Parque Alqueva: projecto PIN desenvolvido em cinco fases até 2033
A SAIP vai iniciara construção da primeira fase do resort Parque Alqueva em Fevereiro de 2008, que deverá estar totalmente concluído em 2033. O investimento estimado deste projecto PIN é de 980 milhões de eurosA Sociedade Alentejana de Investimentos e Participações (SAIP), cujo sócio maioritário é José Roquette, viu o Plano de Pormenor do projecto… Continue reading Parque Alqueva: projecto PIN desenvolvido em cinco fases até 2033
Patricia Neves
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A SAIP vai iniciara construção da primeira fase do resort Parque Alqueva em Fevereiro de 2008, que deverá estar totalmente concluído em 2033. O investimento estimado deste projecto PIN é de 980 milhões de eurosA Sociedade Alentejana de Investimentos e Participações (SAIP), cujo sócio maioritário é José Roquette, viu o Plano de Pormenor do projecto PIN “Parque Alqueva” ser aprovado, esta semana, em Assembleia Municipal da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, dois meses depois do arranque da consulta pública do projecto e da publicação, em Diário da República, da alteração do PDM da região.
O desenvolvimento do Parque Alqueva vai implicar um investimento de 980 milhões de euros ao longo de 15 a 20 anos e irá abranger uma área total de 2.074 hectares, distribuídos por três herdades do concelho de Reguengos de Monsaraz, dos quais cerca de 900 hectares são de estrutura ecológica principal.
O presidente da comissão executiva da SAIP, Luís Correia da Silva, explica ao Publituris que “este projecto consistirá num resort integrado, contando com um conjunto de unidades hoteleiras tradicionais e de aldeamentos turísticos”. “Mas mais do que construir um empreendimento, estamos a construir um destino turístico. Na prática estamos a concretizar a ideia do governo: acreditar que o Alqueva tem condições para ser um novo destino turístico em Portugal. E para que isso se realize é necessário haver empreendimentos como o nosso que atraiam investimentos para a região”, defende.
Resort terá cinco fases
O Parque Alqueva terá no total cinco fases de construção, cada uma delas com projectos a cumprir em cinco anos, estimando-se que o empreendimento esteja concluído na sua totalidade num mínimo de 15 anos e num máximo de 20, ou seja, até 2033.
No total, o resort contará com cerca de seis hotéis de quatro e cinco estrelas, vários aldeamentos turísticos, quatro campos de golfe de 18 buracos desenvolvidos pelos arquitectos norte-americanos Roger Rulewitc, Rees Jones e Arthur Hills, um centro equestre com 30 hectares e duas frentes de lago onde será feita uma marina, centro náutico, áreas de recreio e praias fluviais. Está ainda prevista a construção de um anfiteatro ao ar livre, de um campo de férias e parque radical, centro desportivo, parque do cavalo lusitano e do sorraia, de um Instituto do Alentejo e de uma área para agricultura biológica.
A SAIP informa que neste momento estão-se a definir melhor as ideias sobre o que se pretende implementar no empreendimento.
Projectos até 2013
A primeira fase que se irá desenvolver entre 2008 e 2013 abrange a construção de um hotel, de uma marina e centro náutico e de dois campos de golfe com 18 buracos na Herdade do Roncão d´El Rey e na Herdade das Areias. “Poder-se-á ainda avançar com a construção de um segundo hotel e de alguns aldeamentos turísticos, mas está dependente da evolução do mercado”, explica Correia da Silva.
O primeiro hotel a ser construído vai resultar da remodelação da antiga casa de caça dos reis, na Herdade do Roncão, junto ao lago. “O objectivo é recuperar esta casa e torná-la num hotel com conceito de charme e de luxo que marcará o posicionamento de todo o hotel”, refere Correia da Silva.
O responsável explica que “o projecto será lançado inicialmente com as infraestruturas consideradas importantes para se posicionar a área como um destino turístico, nomeadamente um hotel, campo de golfe, marina e centro náutico. Só mais tarde é que nos dedicaremos ao imobiliário”.
A SAIP está neste momento a analisar as propostas das empresas que querem construir, depois vai-se apresentar o projecto das infraestruturas para aprovação e só depois as obras arrancam. Este é um trabalho que se prolongará nos próximos três ou quatro meses.
Correia da Silva avança que “nesta fase inicial a SAIP poderá avançar sozinha, mas conta-se desenvolver parcerias no futuro”.
Hotéis terão gestão própria
A SAIP pretende realizar acordos de gestão com cadeias internacionais que fiquem responsáveis pela exploração dos hotéis do Parque Alqueva. “Não somos operadores hoteleiros, por isso não temos know-how para gerir as unidades”, justifica Correia da Silva.
No total estão previstos cerca de seis hotéis e vários aldeamentos turísticos que terão todos uma gestão turística.
Aposta no mercado internacional
O resort Parque Alqueva será fundamentalmente dirigido para o mercado internacional, nomeadamente para o Reino Unido, Irlanda, Alemanha e Escandinávia. “Não excluímos também a possibilidade de virmos a ter parceiros que vendam também em Espanha, Estados Unidos da América, África do Sul e Angola. Temos estabelecido contactos nesse sentido”, acrescenta Correia da Silva.
Por outro lado, a SAIP considera que o mercado português terá também o seu peso, embora “tendencialmente este seja um projecto muito virado para o mercado internacional”.
O projecto Parque Alqueva começou a desenvolver-se há cerca de três anos, embora “esteja na cabeça dos seus promotores há cerca de cinco”.
A Sociedade Alentejana de Investimentos e Participações foi constituída em 2003, tendo como accionistas a GESPARTE, controlada por José Roquette (accionista maioritário), a SEMPRA SGPS detida por Henrique Bandeira Vieira e a ALBAERA.
Projecto PIN para Alqueva
Herdade do Barrocal entra em discussão pública
A proposta final do Plano de Pormenor do projecto turístico da Herdade do Barrocal, nas margens do Alqueva, no concelho de Reguengos de Monsaraz (Évora), entrou esta semana em discussão pública, que se prolonga por 15 dias úteis. O arranque das obras está previsto para o próximo ano.
Este projecto classificado de Potencial Interesse Nacional (PIN), tal como o Parque Alqueva, vai implicar um investimento de 90 milhões de euros e resulta da parceria entre a família de Maria do Carmo Martins Pereira (representada por José António Uva) e o grupo Aquapura, formado por Diogo Vaz Guedes, António Mexia e Miguel Simões de Almeida.
O empreendimento será construído na freguesia de Monsaraz, junto à albufeira do Alqueva, estando previstos um hotel cinco estrelas com 70 quartos, 85 unidades de alojamento, 600 hectares de agricultura biológica e um Centro Cultural no Monte do Barrocal.