Privatização da TAP envolta em polémica
A TAP só será privatizada parcialmente. Esta é, pelo menos, a posição do Governo português em relação às notícias que, na segunda-feira (06 de Setembro), davam conta da alienação total da companhia aérea. A polémica surgiu após o Jornal i ter avançado que a venda total da companhia de bandeira estava nos planos do Governo.… Continue reading Privatização da TAP envolta em polémica
Patricia Afonso
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A TAP só será privatizada parcialmente. Esta é, pelo menos, a posição do Governo português em relação às notícias que, na segunda-feira (06 de Setembro), davam conta da alienação total da companhia aérea.
A polémica surgiu após o Jornal i ter avançado que a venda total da companhia de bandeira estava nos planos do Governo. Segundo o diário, que citava o Ministério das Finanças, “o aumento de capital, necessário para recorrer à regularização dos capitais do Grupo (TAP), só poderá efectuar-se com recurso à entrada de novos sócios privados, ou pela integral privatização da empresa, em conformidade com a legislação e regulamentos da UE”.
Mais tarde, a tutela esclareceu que a hipótese avançada de “integral privatização” não é “uma intenção política, mas apenas um enquadramento jurídico”, frisando que não houve “qualquer alteração às tomadas de posição do Governo assumidas no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) relativamente aos processos de privatizações, designadamente o da TAP”.
Apesar das perdas de cerca de 500 mil euros por dia de capitais próprios e o prejuízo de 79 milhões de euros registado no primeiro semestre, o Ministério garantiu que “a TAP não se encontra em situação de falência” e que o Estado pretende apenas alienar parte da sua participação.
Uma alienação urgente, de acordo com as informações avançadas esta terça-feira pelo Diário Económico, que revela que a alemã Lufthansa deixou de ser considerada como opção e que o futuro investidor pode ser fora da área da aviação.
Segundo o jornal, os titulares das pastas das Finanças, Obras Públicas e Transportes e da Parpública (empresa gestora das participações do Estado) consideram ser necessário “adoptar medidas drásticas”.
De acordo com fonte conhecedora do processo, citada pelo diário, a primeira coisa a fazer é “acabar com as situações que estão a fazer perder dinheiro à TAP, a VEM e a Groundforce”.
Outra fonte, igualmente ouvida pelo jornal, indica que o Governo e a administração do Grupo TAP estão a tentar acelerar a vendas destas participadas ou chegar a uma solução para as empresas que estão a agravar o buraco financeiro da TAP.