Análise Deloitte: hotelaria portuguesa mantém forte segmentação
Esta é uma das conclusões do Atlas da Hotelaria 2012, realizado pela Deloitte.
Carina Monteiro
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O mercado português continua a caracterizar-se pela forte segmentação com 63,3% das unidades de alojamento a integrarem grupos hoteleiros/ entidades de management e 36,7% a pertencerem a empresários independentes. Esta é um das conclusões do Atlas da Hotelaria 2012, realizado pela Deloitte.
Um total de 1.508 empreendimentos turísticos, que representam perto de 119 mil unidades de alojamento, compõe o tecido hoteleiro português que este ano, e essencialmente, por via do efeito da reconversão da oferta turística nacional decorrente do novo regime jurídico dos empreendimentos turísticos, apresenta um acréscimo de cerca de 90 empreendimentos.
O grupo Pestana Hotels & Resorts / Pestana Pousadas continua a liderar o ranking dos grupos hoteleiros com mais unidades (6.483), seguido dos grupos Vila Galé Hotéis (3.808), Accor Hotels (2.890), Tivoli Hotels & Resorts (2.453) e VIP Hotels (2.312). De acordo com a Deloitte, estas posições não têm vindo a sofrer alterações, o que revela a realidade global do mercado português. Jorge Marrão, partner da Deloitte, afirma “no que respeita à área das fusões e de aquisições revela estar bastante condicionada pela liquidez do mercado financeiro. Apesar de em termos internacionais observarmos alguma dinâmica, em termos nacionais estão relativamente calmas, não se tendo registado nos dois últimos anos grandes operações. A intervenção externa afastou alguns investidores internacionais de Portugal, que agora começam a olhar novamente para as oportunidades de investimento”.
Destaque para a entrada do Grupo SANA no TOP 10, subindo da 11º posição em 2011 parta a 8ª posição em 2010, com nove empreendimentos turísticos e 1275 unidades de alojamento. A Inatel Turismo (18ª) e o Grupo Barata Hotels & Resorts (19ª) , que, no ano passado, não figuravam no ranking dos 20 grupos com mais unidades de alojamento, em 2012 entraram na lista.
Em termos de tipologia de empreendimentos turísticos continuam a predominar os hotéis (67%), face aos 64% que representam no ano passado. Já os apartamentos turísticos representam agora 13%, (em 2011 representavam 15%). Relativamente às restantes tipologias de empreendimentos turísticos as alterações foram pouco significativas.
OS três e quatro estrelas representam mais de metade do total do mercado, respectivamente, com 40 e 35 por cento. Em terceiro lugar continuam a surgir a categoria de duas estrelas (13%).
Quanto à distribuição por NUTS II, as posições mantêm-se. O Algarve continua a liderar com 27 por cento de concentração dos empreendimentos turísticos (402), seguido do Norte (20 por cento correspondentes a 305 empreendimentos), Centro (18 por cento correspondentes a 279), e Lisboa (15 por cento correspondentes a 226). A região autónoma da Madeira e o Alentejo mantêm os oito por cento da fatia do mercado e a região autónoma dos Açores os quatro por cento, segundo os dados do Atlas da Hotelaria 2012.
Numa análise ao sector, Jorge Marrão afirma que: “O aumento da concorrência, a pressão sobre os preços e a deterioração de margem obrigam a melhorar a eficiência dos hoteleiros. Neste contexto, é expectável que nos próximos anos haja uma tendência de concentração, através de aquisições ou de contratos de arrendamento ou de gestão”. O responsável sublinha ainda que, “a diferenciação é o caminho para evitar a concorrência directa de preços. A forte pressão sobre os preços da hotelaria, nomeadamente da associada ao produto Sol&Mar só poderá ser minimizada se houver inovação na abordagem ao mercado e uma diferenciação do serviço prestado”.