“A cultura está a animar a actividade turística” em Portugal
Hélder Ferreira, presidente da Progestur, fala acerca da Conferência Internacional sobre Património Cultural, que decorrerá em Lisboa, de 30 de Outubro a 1 de Novembro.
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“A cultura está a animar a actividade turística de uma forma que desconhecíamos até agora, numa onda que não vai parar”, e quem o diz é Hélder Ferreira, presidente da Progestur, entidade que irá organizar, entre os dias 30 de Outubro e 1 de Novembro, em Lisboa, a ‘Conferência Internacional de Património Cultural e Turismo: Conceitos, Realidades, Perspectivas’.
O responsável explica que “a cultura tem sido um dos elementos com maior responsabilidade, no recente bom momento do turismo em Portugal, alimentando as motivações que mais cresceram em Portugal” e tal não acontece só em Lisboa, mas também nas grandes cidades do Porto, Cascais, Sintra, Coimbra, Aveiro e muitas outras.
No entanto, além de Portugal ter um elevado potencial por explorar neste segmento, “está nas nossas mãos saber planear e preparar o futuro”, “um futuro que faça dos nossos museus um factor de atracção” e “que valorize a nossa diversidade cultural, em tão curto espaço geográfico, de grande riqueza mesmo nos destinos do Sol e Mar, como o Algarve, onde a ameaça de declínio tem de ser combatida através da valorização da cultura.”
Em parceria com a Universidade Lusófona, a conferência organizada pela Progestur contará com ‘keynote speakers’ de relevo na área do turismo cultural, tais como Patrícia Gonzalez (do Museu Guggenheim de Bilbao), Xerardo Pereiro (da UTAD), Gregory Ashworth (da Universidade de Groningen), Melanie Smith (da Budapeste Business School) , José Mogollón (da Universidade da Extremadura), António Filipe Pimentel ( Museu Nacional de Arte Antiga ), Oriol Juvé de Yebra ( Casa da Calçada, Amarante ) e Luís Castanheira Lopes ( Pousadas de Portugal ).
O encontro pretende uma abordagem científica de diversos temas ligados ao turismo cultural, através não só da apresentação de trabalhos de investigadores académicos de todo o mundo, mas também da análise de casos práticos.
Em relação ao número de inscrições, Hélder Ferreira não o revela, mas garante que “temos inscrições de todos os continentes. Para assistir contamos com as turmas da Lusófona das áreas de Turismo, Urbanismo, Cinema e Cultura. Vamos limitar a assistência ao número de capacidade do auditório, mas estamos a receber inscrições de vários organismos e instituições, incluindo autarquias de todo o País”.
O congresso destina-se não só aos académicos, mas também a profissionais e empresários do sector: “Pela diversidade de abordagens, podemos dizer que o primeiro dia se dirige a profissionais do turismo e a agentes culturais, sejam das empresas, das entidades públicas de associações e outros”, diz o responsável.
“Já os dias da segunda fase, por vocação, estão orientados para académicos investigadores, professores e estudantes”, diz Hélder Ferreira.
Questionado acerca das próximas iniciativas da Progestur, o responsável refere que “tivemos certamente o melhor FIMI de sempre mas também festivais como o Astur-Luso ou o Arcu-Atlanticu, que atingiram uma notoriedade muito satisfatória.”
Hélder Ferreira explica ainda que a Progestur tem trabalhado o conceito ibérico: “Estivemos pela primeira vez em eventos que queremos voltar a estar em 2015 como foi o caso da Feira de Mostras em Gijon e da Feira de Vegadeo, isto leva-nos desde já a pensar que no próximo ano mais de 50% da nossa actividade será feita fora de Portugal. Esta abordagem ibérica faz para nós todo o sentido pois se Lisboa é o nosso principal palco de actuação, queremos colher a cultura onde ela está um pouco por todo o País e dá-la a conhecer fora do nosso território”.
“Neste contexto esperamos nos próximos meses assinar vários protocolos de parceria com municípios e entidades quer de Portugal quer de Espanha em particular das Astúrias, estando a nossa programação para 2015 um pouco dependente da conclusão destas parcerias”, conclui.