Delegação de Turismo da Tunísia em Portugal fecha portas
Quebra do mercado e contenção de custos levam ao encerramento da delegação de Turismo da Tunísia em Portugal A delegação de Turismo da Tunísia em Portugal, aberta há oito anos, fecha hoje as portas. Agora, a actividade desta representação passa a operar directamente a partir dos escritórios em Madrid, onde haverá um elemento responsável para… Continue reading Delegação de Turismo da Tunísia em Portugal fecha portas
Joana Emidio
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Quebra do mercado e contenção de custos levam ao encerramento da delegação de Turismo da Tunísia em Portugal
A delegação de Turismo da Tunísia em Portugal, aberta há oito anos, fecha hoje as portas.
Agora, a actividade desta representação passa a operar directamente a partir dos escritórios em Madrid, onde haverá um elemento responsável para trabalhar exclusivamente com o mercado português. Wahida Meded foi o nome escolhido para desempenhar a função.
A decisão do governo tunisino de encerrar esta delegação apanhou de surpresa tanto os funcionários da delegação como os operadores e agentes, uma vez que, segundo Anissa Ramoudi, delegada do turismo da Tunísia, nada fazia prever esta medida. Embora se tenha registado uma quebra na procura deste destino por parte dos portugueses, essa quebra não foi assim tão drástica que justificasse este encerramento.
Questionada sobre o critério que terá estado na base da decisão de fechar a delegação portuguesa e não outra, Anissa Ramoundi, diz que não houve nenhum critério claro e que a principal justificação apresentada pelo governo tunisino foi a da existência de dificuldades orçamentais que necessitariam de medidas de redução de despesas. Os custos com o aluguer e manutenção dos escritórios em Lisboa e os custos com a publicidade tornaram-se incomportáveis para o governo, refere esta delegada.
A diminuição do fluxo de portugueses para a Tunísia foi outra das razões apontadas pelo executivo tunisino. Esta delegada refere que a queda foi de 39.000 em 2005 para 35.000 em 2007. Esta situação agravou-se essencialmente depois do fecho do operador turístico Marmara.
Anissa Ramoundi considera que estes números não representam de facto uma quebra que justifique o fecho, até porque existem operadores como a Beautyvillage, que estão a ter resultados muito bons no que se refere a vendas para a Tunísia.
Neste contexto, Joana Elisiário do Beautyvillage, defende que a Tunísia tem-se revelado um destino muito procurado ao longo deste ano e a sua procura tem sido “não só crescente como constante”.
Por outro lado, já o director da Grandtour, Apo Coruhlu, refere que este Verão as vendas para este destino foram menores, mas reconhece que isso se deveu ao facto de terem menos ofertas disponíveis para este país.
Centralização da Península Ibérica
O fecho da delegação em Lisboa e a transferência para os escritórios de Madrid, não deverão implicar um desinvestimento em Portugal, considera Anissa Ramoundi, até porque haverá um elemento responsável para dar continuidade ao trabalho que estava a ser desenvolvido em Portugal.
Sobre o facto desta saída deixar um tanto desamparados os operadores turísticos, a até agora delegada do turismo da Tunísia no nosso país, revela que o governo tunisino pretende manter o trabalho com Portugal e afirma mesmo que este “deverá continuar normalmente”.
No entanto, questionada sobre a real possibilidade da delegação trabalhar com Portugal normalmente a partir de outro país, Anissa Ramoundi reconhece que provavelmente irá mudar.
A responsável parte agora para a delegação de Londres.