Empresas portuguesas confiantes em 2015
Barómetro de Viagens de Negócio 2014 revela optimismo dos empresários portugueses.
Patricia Afonso
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A grande maioria das empresas portuguesas espera que a economia e o seu negócio cresçam em 2015, sendo que perto de 1/3 das cerca de 280 empresas inquiridas no Barómetro de Viagens de Negócio Travelstore American Express’ de 2014 pensa investir em novos mercados e 33% está a analisar essa hipótese.
Segundo os dados divulgados na sexta-feira por Fréderic Frérè, CEO da Travelstore, 71% dos inquiridos espera que a economia portuguesa cresça em 2015; enquanto apenas 12% estima um decréscimo; e 17% acredita na estagnação. 73% das empresas acredita que o seu negócio vai aumentar, 12% espera que o negócio cresça acima das expectativa; outros 12% que estagne; e 2% que vai diminuir.
No que respeita a 2014, o volume de viagens profissionais aumentou 4,8% comparativamente ao ano passado; e 32% dos inquiridos já utiliza o sistema de reservas online da sua agência de viagens, contra os 25% verificados em 2013. Ainda na optimização dos custos, a forma preferencial de controlo recai sobre a tarifa mais baixa disponível (18%), seguindo-se a avaliação do ROI da viagem (13%) e o workflow de aprovação (10%).
71% das empresas que participaram nesta análise já tem políticas de viagens e 63% tem mesmo um travel management, cujas prioridades de actuação recaem, maioritariamente, sobre os custos (51%).
Quanto ao processo de reserva, 29% das empresas já deposita a responsabilidade no próprio viajante (contra os 26% de 2013 e 14% de 2011) e 71% tem esse processo centralizado (contra os 74% em 2013 e 86% em 2011).
No capítulo das novas tecnologias, à pergunta sobre o grau de adopção destas nas viagens de negócios, 50% respondeu que usa na fase pre-trip (online booking tool), 27% on trip (lodge card or corporate card), 4% on trip mobile tool e 19% pos trip (end-to-end solution).
Sobre a caracterização das viagens, 60% é dentro da Europa, 33% intercontinental e 7% dentro do próprio País. 19% realiza viagens devido a relações subsidiárias; 17% para assistir a congressos ou conferências; 16% para fidelizar clientes/mercados; 15% para prospecção comercial em novos mercados; 14% justifica com a formação; e 9% com Incentivos.
VIAGENS DE NEGÓCIOS SÃO “ANTE-CÂMARA DE EXPORTAÇÕES”
Na sua intervenção, e no que respeita ao Turismo de Negócios, Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo, salientou a subida do País no ranking da ICCA e valorizou o outgoing das viagens de negócios “dos portugueses para fora de Portugal”, a que chamou de “falsas importações” e “ante-câmara de exportações”, pois estas promovem os serviços de empresas nacionais, que contribuem para o “desenvolvimento da economia do Turismo, criam emprego e pagam impostos em Portugal.”
Além disto, estas viagens são feitas “por necessidade de internacionalização e captação de investimento, num esforço que tem sido essencial para a recuperação da nossa economia.”
“O que queremos são empresas que ganhem escala, internacionalizem-se e promovam as exportações (…), precisamos de empresas dinâmicas e que consigam encontrar novas oportunidades”, afirmou o governante.
Já Horta Osório, CEO do grupo Lloyds, comparou os números do Turismo em Portugal com Espanha e Itália, espelhando que, apesar do crescimento que se tem sentido no mercado nacional, a margem de aumento é ainda muito grande.
Para o banqueiro, que explicou resumidamente a conjuntura económica e a crise que atingiu a economia mundial, é responsabilidade da CGD, “enquanto banco público”, assumir um papel preponderante no financiamento das PMEs, nomeadamente através de um programa de concessão de crédito. Ainda para mais dada a situação do BES, que era responsável por cerca de 20% do financiamento às empresas nacionais.
Outra solução para a banca e o financiamento é a tão aclamada União Bancária dentro da União Europeia, que visa “separar o rating dos países do rating dos bancos”, permitindo que as instituições possam financiar e apoiar as “boas empresas, independentemente do rating dos países.”