“Não cabe ao Estado vender casas”
Adolfo Mesquita Nunes referiu esta quarta-feira que o papel do Governo no Turismo Residencial é o de criar condições ao sector privado.
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No âmbito da 1ª Conferência Nacional de Turismo Residencial, Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado de Turismo, referiu esta quarta-feira que “não cabe ao Estado vender casas, nem sequer compete ao Estado ajudar a vender casas. O que lhe compete é criar condições para que quem o quer e saiba fazer o possa conceber. Cabe depois ao sector privado fazer pela vida e, até ver, tem-no feito.”
O responsável referiu ainda a importância do Turismo Residencial em Portugal e como este se encontra desvalorizado em relação à vizinha Espanha: “A quota de mercado de Portugal no âmbito do Turismo Residencial era de cerca de 5% e, comparando com Espanha, que é de 50%, há uma disrupção que não tem qualquer fundamento.”
Referindo-se às condições que o Governo criou para o incentivo ao investimento estrangeiro, Adolfo Mesquita Nunes refere, em primeiro lugar, a reforma do IRC, uma vez que “é importante reforçar a competitividade fiscal e a promoção do investimento”.
“Com o objectivo de simplificar e clarificar os incentivos fiscais para não residentes, foi também criado o novo regime fiscal para residentes não habituais com condições de tributação muito favoráveis e que são um dos mais competitivos da Europa, tanto para trabalhadores no activo, como para reformados”, acrescenta o SET.
João Cotrim de Figueiredo, presidente do Turismo de Portugal, também presente neste encontro, destacou os quatro pilares dos desafios do turismo em Portugal, em que assenta a estratégia que o instituto está a seguir.
Para o responsável, em primeiro lugar surge a necessidade da afirmação do turismo: “Isto aplica-se tanto à realidade portuguesa, como à realidade internacional. O Turismo continua a ser visto como uma actividade tão extensa que acaba por não ter a devida afirmação política.”
O segundo pilar foca-se no “aumento da procura tanto quanto possível”. É aqui que há pontos de contacto na promoção genérica da procura turística e a promoção da procura direccionada para o Turismo Residencial”, disse João Cotrim de Figueiredo na 1ª Conferência Nacional de Turismo Residencial.
A oferta ocupa assim o terceiro pilar, que para o presidente do Turismo de Portugal, “é necessário alinhá-la. Isto não significa onde se deve ou não investir, mas sim criar as condições para que, livremente, todos os que são agentes do sector, possam tirar o máximo proveito mediante as regras estabelecidas.”
Por fim, o quarto pilar diz respeito à qualificação, nomeadamente à qualificação dos Recursos Humanos, na qual as Escolas de Hotelaria e Turismo ocupam um papel fundamental.
João Cotrim de Figueiredo diz ainda que “o objectivo do Turismo de Portugal é que o sector possa maximizar de forma sustentada o saldo da balança turística”. Isto é, de forma a aproveitar os recursos que o País tem, de “uma forma sustentada no tempo.”
Para o responsável, “é difícil subestimar a importância do investimento internacional no sector imobiliário” e os “vistos gold têm posto Portugal no mapa nas opções de investimento.”
Aposta na comunicação é fulcral para o Turismo Residencial
Adolfo Mesquita Nunes destacou ainda a importância da comunicação para a aposta no investimento do Turismo Residencial.
Neste âmbito, o responsável refere que “fomos também um pouco mais longe do ponto de vista da comunicação. Procuramos tornar mais eficaz a promoção do nosso destino para potenciais investidores estrangeiros”.
Para o secretário de Estado do Turismo, “não nos basta ter a localização estratégica, (…) mas temos de conseguir comunicar. Para isso, temos uma estratégia de comunicação, com uma plataforma para esse objectivo”, referindo-se ao portal Living in Portugal.
“Foi também desenvolvido um programa mais activo de promoção para o Turismo Residencial, em parceria com a Associação Portuguesa de Resorts, precisamente porque esta coisa de promover necessita de uma grande cooperação com o sector privado”, diz o responsável.
Neste programa estão incluídos a realização de workshops em mercados alvo, acções com a imprensa, entre outras acções, com o intuito de promover o destino a nível internacional.