Algarve aposta em novas formas de combate à sazonalidade
Apesar do destino ter atingido valores recordes em 2014, Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve, considera que “não é uma sustentabilidade que possamos estar satisfeitos”. Para o responsável, há “muita cama para ocupar”.
Raquel Relvas Neto
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De forma a atenuar a sazonalidade sentida no destino, o novo Plano de Marketing Estratégico para o Turismo do Algarve para o período 2015-2018 tem como componentes a “estruturação do produto e ofertas que queremos integrar e complementar na região”. Os produtos em destaque no plano de marketing dividem-se em três prioridades: Produto consolidado, no qual se integra o Sol & Mar, Golfe e Turismo residencial; Produto em Desenvolvimento, onde estão o Turismo de negócios, Turismo de natureza e Turismo Naútico; e ainda Produto complementar, destacando a Gastronomia e Vinhos, Touring e Turismo de saúde.
São sobretudo os produtos em desenvolvimento que vão ter especial atenção por parte do plano de acções, pois, segundo João Fernandes, vice-presidente da Região de Turismo do Algarve, estes são “os próximos ‘golfes’”, remetendo para a importância que o golfe tem no combate à sazonalidade no destino.
Os planos de acção previstos no plano de marketing, que foi aprovado por unanimidade pelo Conselho de Marketing da RTA, estão centrados em sete eixos: articulação entre agentes do sector; desenvolvimento de uma cultura regional em prol do turismo, com campanhas de sensibilização para os residentes, agentes do sector e população estudantil; marketing intelligence; acessibilidade aérea; qualificação dos recursos humanos e serviços; promoção; e enriquecimento da oferta.
O orçamento previsto para a execução do Plano de Marketing é superior a 6 milhões de euros, que, segundo o vice-presidente da RTA, João Fernandes, “tem as fontes de financiamento asseguradas”.
Este plano está a ser trabalhado em conjunto com a Associação de Turismo do Algarve (ATA), de forma a levar estas estratégias aos restantes mercados emissores internacionais, além do mercado interno alargado já assegurado pelas acções da RTA.
Para encetar este plano, Desidério Silva, presidente da RTA, salientou a importância de trabalhar em rede “e envolver todos os parceiros da região para esta oferta integrada”, de forma que na época baixa “possa vir a ter um número maior de turistas”.
O responsável fez referência ainda à falta de apoios que a região tem tido nos últimos anos: “Tudo isto se faz, mas a região não tem tido os apoios necessários para desenvolver todas estas actividades e todas estas acções. É minha preocupação enquanto Região de Turismo do Algarve também, junto do Turismo de Portugal, da Secretaria de Estado e do Governo, transmitir a falta de investimento em infra-estruturas e eventos que possam continuar a reforçar a marca e aquela região”. O responsável realçou que a região passou do “80 para o 8” no que diz respeito aos eventos realizados fora da época alta, que, de certa forma, potenciavam a vinda de turistas nestas alturas.
Neste sentido, Desidério Silva destacou que, no âmbito do novo quadro comunitário, é intenção da RTA “apresentar candidaturas para duas áreas extremamente importantes: o reforço da marca e identidade da região; e também para a concretização do Plano de Marketing Estratégico do Algarve.”