SET: “Baixa do preço pode ser mitigada pelo próprio sector”
Adolfo Mesquita Nunes criticou ainda a “relativização permanente” do sector face aos resultados alcançados em 2013.
Raquel Relvas Neto
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O secretário de Estado do Turismo deixou, esta terça-feira, alguns alertas aos empresários do sector relativamente à questão do preço baixo que se pratica no turismo nacional.
Durante a apresentação do estudo Desafios do Turismo em Portugal 2014, promovido pela PwC, solicitado pelo Comité do Turismo do LIDE, Adolfo Mesquita Nunes realçou que “a questão do preço é apresentada como sendo uma resposta para os resultados que tivemos este ano e como se fosse um fenómeno difícil de perceber como acontece”. Para o responsável é “evidente que os preços hoje estão mais baixos do que há alguns anos. Seria importante que o sector analisasse o fenómeno dos preços, quer dos países concorrentes, quer de outras áreas económicas”. No entanto, apesar de considerar que o preço está ligado ao excesso de oferta do turismo nacional, recusa que esse seja um motivo que justifique a baixa rentabilidade do sector e que legitime “uma discussão para a qual jamais entrarei, pelo menos enquanto for secretário de Estado do Turismo, que é a atribuir quotas ou limites para a oferta”.
O responsável lembrou que os preços nas várias actividades económicas e países estão a “adaptar-se à circunstância do preço ter passado a constituir, de forma muito mais substancial do que no passado, num factor chave para a compra” e a adaptação da economia à “queda do poder de compra”. Segundo o SET, está-se a assistir a este fenómeno de baixa de preços em várias áreas e não só no turismo nacional.
“Uma coisa é ter o preço como nacional, que se queiram respostas públicas, políticas, mas outra coisa é ter o preço como um problema que o sector tem que analisar como um problema seu, contextualizado com questões externas, mas é um problema seu e querem-se respostas que o próprio sector pode dar”. Adolfo Mesquita Nunes realça que grande parte da baixa do preço pode ser “mitigada pelo próprio sector”, através, por exemplo, do aumento da rentabilidade na gestão de activos, da consolidação da oferta, serviços partilhados, da concentração e da aposta na internacionalização.
O responsável fez referência ainda à “relativização permanente vinda do próprio sector dos resultados assinaláveis que o turismo teve este ano”. “Enquanto o sector do turismo não conseguir chamar para si os louros destes resultados que obteve – de ser este o sector que mais contribuiu para sair da recessão, para a queda do desemprego e para o equilíbrio da balança de pagamentos – , enquanto não fizer equivaler os resultados ao seu próprio esforço, nunca vai conseguir ter o papel de relevo na agenda política e económica”, declara.