistura de notícias trágicas, urgentes, e diversificadas entre positivas e apressadas.
Por cá a Antral assinalou o Dia do Táxi e lançou uma aplicação para smartphone, enquanto, nos dias mais quentes do ano, muitos portugueses optaram pelas praias e outros pelas festas de São João e São Pedro, conversando sobre o martírio aos gregos nas sessões contínuas do Eurogrupo e do estado-maior desta união inclinada para satisfazer ingleses e americanos.
NEGÓCIOS AÉREOS – Por cá, a assinatura do contrato de venda da TAP correu bem no Terreiro do Paço. Seguiu-se o encontro de David Neeleman e Humberto Pedrosa com gestores da Vinci e Ana sobre o futuro do aeroporto de Lisboa. Depois David Neeleman voou para ultimar outro acordo importante: a parceria da Azul com a United Airlines (líder de um dos três grupos americanos de aviação, parceira da Lufthansa e da aliança Star que integra a TAP).
O acordo Azul II abrange a venda de 5% das acções da Azul à United, incluindo um lugar na administração da Azul, um programa comum de lealdade para passageiros das duas empresas, e códigos comuns nos voos EUA-Brasil-América do Sul.
No Publituris esforçamo-nos sempre para revelar análises alargadas sobre a complexa evolução do sector.
ALIANÇA TRIPARTIDA – Foram dias com boas notícias para a Azul, que dispõe de três eixos: a TAP Na Europa, a United nos EUA, e agora do eixo global entre TAP-Star-Azul-United.
Novidade que passou despercebida em Portugal, onde pouco se sabe da Azul, ou se esta vai ou não operar em rede com a TAP, como pretende fazer com a United.
A Azul opera mais de 900 voos diários para 100 destinos, com uma frota de 145 aviões. Emprega mais de 10.000 tripulantes e é o maior cliente da TAP Engenharia e Manutenção nos hangares de Porto Alegre e Galeão: a «odiada» filial da TAP no Brasil (negócio acima de 700 milhões de euros, entretanto liquidado), que com gestores lusos serve as frotas da Azul, da canadiana Transat, e TAP, prestigiando a tecnologia lusa no Brasil.
Em 2015 a Azul conquistou o 5º prémio Skytrax de melhor companhia aérea da América do Sul. E em 2014 os prémios da melhor low-cost mundial pela CAPA e da companhia brasileira mais pontual pela Infraero.
A sua base principal é em Guarulhos-São Paulo, e as rotas mais populares são para a Amazónia, Rio de Janeiro, Paraná, Belo Horizonte, Florida, etc. Vai intensificar com os novos parceiros voos para mais destinos nos EUA, Caraíbas, e Europa, certamente via Lisboa pela TAP.
A Azul gere o programa de lealdade «TudoAzul». O Barclays Bank foi o parceiro financeiro do acordo Azul-United. E a United voa para o Brasil desde 1992 de Chicago, Houston, Nova Iorque, e Washington.
PROJECÇÃO MUNDIAL DA EUROAVIAÇÃO – As marcas que dominam o mercado europeu são dos grupos Lufthansa, British Airways-Iberia, AirFrance-KLM, e eventualmente a parceria Alitalia-Ethiad.
Com a venda da TAP ao consórcio Gateway aguardam-se as reacções do grupo Ethiad (que inclui AerLingus, Air Berlin, Air Serbia, Darwin, Jet Airways, Alitália, etc); a evolução da aviação na Holanda, Bélgica, Suíca, Áustria, Finlândia, Dinamarca, Suécia, Noruega, e Irlanda, depois da integração das respectivas linhas aéreas nos citados grupos. Concretizadas as ofertas pela TAP e AerLingus, no espaço único aéreo passam a voar apenas empresas privadas europeias.
Terá Portugal mercado para oito companhias? Quatro regulares: TAP, PGA, as empresas Sata Regional e Sata Internacional; e quatro charter: EuroAtlantic, Omni-White, AeroVip, Hi Fly, etc.
PARCERIAS TRANSATLÂNTICAS – Convém seguir a evolução das parcerias transatlânticas até porque o consórcio TAP-Azul tem essa matriz e a TAP fica mais ligada à Azul-United.
Da venda da TAP faltam os valores e prazos concretos para a recapitalização, e indispensável aumento do capital, assim como da dívida a prazo, no montante de 1062 milhões de euros, da responsabilidade dos novos donos, mas dependendo da evolução das receitas da própria TAP e do clima sociolaboral a instalar.
A marca internacional, a experiência, as rotas e slots, os mercados, e o prestígio de 70 anos da TAP valem acima de 350 milhões.
Apresentaram-se a este concurso público internacional, dois empresários nacionais interessados na TAP, ambos sem experiência nesta área.
Humberto Pedrosa foi o escolhido por David Neeleman e pelo jurí do concurso. Creio que os dois farão uma boa parceria.
ESTRANGEIROS ARRISCAM MAIS – Ao furor pelas privatizações junta-se a febre da venda de negócios a estrangeiros para empobrecer a nossa economia. Por exemplo, a Mota Engil negoceia a venda da sua vasta área de transportes portuários e logística ao grupo turco Yildirim – Yilport Holdings, incluindo a Tertir, Liscont, Takargo, Sadoport, Sotagus, etc.
A rede Portugal Telecom é de uma empresa francesa. Também crescem seguradoras, e hospitais privados, resorts de bem-estar de empresas chinesas. A Lusofonia revela-se, assim, um projecto irrevelante, além da queda para a banca.
TAP-AZUL – O caderno de encargos do Ministério da Economia obriga a nova administração da TAP a manter sede em Portugal, a marca, o hub de Lisboa, evitar despedimentos colectivos, apesar da inevitável reestruturação operacional e comercial. A parceria 34/61 Estado-Gateway dependerá, assim, do crescimento da aviação, economia europeia e turismo internacional, a par da competência dos respectivos núcleos de gestão e controlo das obrigações.
Agrada-me a nova forte imagem dos aviões a verde e encarnado. Neeleman e Pedrosa querem expressar a garantia da TAP continuar a ser a companhia de bandeira de Portugal, o que pouco interessa, tratando-se de conceito desactualizado.
Por outro lado não apreciei as linhas mestras divulgadas por Neeleman e Pedrosa, após o contrato de compra e venda da maior exportadora lusa, por um escasso sinal de dois milhões de euros.
Pretendem aumentar oito a dez rotas para o Brasil e dez para os EUA, mas vão reduzir algumas rotas intraeuropeias, e desistir das rotas da China (devido aos problemas que as linhas estrangeiras têm encontrado naquele mercado?).
SUBAVALIAÇÃO – A TAP descurará três potenciais mercados mundiais geradores de tráfego: Ásia, Pacífico, e Médio Oriente. Perdendo-se a experiência que a TAP colheu antes de 1999 (ano da devolução de Macau a Pequim), com a construção, gestão, e criação do aeroporto de Macau e da Air Macau.
A TAP tinha encomendado 12 jactos A350 SWB para competir com as rotas orientais que pretendia abrir em 2017, e que ficam sem efeito, apesar dos mercados sul e norte-americano também exigirem aviões avançados. Tem sido um ponto fraco do grupo TAP em termos de concorrência.
E quem sabe onde as empresas aéreas europeias encontram mais dificuldades? Se nos EUA? Ou na China e Médio Oriente?
FROTA, MERCADOS E GESTÃO – Os novos dirigentes da TAP prometem 53 novos aviões até 2017, sendo 14 do modelo A330-900NEO e 39 da família A320-321 (para médio curso, onde vão reduzir rotas não essenciais). A PGA pode usar Embraers mais recentes.
E qual é o plano para melhorar o Hub de Lisboa?
Intensificar o trânsito de tráfego oriundo de África, Brasil e nos voos TAP de New York e Miami, via Lisboa para pontos na Europa e África?
A TAP tem rentáveis fontes em Angola, Moçambique, Brasil, Colômbia (?) e África do Sul? Além de parcerias no âmbito da Aliança Star, incluindo a United.
O Médio Oriente é outro mercado a explorar, através de parcerias com a Emirates e outras dinâmicas empresas que não param de abrir rotas no quadro das alianças Star, Worldspan e Skyteam. Nesta terceira aliança opera a parceria das empresas AF-KLM e Gol (brasileira e rival da Azul).
E quanto à distribuição de 5% das acções aos trabalhadores, capitalização dos 34% devidos pelo Estado (que tem permitido há anos a esta empresa pública funcionar com capital negativo), e à nomeação do respectivo administrador público no novo conselho, nada se sabe!
Continuarei atento e espero ter coberto, sob o habitual ângulo, o essencial desta nova parceria TAP-Azul.

Sobre o autorHumberto Ferreira

Humberto Ferreira

Mais artigos
Artigos relacionados
TAAG retoma este ano voos entre Luanda e Praia, via São Tomé
Aviação
Miradouro do Zebro é nova atração turística no concelho de Oleiros
Destinos
Faturação dos estabelecimentos hoteleiros em Portugal ultrapassou os 6MM€ em 2023
Alojamento
Portugueses realizaram 23,7 milhões de viagens em 2023
Destinos
Allianz Partners regista crescimento em todos os segmentos de negócio
Destinos
Azul celebra mais de 191 mil passageiros no primeiro aniversário da rota para Paris
Aviação
Octant Hotels promove-se nos EUA
Alojamento
“A promoção na Europa não pode ser só Macau”
Meeting Industry
APAVT destaca “papel principal” da associação na promoção de Macau no mercado europeu
Meeting Industry
Comitiva portuguesa visita MITE a convite da APAVT
Destinos
PUB

January 19, 2023, Brazil. In this photo illustration, the TAAG Linhas Aéreas de Angola logo is displayed on a smartphone screen. It is the national airline of Angola, having its headquarters in Luanda

Aviação

TAAG retoma este ano voos entre Luanda e Praia, via São Tomé

O presidente da TAAG revelou que, entre julho e setembro, a companhia aérea de bandeira angolana vai receber novos aviões, o que permite retomar uma rota abandonada em 2016, na altura com a justificação de que as ligações não eram rentáveis.

A TAAG – Linhas Aéreas de Angola vai retomar, ainda este ano, os voos entre Luanda, capital angolana, e a cidade da Praia, em Cabo Verde, numa operação que deverá contar com escala em São Tomé e Príncipe, avança a Lusa, que cita o presidente da companhia.

“Esse é um desafio que temos, não só para a TAAG e para a TACV, mas para os dois povos, no caso os nossos três povos, Angola, São Tomé e Cabo Verde”, afirmou António dos Santos Domingos, após a reunião com o Primeiro-Ministro de Cabo Verde, que decorre no Mindelo, ilha de São Vicente.

A Lusa recorda que a TAAG suspendeu, no final de 2016, os voos diretos entre Luanda e a Praia, com escala em São Tomé e Príncipe, alegando que a rota não era rentável.

No entanto, agora, a TAAG vai, segundo o seu presidente, receber novas aeronaves entre julho e setembro, pelo que a partir dessa altura poderá dizer “o dia concreto” em que será retomada a operação.

António dos Santos Domingos não quis, contudo, revelar mais detalhes sobre a operação, uma vez que ainda decorrem contactos e porque serão as questões económicas a ditar a frequência de voos.

“Nós estamos em negociações com a TACV para encontrarmos a melhor frequência”, explicou, revelando que a TAAG e a TACV vão renovar o contrato de ‘leasing’ que mantêm por mais um ano.

Recorde-se que a TACV faz ligações internacionais com Lisboa (Portugal), Paris (França) e Bérgamo (Itália), com dois aviões, um deles alugado desde março de 2022 à congénere angolana TAAG.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Miradouro do Zebro é nova atração turística no concelho de Oleiros

A requalificação do Miradouro do Zebro, no concelho de Oleiros, que acaba de ser inaugurado, torna o espaço um atrativo turístico não apenas local, mas também regional e internacional, impulsionando assim a economia local através da visita de turistas.

O Miradouro do Zebro, situado na Freguesia de Estreito-Vilar Barroco (concelho de Oleiros), foi requalificado com projeto desenhado pelo arquiteto Siza Vieira e é o único miradouro em Portugal com a sua assinatura.

Na inauguração estiveram presentes o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, e a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Isabel Damasceno.

Na ocasião, conforme avança nota publicada na página oficial da Câmara Municipal de Oleiros, o secretário de Estado do Turismo destacou a notável influência da “marca global” de Siza Vieira, apontando-a como uma referência, que tem os seus seguidores”, por ser um dos mais premiados arquitetos do mundo, galardoado pelo prestigiado Prémio Pritzker.

Pedro Machado salientou, ainda, que a obra em questão “surge num território improvável, no meio da natureza”, atraindo não apenas estudantes de arquitetura, mas também entusiastas de todo o mundo.

A presidente da CCDRC, Isabel Damasceno considerou que a infraestrutura “é uma mais valia para esta região, que tem características naturais ímpares e é agora um local de visita obrigatório”.

A atração de visitantes a Oleiros foi o objetivo que sustentou a ideia do anterior presidente da Câmara Municipal de Oleiros, Fernando Jorge, que convidou em 2021, o arquiteto a visitar o miradouro e a estudar a sua requalificação. Reforçou que se as pessoas “quiserem ver este que é o único miradouro desenhado por Siza Vieira, terão de vir a Oleiros”.

Já o atual presidente da autarquia de Oleiros, sublinhou que “temos um concelho com locais com vistas maravilhosas” e está a ser estudada “a criação de outros miradouros e um deles está para breve”.

O autarca demonstrou o orgulho que é Oleiros passar a figurar no circuito de obras mundiais de Siza Vieira, lado a lado com outras cidades. Miguel Marques salientou que “se sermos rurais é estarmos aqui, naquilo que é mais genuíno e autêntico, naquilo que é o bem-receber, então podem-me chamar rural que eu fico e ficamos todos muito satisfeitos”.

Refira-se que o miradouro é composto por uma plataforma de planta circular, de 15 metros de diâmetro, fixada na rocha, com vista panorâmica, instalada a 30 metros do solo e a 150 metros desde o fundo do vale.

 

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Alojamento

Faturação dos estabelecimentos hoteleiros em Portugal ultrapassou os 6MM€ em 2023

Os estabelecimentos hoteleiros em Portugal faturaram 6. 021 milhões de euros o ano passado, o que representou uma subida de 20,1% face a 2022, de acordo com dados da análise setorial da Informa D&B.

Segundo a Informa D&B, cuja análise abrange  hotéis, unidades de alojamento local, aparthotéis, apartamentos turísticos, estabelecimentos de turismo no espaço rural e de habitação, aldeamentos turísticos, Quintas da Madeira e pousadas, o valor deste setor aumentoi em todas as zonas geográficas de Portugal, com destaque para as Regiões Autónomas dos Açores (+26,2%) e da Madeira (+23,2%), bem como para as zonas de Lisboa (+24,4%) e Norte (+24,2%).

A empresa especialista no conhecimento do tecido empresarial revela ainda que o número de hóspedes rondou os 30 milhões, o que representa um crescimento de 13% face a 2022, enquanto as dormidas totalizaram cerca de 77,2 milhões, mais 11%. As dormidas dos residentes em Portugal subiram 2,1%, para os 23,4 milhões, e a dos residentes no estrangeiro crescerem 14,9%, atingindo quase 54 milhões. Os britânicos mantiveram-se como os clientes estrangeiros em maior número, representando 12,8% das dormidas totais, à frente dos alemães (7,9%) e dos espanhóis (7,1%).

No que diz respeito à capacidade hoteleira disponível em Portugal, os dados são de 2022, que dão conta de um crescimento significativo quando comparado ao ano anterior. Assim, segundo o mesmo estudo, o total de camas disponíveis em dezembro de 2022 rondava as 458 mil, mais 13,1% que no ano anterior. Ainda em dezembro de 2022, o número de estabelecimentos em atividade aumentou 13,1% face a 2021, aproximando-se dos 7.100., com a atividade hoteleira bastante concentrada nas zonas do Algarve (quase 29% das camas disponíveis), Lisboa e Norte, com cerca de 21% e 18%, respetivamente, e na zona Centro, com 14%.

No ranking das tipologias, mais de metade do total de camas correspondia, em 2022, a hotéis, seguindo-se as unidades de alojamento local, com 18,1%, os aparthotéis, com 10,1%, os apartamentos turísticos (7,7%), os estabelecimentos de turismo no espaço rural e de habitação (6,6%), os aldeamentos turísticos (4%) e as pousadas (0,9%).

 

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

Mais artigos
Destinos

Portugueses realizaram 23,7 milhões de viagens em 2023

Em 2023, as viagens realizadas pelos residentes em Portugal cresceram 4,6% e atingiram um total de 23,7 milhões, no entanto ainda abaixo dos registos de 2019 (-3,2%). Se no país as viagens aumentaram 2,4%, ao estrangeiro subiram 21,5%, segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo INE, que classifica estes de máximos históricos.

Dados do INE sobre a procura turística dos residentes referentes ao ano de 2023, publicados esta sexta-feira, revelam que o a alojamento particular gratuito, com 61,3% das preferências, aumentou a sua expressão, (+0,2 p.p. face a 2022), enquanto a duração média das viagens foi de 4,08 noites, contra 4,18 noites no ano anterior. Espanha (41,6%; +3,2 p.p.), França (10,1%, -0,7 p.p.) e Itália (6,9%, +0,2 p.p.) mantiveram-se como os principais países de destino nas deslocações dos residentes ao estrangeiro, tendo a União Europeia representado 79% do total de viagens ao estrangeiro. Na totalidade do ano de 2023 (resultados provisórios), realizaram-se 23,7 milhões de viagens, o que representa um aumento de 4,6% face a 2022 (-3,2% face a 2019).

Avança o INE que no total do ano passado, o motivo de 50,1% das viagens foi o “lazer, recreio ou férias” correspondendo a 11,9 milhões de viagens, +4,1% quando comparado com o 2022, mas -2,0% face à pré-pandemia. A “visita a familiares ou amigos” foi o segundo principal motivo para viajar (38,2%), tendo sido contabilizadas 9,0 milhões de viagens. Os motivos “profissionais ou de negócios” representaram 7,2% do total (1,7 milhões de viagens), tendo aumentado 4,9% face a 2022, mas com uma quebra de 15,5% face ao período pré-pandemia.

No período em análise, as viagens nacionais cresceram 2,4% (-4,3% face a 2019), representando 86,4% do total (-1,9 p.p.), as viagens ao estrangeiro aumentaram 21,5% (+4,1% comparando com 2019). A região Centro manteve a 1ª posição como principal destino das viagens realizadas em território nacional, concentrando 29,8% do total (-0,5 p.p. face a 2022), seguindo-se o Norte (23,7% do total), que ganhou representatividade face ao ano anterior (+2,4 p.p.).

No total do ano 2023, em 38,9% do total das viagens (+1,6 p.p. face a 2022), os residentes optaram por recorrer a serviços de marcação prévia, sendo que nas viagens ao estrangeiro esta foi a opção em 92,2% (-0,9 p.p.) das situações. O recurso à internet ocorreu em 25,7% (+0,5 p.p.) das viagens, 19,2% nas que tiveram como destino Portugal (-0,2 p.p.) e 66,9% nas viagens ao estrangeiro (-1,8 p.p.).

Só no 4º trimestre de 2023, os residentes em Portugal realizaram 5,1 milhões de viagens, o que correspondeu a um crescimento de 2,9%. As viagens em território nacional corresponderam a 86,7% das deslocações (4,5 milhões), tendo aumentado 1,5%. As viagens com destino ao estrangeiro cresceram 12,9%, totalizando 683,6 mil viagens, o que correspondeu a 13,3% do total.

O recurso à internet na organização de viagens continuou a ganhar expressão, no 4º trimestre de 2023, principalmente nas deslocações ao estrangeiro (35,3% das viagens foram efetuadas recorrendo à marcação prévia de serviços), enquanto a reserva antecipada de serviços esteve associada a 26,5% das deslocações em território nacional.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Allianz Partners regista crescimento em todos os segmentos de negócio

Em 2023, a Allianz Partners registou um desempenho recorde, com crescimento em todos os segmentos de negócio. A área dos seguros de viagem registou um aumento de 8,0%, com 3,297 mil milhões de euros de receitas em 2023.

A Allianz Partners acaba de apresentar os resultados financeiros de 2023, registando 9,3 mil milhões de euros em receitas totais e um lucro operacional de 301,2 milhões de euros. Este é o desempenho financeiro mais forte da história da Allianz Partners. Todas as linhas de negócio registaram um crescimento sustentado, impulsionado pelo aumento das viagens internacionais, crescimento de dois dígitos em mobilidade e assistência e crescimento recorde de 23,4% no negócio de saúde da Allianz Partners. Quase 73 milhões de casos de assistência foram tratados globalmente em 2023, o equivalente a 200 mil casos por dia.

A área dos seguros de viagem registou um aumento de 8,0%, com 3,297 mil milhões de euros de receitas em 2023. Esta evolução significativa foi impulsionada pelo crescimento na Ásia-Pacífico, América do Norte e Europa. A recuperação do setor das viagens na Austrália e na Nova Zelândia impulsionou o crescimento das viagens, na sequência do fim de todas as restrições à entrada e saída de viajantes. O desempenho das viagens na América do Norte manteve-se, contribuindo para um novo aumento dos canais offline e do negócio B2C. O crescimento europeu foi impulsionado principalmente pelo setor dos serviços financeiros no Reino Unido, juntamente com as companhias aéreas e as agências de viagens em França. Com o recente lançamento da aplicação móvel Allyz, a Allianz Partners continua a sua expansão e investimento em plataformas digitais para clientes.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Aviação

Azul celebra mais de 191 mil passageiros no primeiro aniversário da rota para Paris

A Azul abriu a rota para Paris a 26 de abril de 2023 e, ao longo do primeiro ano de operação, realizou 308 voos e transportou mais de 191 mil passageiros para a capital francesa.

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras está a assinalar esta sexta-feira, 26 de abril, o primeiro aniversário da rota para Paris-Orly, França, período ao longo do qual a transportadora aérea realizou 308 voos para a capital francesa e transportou mais de 191 mil passageiros.

“Os resultados do nosso voo para Paris superaram todas as expectativas, mesmo sendo uma das cidades mais turísticas do mundo. Construímos as nossas operações com base na conectividade, aproximando regiões que antes estavam isoladas, e hoje estamos mais próximos da Europa. Desde o início deste mês, passamos a operar mais uma frequência semanal para garantir ainda mais opções para os nossos clientes”, congratula-se André Mercadante, diretor de Planeamento da Azul.

A Azul começou a operar a rota para Paris com seis voos por semana, número que passou, entretanto, para sete voos semanais, que partem do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, São Paulo, pelas 17h50, chegando à capital francesa às 10h20. Em sentido inverso, a partida de Paris decorre às 12h50, chegando em Campinas às 19h50.

A Azul é atualmente a única companhia aérea brasileira que voa diretamente para Paris, cidade que vai receber, este ano, os Jogos Olímpicos, aos quais a Azul também associou, sendo patrocinadora oficial da seleção brasileira e assinalando o evento com menus especiais a bordo dos seus voos.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Alojamento

Octant Hotels promove-se nos EUA

A Octant Hotels apresentou as suas oito unidades em dois eventos nos EUA que passaram por Chicago e Boston, entre 16 e 18 de abril, e nos quais foram também dados a conhecer os pilares da marca.

A Octant Hotels promoveu, entre 16 e 18 de abril, um evento promocional nos EUA, que serviu para dar continuidade à estratégia de apresentação dos hotéis da marca no mercado internacional e que passou pelas cidades de Chicago e Boston.

Num comunicado enviado à imprensa, a Octant Hotels explica que “esta aproximação ao mercado estadunidense permitiu demonstrar a hospitalidade portuguesa e destacar as várias regiões e tradições de Portugal”.  

Além de dar a conhecer as unidades da marca, o evento serviu também para apresentar os dois pilares da Octant Hotels, concretamente o localismo e a liberdade, contando ainda com um momento gastronómico a cargo do chef Paulo Leite, chef executivo do Octant Ponta Delgada.   

O evento contou com a participação Luís Mexia Alves, CEO da Discovery Hotel Management (DHM); Filipe Bonina, diretor de Marketing da DHM; e Gonçalo Mexia Alves, Head of Sales da DHM.

“Cada hotel Octant é único e irrepetível e traz uma oferta inovadora, com experiências autênticas e singulares, pois não existem dois Octant iguais, pela sua localização, a sua história, as tradições e as suas gentes. Ter dado a  conhecer os nossos pilares de localismo e liberdade num mercado tão importante como o do Estados Unidos, permitiu uma aproximação às nossas raízes e à cultura portuguesa”, refere Filipe Bonina, diretor de Marketing da DHM.

Recorde-se que a Octant Hotels conta atualmente com oito unidades hoteleiras que oferecem 539 quartos em Portugal, localizando-se de norte a sul do país, incluindo a ilha de S. Miguel, nos Açores.   

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Meeting Industry

“A promoção na Europa não pode ser só Macau”

Depois de anunciar a cimeira da ECTAA em Macau, em 2025, Maria Helena de Senna Fernandes, diretora da DST de Macau, admitiu que a promoção de Macau terá de passar por uma maior complementaridade de destinos e não limitar-se somente a Macau”.

A promoção de Macau na Europa é uma realidade e a parceira com a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) tem contribuído para esta evidência. Maria Helena de Senna Fernandes, diretora da Direção dos Serviços de Turismo (DST) de Macau, explicou isso mesma durante a abertura da MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau, ao frisar que “a APAVT foi um grande parceiro durante muitos anos, mesmo antes da transferência [da soberania de Macau de Portugal para a República Popular da China em 20 de dezembro de 1999] até agora e ajudou-nos, para além de Portugal, a abrir a porta para a Europa”.

A vinda do congresso da APAVT e da cimeira da ECTAA para Macau, em 2025, é, por isso, vista por Senna Fernandes como “um passo importante e que temos vindo a realizar em parceria com a APAVT tanto nas iniciativas em Portugal [Roadshow e BTL] como em Espanha [FITUR]”.

Quanto às possíveis melhorias de conectividade entre Portugal e Macau, Senna de Fernandes admitiu que “esse é o nosso grande sonho”, revelando que “ainda não há muitos avanços a este nível, mas passo a passo, espero que as ligações melhorem”.

A caminho pode estar, no entanto, um voo da Air Macau com ligação a Istambul (Turquia) que a diretora da DST espera que possa acontecer “ainda este ano de 2024” e que é considerado como “mais um passo em frente”. “Estamos sempre de braços abertos, mas claro que as companhias aéreas têm os seus cálculos e nós percebemos esta situação”.

A melhoria, ou melhor, a facilidade de ligação de Hong Kong a Macau também foi assinalada como mais um passo para atrair os turistas a visitar Macau, além de Senna Fernandes considerar que “a forma como Macau está a promover-se na Europa também terá de ser integrada com outros destinos”.

“A promoção na Europa não pode ser só Macau, porque quem faz uma viagem de longo curso não está só à procura de um destino, também quererá visitar a China, Hong Kong, a Grande Bahia, por exemplo”, concluiu a diretora da Direção dos Serviços de Turismo de Macau.

*O Publituris viajou para a MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – a convite da APAVT. 
Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Meeting Industry

APAVT destaca “papel principal” da associação na promoção de Macau no mercado europeu

No dia da abertura da 12.ª edição da MITE, Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, destacou o papel da associação no posicionamento de Macau no mercado europeu. A organização do congresso da APAVT e cimeira da ECTAA, ambas em 2025, são consideradas boas plataformas para a promoção junto dos diversos mercados da Europa.

A 12.ª edição da MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – serviu para o anúncio da cimeira da ECTAA, bem com de Macau como “Destino Preferido” para 2025.

Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), referiu, no discurso de abertura e deste anúncio que se trata de uma “grande oportunidade de juntar um importante mercado de origem – Europa – e os destinos turísticos de Macau, fazendo essa extensão lógica a toda a China”.

Na realidade, a APAVT, que realizará o 50.ª congresso precisamente em Macau, em 2025, teve “o papel principal”, segundo o presidente das APAVT, no que será a realização da cimeira da ECTAA em Macau, frisando Pedro Costa Ferreira que “tivemos a ideia, colocámo-la primeiramente a Macau, tentando perceber se havia interesse, e havendo todo o interesse, colocámo-la ECTAA que respondeu, desde logo, de forma positiva”.

“Sentimos que existe um estreito laço de confiança entre a APAVT e o Turismo de Macau que, como todos os laços de confiança que são fortes, demorou algum tempo a reformar-se, mas que parece estar hoje no ponto fortalecer-se”.

De resto, Pedro Costa Ferreira salientou que a relação próxima entre a APAVT e Macau passa, justamente, por “Portugal constituir uma porta de entrada para a China, mas também Portugal ser visto como porta de entrada para a Europa. Se olharmos para a China enquanto mercado emissor, é só o primeiro mercado emissor mundial. Portanto, todos terão interesse em implementar este tipo de relação”.

Quanto ao que poderia aumentar o número de turistas portugueses em Macau, o presidente da APAVT é lacónico: “comunicação, comunicação, comunicação e, depois, estruturação de oferta”.

“A comunicação é fundamental porque a verdade é que Macau, apesar de tudo, quando se fala do Oriente, não está no top of mind dos portugueses”, considera Pedro Costa Ferreira. “Depois é preciso conhecimento e não foi por acaso que apostámos [APAVT] no e-learning”, até porque, de acordo com o presidente da APAVT, “os agentes de viagens costumam vender o que conhecem e sentem-se confiantes a vender o que conhecem. Portanto, sem conhecer fica mais difícil” e, por isso, a vinda de agentes de viagens à MITE “ajuda a conhecer a oferta existente”.

Já no que toca à estruturação de produto, “Macau não deve ser visto como um destino per si para o mercado emissor europeu, nem mesmo para o português”, admite Pedro Costa Ferreira, salientando que “o português pode ter um tempo médio de estadia um pouco mais prolongado em Macau, mas o que faz sentido é juntar Macau com outras realidades, sejam elas de pura praia, quer realidades mais culturais e mais recentes do ponto de vista das tradições do turista europeu, que é a própria China”.

Para isso, é, no entanto, necessária conectividade, assinalando Pedro Costa Ferreira que “um voo direto [Portugal – Macau] ajudaria imenso”.

*O Publituris viajou para a MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – a convite da APAVT. 
Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Destinos

Comitiva portuguesa visita MITE a convite da APAVT

Segundo a APAVT, esta missão internacional a Macau visa “promover o intercâmbio entre as agências e operadores turísticos portugueses e as suas congéneres em Macau”, no âmbito do programa «Macau: Destino Preferido da APAVT 2024».

Publituris

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) está a promover uma missão internacional a Macau, que conta com  o apoio do Turismo de Macau e que vai passar pela MITE-Macau International Travel Exhibition, que decorre entre 26 e 28 de abril.

Segundo um comunicado divulgado pela associação, esta missão internacional a Macau conta com uma comitiva de associados e líderes da distribuição europeia e visa “promover o intercâmbio entre as agências e operadores turísticos portugueses e as suas congéneres em Macau”, no âmbito do programa «Macau: Destino Preferido da APAVT 2024».

“Pela primeira vez, e por iniciativa da APAVT, a comitiva incluirá também representantes da nossa congénere espanhola, a CEAV, bem como da ECTAA-Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos, num esforço conjunto para promover o desenvolvimento das relações turísticas entre Macau e o mercado europeu. A comitiva é composta por um total de três dezenas de profissionais do setor, especialmente convidados por Macau”, detalha a APAVT.

Além da visita à feira de turismo de Macau, os participantes nesta missão internacional contam com um “intenso programa que inclui encontros B2B e outras iniciativas que visam reforçar as relações bilaterais e estabelecer novas parcerias estratégicas, com vista ao incremento do volume de turismo, nos dois sentidos”.

“É conhecida a proximidade entre a APAVT e Macau, proximidade construída através de trabalho conjunto contínuo, sempre com o objetivo de incrementar os fluxos turísticos entre Portugal , Macau e a China em geral. A atual comitiva é um passo em frente muito significativo neste trabalho conjunto, ao alargar o esforço de aproximação a duas comunidades internacionais que integramos e muito prezamos – a Aliança Ibérica, constituída pela APAVT e a espanhola CEAV, e a ECTAA”, afirma Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT.

*O Publituris foi um dos convidados pela APAVT para integrar esta missão empresarial a Macau, sobre a qual vai ser possível saber mais nas próximas edições do jornal Publituris.

 

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2021 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.