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Leia o artigo de opinião de Mafalda Patuleia, directora do Departamento de Turismo da Universidade Lusófona.
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É normalmente por esta altura do ano que a UNWTO publica os resultados mundiais do turismo. E na perspectiva mundial, os dados estão ai: o turismo representa 9% do GPD, 6% das exportações mundiais e em termos de empregabilidade, um em cada 11 empregos é na área do turismo (WTO: 2014). São números que representam alguma satisfação para quem trabalha nesta área. Mesmo em Portugal os números são animadores, apesar de vários especialistas referirem que, o nosso país, está com os mesmos dados estatísticos de 2001. Considerações à parte, a verdade é que recentemente saiu um estudo sobre a empregabilidade na área do turismo, onde fazia referência à intenção de 74% dos profissionais de turismo e lazer quererem mudar de emprego, uma vez que apenas 26% beneficiaram de um aumento salarial (Hays, 2014). Até aqui parece-me ser um mal transversal a toda a economia portuguesa. A questão relevante assenta no facto do mesmo estudo acrescentar que 43% dos profissionais está insatisfeito com o salário actual e que 92% dos inquiridos apresenta disponibilidade para trabalhar no estrangeiro.
Tenho tido oportunidade de referir as várias incongruências que existem no ensino superior educativo do turismo e que muitas vezes acabam por enviar para o mercado de trabalho, profissionais com pouca visão sobre, o que de facto significa a realidade laboral. E que por sua vez, faz com que muitos se questionem até que ponto é que estes profissionais estão qualificados para auferirem salários mais compatíveis com o cargo que exercem. Todos sabemos que esta realidade não é recente e está a agravar-se. Mas a verdade é que o espaço de manobra que é deixado às IES (Instituições de Ensono Superior) é cada vez menor devido às restrições e desorientações legais impostas pela tutela. Veja-se o que tem acontecido aos avanços e recuos referentes à legislação que regula o titulo de especialista (profissionais que têm cabimento nas IES). No mínimo perturbador!
Penso que chegamos a um ponto sem retorno, onde a lamuria não tem mais espaço. O momento exige uma acção concertada de todos os intervenientes da actividade, onde as academias e o mercado de trabalho têm um papel fundamental na resolução desta questão. Os primeiros passos já estão a ser dados. Esperemos que o novo ano nos traga medidas concretas neste panorama que afecta o desempenho de toda a actividade turística.
Um bom ano para todos.