A aposta em cartazes de eventos de Verão
Leia a opinião de Humberto Ferreira, colaborador do Publituris.
Publituris
Hóspedes e dormidas continuam a subir em fevereiro
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A abertura da época balnear, de 17 de Maio a 19 de Outubro, numa praia de Albufeira, assinalou o início de cinco meses de forte procura no litoral, levando-me a procurar os programas de animação balnear em Visit Portugal, e Visit Lisboa, Porto, Algarve, Madeira, etc. Constatei a falta de estratégia das empresas, regiões e municípios, sem um cartaz específico, a constrastar com os destaques na imprensa da Taça dos Clubes Campeões Europeus, dos treinos de selecções em Portugal para o Mundial no Brasil, do RIR em Lisboa (Rock in Rio) e outros festivais.
Nesse dia, dois tripulantes alemães foram resgatados de um veleiro ao largo de Ferragudo, havendo algumas praias sem areia com as bandeiras azuis retidas. Se as obras forem concluídas até Junho, teremos 298 praias, ou seja, 60% das 495 áreas balneares, e 17 marinas, com bandeira azul. De contrário, os banhistas que descubram o interior.
Mas se em 2013 facturamos mais de 40 milhões de dormidas (subida de 6%, e mais de 10 milhões das quais em Lisboa), em 2014 esperamos muitas mais.
VISITE PORTUGAL – Sem consórcios locais de turismo há poucas provas e torneios desportivos e iniciativas. Concentra-se a aposta em concursos de petiscos tradicionais, festas municipais, romarias, festivais de música, e pouco mais. Faz-se promoção generalista e não temática. Nem nos municípios mais abertos ao turismo, desporto, arte, cultura e outras âncoras locais, se procura cativar grupos de interesses comuns. Mas se este nosso secretismo atrai crescentes milhões de turistas, mudar para quê?
TENDÊNCIAS – Ainda acredito no reforço dos municípios que apostam neste vibrante sector da vida contemporânea, e na reorientação da gestão política e empresarial.
As Festas dos Santos Populares e o Artesanato carecem de actualização e promoção, tal como os surpreendentes hotéis e hostels merecem mais destaque. Os cruzeiros fluviais do Douro ganharam expressão mundial graças à Douro Azul e seus parceiros internacionais. Seguem-se os cruzeiros do Trafaria-Praia no Tejo, obra de Joana Vasconcelos, que junta arte e paisagem num dos mais belos estuários europeus.
Nada vi sobre a exposição Os Saboias, Reis e Mecenas, no Museu de Arte Antiga até 28 de setembro. Nem sobre o novo polo de gastronomia no Mercado da Ribeira, da moda das esplanadas volantes na capital, uma agenda de desportos radicais, ou do Dia dos Museus, com visitas guiadas grátis e fado cantado no Museu e nas ruas de Alfama.
ALFAMA está a ganhar espaço ao Bairro Alto como recanto do Fado e da gastronomia popular, em esplanadas e casas todo o ano. Réplica do bairro Plaka em Atenas, onde se juntam turistas com animados residentes. O fado tem que sair para a rua, como o tango em Buenos Aires e as sevilhanas em Sevilha. Pouco se faz para internacionalizar este Património da Humanidade.
Ora os estrangeiros só poderão usufruir estas vivências acedendo a um CARTAZ de EVENTOS TEMÁTICOS ONLINE, antecipado e actualizado.
FESTIVAIS – É a melhor área do Visit Portugal: com o Festival Internacional de Jardins em Ponte de Lima, de maio a outubro, e eventos musicais em Lisboa, Porto, Ericeira, Meco, Gaia, Zambujeira, Minho, etc, a merecer integrar os rankings internacionais.
VISITE ALGARVE – Festival Gastronómico do Mar, Tavira em maio; Expo da Dieta Metditerrânica em Tavira até 31 de dezembro; e o recente festival de Sabores da Serra e do Rio, em Alcoutim. Agenda mensal é pouco, e falta uma ronda pelos clubes de golfe, vela, surf, pesca, e outros. Enquanto Sagres espera pelos efeitos da geminação com Cape Canaveral, e um espaço dedicado às epopeias marítima e espacial.
VISITE MADEIRA – Tem o cartaz anual mais variado: Festas do Carnaval, da Flor, do Vinho e da Passagem do Ano (excelente exibição de pirotécnia); Festivais do Atlântico (junho), Colombo (Porto Santo em Setembro), e da Natureza (outubro); e eventos de golfe, automobilismo, náutica, etc.
VISITE PORTO E NORTE DE PORTUGAL – Fácil de consultar, com uma boa agenda-mix, destacando o que os turistas procuram nas férias. Continua a faltar-lhe um forte denominador comum, como o Nilo no Egipto e o Reno na Alemanha. O Douro é um dos mais belos rios, valorizando o Norte, Porto, Gaia, e Trás-os-Montes.
DIVERSOS – O Governo decretou a subida das entradas nos Museus e Monumentos em 1 de Junho, de 50 cêntimos a três euros. Visitar os Jerónimos custa 10 euros. Operadores e turistas vão enfrentar surpresas.
Quem arrenda casas de férias, incluindo estrangeiros não residentes, deve inscrever-se antes no Turismo de Portugal, para exercer actividade económica especifica CAE, e as habitações são sujeitas à licença exigida aos alojamentos comerciais. Proprietários fazem retenção na fonte de 28% dos valores das transferências recebidas dos hóspedes, impondo uma réplica da burocracia lusitana à escala global. O diploma sai em Julho, quando Portugal está a banhos, a gozar férias!
PEDRO PINTO: ABRIL 1974 – No anterior Turiscópio escrevi que Pedro Feytor Pinto era secretário de Estado da Informação e Turismo em 25 de Abril. Lapso da fonte consultada. Ele era director da Informação. Pedro Pinto era o secretário de Estado. Peço desculpa aos leitores e ao visado, e agradeço ao advogado Luís do Nascimento Ferreira, por nos ter chamado a atenção.